Os mosaicos tradicionais são composições formadas por pequenos pedaços de materiais, como cerâmica, pedras e vidro. Ao longo da história da humanidade, estiveram presentes em expressões artísticas de diversos povos e, até hoje, fazem sucesso ao redor do mundo.
É possível encontrá-los em obras de arte decorativas e religiosas, além de construções de diferentes estilos arquitetônicos.
Por conta de sua beleza, os mosaicos tradicionais servem de inspiração para o design de interiores, trazendo um toque artístico singular para os projetos.
Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura!
O que são mosaicos tradicionais?
Formados por pequenos fragmentos de materiais, os mosaicos são composições artísticas usadas para criar padrões e imagens singulares. Eles podem ser aplicados em paredes, pisos e tetos. E, assim, são usados para personalizar objetos decorativos.
As pequenas peças, geralmente quadradas, são cortadas ou moldadas para servirem de material para a composição.
Você já deve ter visto mosaicos serem usados em calçadas. Entre os exemplos mais icônicos, estão as ondas do Calçadão de Copacabana e os padrões no formato do estado de São Paulo na capital paulista.
Os mosaicos tradicionais recebem esse nome porque são criados diretamente no local onde serão colocados.
Para isso, o artista precisa levar em conta vários fatores, como a variação de iluminação ao longo do dia, se será usada luz artificial, a distância do ponto de observação, o tipo de material usado etc. Esses aspectos influenciam diretamente no resultado. No caso de uma imagem, é importante serem avaliados com cuidado.
No entanto, também existem métodos mais modernos para se trabalhar com mosaico, bastante usado na decoração. Um exemplo é aquele no qual a composição é criada fora do local onde será aplicada, por meio da colagem de pastilhas sobre uma folha ou um tecido sobre o qual um desenho é reproduzido. Depois, esse conjunto é aplicado sobre a superfície desejada.
Temos ainda os ladrilhos, como os usados nas calçadas da cidade de São Paulo, e outros revestimentos que criam padrões diferenciados para interiores.
Qual é a história dos mosaicos tradicionais?
Os mosaicos tradicionais foram marcantes na arte e na arquitetura de diferentes povos do mundo. Embora tenham tido seu auge nas civilizações grega e romana, teriam surgido no Oriente. Saiba mais.
Origem
Os primeiros mosaicos tradicionais foram encontrados na região da Mesopotâmia, território que pertence atualmente ao Iraque.
O mais antigo de que se tem registro é o Estandarte de Ur, datado de 3.500 a.C. A obra é formada por dois painéis retangulares feitos de mármore, conchas, arenito avermelhado e lápis-lazúli, uma rocha de coloração azul.
Em uma parte do mosaico estão narradas cenas de guerra, que mostram o rei e seu escudeiro correndo em direção aos inimigos. Conduzidos pelos vencedores, os prisioneiros são apresentados ao rei. Na outra face, estão representadas passagens da vida doméstica de um dos reis sumérios.
Grécia e Roma
Foram as peças encontradas na Mesopotâmia que influenciaram, milhares de anos mais tarde, os mosaicos tradicionais de Grécia e Roma.
Os gregos usaram a arte de unir pedras para criar padrões abstratos simples e pavimentos com seixos de cores diferentes em templos e santuários.
Foi apenas no período Clássico que os mosaicos passaram a representar imagens humanas, de animais e vegetais. Com o tempo, se tornaram elaborados, com detalhes refinados e efeitos de sombreamento.
Já os romanos usaram os mosaicos tradicionais, sobretudo, como decoração em pisos de jardins e calçamentos. Também utilizaram a técnica em murais e, até mesmo, em painéis transportáveis.
Arte bizantina
A arte bizantina abriu uma nova era para os mosaicos tradicionais. Foi nesse período que as artes visuais floresceram por meio das manifestações do cristianismo.
Agora uma manifestação artística considerada intelectualizada, os mosaicos passaram a ser largamente usados, explorando novas técnicas e materiais. Não por acaso, esse é considerado o período mais rico dos mosaicos.
