Tel Aviv: história e modernidade se encontram em cidade de Israel
Israel é um país jovem, com origens milenares e grandes perspectivas. O local tem uma cultura forte, com tradições que se perpetuam, o que já o torna interessante. Além disso, suas cidades guardam verdadeiros tesouros arquitetônicos. A capital econômica, Tel Aviv, é uma das principais nesse sentido.
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Referência mundial, ela abriga milhares de construções que chamam a atenção pelo estilo. Altamente baseada na identidade judaica, é fonte de inspiração para arquitetos e entusiastas. Então, nada melhor que explorá-la, certo?
Para reconhecer todo o potencial da cidade, preparamos um guia completo sobre Tel Aviv, com suas características e seus monumentos. Confira!
Conheça Tel Aviv
Antes de mergulhar na arquitetura dessa capital do Mediterrâneo, vale a pena desvendar a história dela.
Trata-se de uma cidade relativamente recente, mas que já consolidou a sua posição como uma das mais relevantes e atraentes do mundo.
Ao compreender todo o caminho percorrido durante o desenvolvimento da região, dá para entender melhor suas influências e qualidades.
Então, conheça o lugar e descubra por que ele é tão encantador!
Localização
Tel Aviv está situada na planície costeira de Israel, sendo banhada pelas águas azuis do Mar Mediterrâneo.
Essa localização estratégica — a apenas alguns quilômetros ao noroeste de Jerusalém — fez dela um importante centro de comércio e transporte na região.
A proximidade com o porto de Jaffa, uma antiga cidade portuária, contribuiu para o crescimento de Tel Aviv ao longo dos anos.
Fundação
Famosa como a “primeira cidade para todos os judeus do mundo moderno”, Tel Aviv foi concebida e estabelecida no começo do século XX.
Em 1909, o local se chamava Ahuzat Bayit e tinha sido formado por um conjunto de 60 famílias. Era apenas um bairro judeu na cidade de Jaffa, que fica bem ao lado.
Contudo, em 1910, passou a se chamar Tel Aviv. Graças ao planejamento, tornou-se uma cidade inteligente, agradável e amigável também para pedestres e ciclistas.
No entanto, até que chegasse a ser o lugar cosmopolita e moderno que conhecemos hoje, enfrentou alguns percalços.
Durante a Primeira Guerra Mundial, por exemplo, os turcos aproveitaram a oportunidade para a migração.
Então, expulsos pelos otomanos, os judeus viram o sonho de ter sua própria cidade ficar mais distante. Eles retornaram ao final do conflito, com a ajuda da Grã-Bretanha.
Agora com maior segurança, o local se tornou propício ao desenvolvimento e logo viu a sua população crescer de maneira expressiva.
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, recebeu milhares de judeus, que fugiram da perseguição nazista imposta por Adolf Hitler na Europa.
Isso gerou outras mudanças — inclusive, culturais e arquitetônicas.
Desenvolvimento da cidade
Nos anos seguintes, os conflitos com os árabes ganharam corpo e, então, houve a independência e criação do Estado de Israel, em 1948.
Nesse momento, Tel Aviv se transformou na capital econômica do novo país e passou a abrigar prédios governamentais, embaixadas e outras construções importantes.
Ao somar tudo isso às suas belas praias e estrutura crescente, a cidade ganhou um destaque ainda maior.
Algum tempo depois, Israel e Palestina começaram o conflito por Jerusalém. Embora Israel a tenha declarado como capital, a maioria dos países não a reconhece,
Consequentemente, Tel Aviv permaneceu com grande parte da estrutura diplomática e governamental do país.
Atualmente, é a segunda maior cidade de Israel e recebe milhares de turistas todos os anos. Apesar disso, ainda é um local agradável para explorar a pé e fugir do trânsito caótico típico de grandes centros.
Relevância mundial
Hoje, Tel Aviv é uma das cidades mais importantes do planeta. Isso acontece, principalmente, por ser altamente inovadora. Ela é o epicentro de startups de tecnologia e desenvolve centenas de projetos.
No entanto, consegue combinar essa característica acelerada e urbana com a calma de um local à beira do Mediterrâneo. Suas praias, bem como suas obras arquitetônicas, atraem milhares de pessoas.