Além dos novos temas ligados ao cristianismo, eles foram usados em criações únicas, cheias de luminosidade, na arquitetura e na decoração das igrejas bizantinas.
Como os mosaicos tradicionais marcaram a arquitetura islâmica?
Com influência bizantina, os mosaicos se tornaram uma forte expressão na arquitetura islâmica.
No entanto, diferentemente dos mosaicos tradicionais ocidentais, estes são caracterizados por composições abstratas, marcadas por formas geométricas e repetição de padrões.
Para os muçulmanos, a geometria representa a perfeição do mundo espiritual. Essa estética está ligada ao islamismo, que proíbe a representação de figuras humanas e animais. E também à matemática dominada pelos povos islâmicos. Dessa forma, eles encontraram inspiração nas formas e nas cores da natureza.
Os mosaicos tradicionais islâmicos têm, além de muito brilho, sofisticadas composições lógicas que permitem a reprodução de padrões.
Todo esse universo simbólico fez a arte do mosaico ser aplicada na ornamentação de edifícios e nas mesquitas, cuja beleza confere uma magia singular às construções.
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Como os mosaicos tradicionais voltaram à moda?
Com o surgimento da arte renascentista, que valorizava o realismo estético, os mosaicos tradicionais foram perdendo lugar para os afrescos.
Embora o mosaico funcione tão bem quanto a pintura em obras de arte feitas em grandes superfícies, trata-se de uma técnica artística mais limitada em termos de cor, luz e sombra.
Por outro lado, as artes em mosaico oferecem algumas vantagens, principalmente se considerarmos os efeitos de distância. E não faltam exemplos de talentosos artistas cujas obras contam com diversas tonalidades, sombras e luminosidade.
De qualquer forma, a técnica foi sendo deixada de lado, assim como outras que ficaram conhecidas como “artes menores”, como a tapeçaria e a cerâmica.
A partir da revolução industrial, os mosaicos tradicionais passaram a usar lajotas e quadradinhos de cerâmica para criar painéis artísticos e decorativos.
Entre os séculos 19 e 20, o arquiteto Antoni Gaudí começou a incorporar os mosaicos em suas obras arquitetônicas, criando uma estética particular.
Ele abandonou as formas planas em suas construções e passou a explorar superfícies criadas pela própria natureza usando a técnica. Entre os exemplos mais famosos estão o Parque Güell, a Casa Batló e a Casa Milá, que também exploram diversas outras técnicas.
Para além da arquitetura e da decoração, os mosaicos estão presentes hoje em diferentes tipos de expressões artísticas, como na arte muralista e na arte de rua.
Conheça os revestimentos Portobello inspirados nos mosaicos tradicionais
Se você gosta dos padrões e das texturas dos mosaicos tradicionais, uma solução prática e funcional para inseri-los na decoração da sua casa é por meio dos revestimentos da Portobello, sabia?
A linha Qatari, criada pelo Coletivo Criativo Doha, traz duas tonalidades para quem deseja personalizar as superfícies dos ambientes com mosaicos: Qatari City Craft e Qatari Desert Craft. Ambas estão disponíveis como revestimentos telados no formato 33x33 cm, com pecinhas de cerca de 15 mm de diâmetro, em acabamento natural.
A partir de olhares diversos e vivências particulares em uma jornada na multifacetada Doha, surgiu essa criação coletiva. Esses olhares convergem na dualidade entre a natureza do imenso deserto e a cidade, intensa e pulsante.
Qatari City Craft e Qatari Desert Craft criam mosaicos inspirados nos mosaicos tradicionais islâmicos, mas com abordagem contemporânea. O resultado estético lembra uma pastilha, porém com design diferenciado. E com todas as vantagens técnicas do porcelanato, claro.
Por serem elementos em comum entre várias culturas, os mosaicos tradicionais atravessaram o tempo e continuam a fazer sucesso na arquitetura e na decoração. E a linha Qatari é um exemplo disso.
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