Repleta de opções, é considerada um verdadeiro “oásis turístico” na região. Paralelamente, chama a atenção de judeus e profissionais de todo o mundo, o que só reforça sua relevância.
Referência arquitetônica
As primeiras grandes transformações arquitetônicas começaram em 1925. Foi pelas mãos do urbanista escocês Sir Patrick Geddes que Tel Aviv passou a ser planejada.
Ela já havia se desenvolvido um tanto, mas foi ele quem trouxe a ideia de transformar o tecido urbano em um jardim.
O objetivo central era o uso coletivo dos espaços públicos e a criação de blocos residenciais característicos.
Por meio dessas propostas, seria possível fortalecer a personalidade da cidade, mas sem deixar de comportar a expansão.
Nos anos seguintes, Tel Aviv se tornou um verdadeiro hub de cultura e inovação. O território começou a servir como um ambiente de experimentação para as criações dos arquitetos nascidos na região. Então, as construções passaram a refletir a identidade judaica.
Com o tempo, a capital se transformou em um importante centro arquitetônico. Com cerca de 4 mil edificações no estilo Bauhaus, ela tem a maior concentração em todo o mundo.
Por causa de seus elementos, chamou a atenção da Unesco. A “Cidade Branca”, como é conhecida, foi tombada como Patrimônio da Humanidade por suas características específicas.
Hoje, são mais de 2 mil prédios históricos e protegidos. Desses, quase 200 não podem sofrer quaisquer modificações, de modo a manter a proposta original viva.
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Confira os estilos arquitetônicos predominantes em Tel Aviv
Um dos motivos para a capital israelense ter uma importância arquitetônica tão grande é a quantidade de estilos que se pode encontrar por lá.
Desde a sua fundação, passando pelo seu desenvolvimento, o endereço teve influência de diversas abordagens.
Todas elas se refletem até hoje, de um jeito ou de outro — e é isso que torna o local tão incrível para os apaixonados por arquitetura.
Na sequência, descubra quais são os movimentos que predominam e como eles se manifestam!
Bauhaus
Bauhaus foi uma icônica escola de design alemão. Além de ter inspirado cidades e construções em todo o mundo, teve grande influência sobre Tel Aviv.
O vão livre é uma das características mais marcantes daquele que é conhecido como “estilo internacional”. A ideia de liberdade também aparece na planta interna, com a priorização de ambientes integrados.
Na capital israelense, surge marcado, ainda, pelas construções com formas sinuosas. As estruturas com pontos em formatos de “U” contrastam com os prédios nesse estilo que priorizam o paralelismo.
A simplicidade das fachadas é outro aspecto importante. O concreto tem máxima preferência, sendo misturado com a madeira e o aço na parte de dentro.
O marcante uso das formas contrastantes, portanto, é um dos pontos de destaque da influência Bauhaus na cidade.
Pré-moderno
O Bauhaus abriu as portas para a proposta pré-moderna. Com o desenvolvimento de Tel Aviv, esse estilo incipiente começou a ganhar forma.
Ainda muito influenciado pelas ideias da escola alemã, confunde-se com o internacional, já que é uma espécie de transição.
Os prédios de esquina se tornaram mais presentes e as fachadas passaram a receber algumas adições.
Por causa das características, é possível notar “inserções” geométricas, como varandas sobrepostas em várias construções da cidade.
O uso de pilotis também se consolidou, enquanto as linhas curvas deixaram de ser o aspecto central. Ao mesmo tempo, a integração com o ambiente externo ainda se destaca em diversos projetos.
Pós-moderno
E se a proposta Bauhaus fomentou a arquitetura moderna, o estilo pós-moderno ganhou força há algumas décadas em Tel Aviv.
A partir da década de 1960, ele começou a se popularizar em muitos pontos. Foi, principalmente, um “grito” contra a padronização e uma busca por algo inédito nas ruas da cidade.
Dessa procura, nasceu uma das obras mais autênticas e características do local: The Crazy House, um prédio de nove andares criado por um arquiteto sírio.
O desejo de chocar e de ser distinto fica claro com a fachada com linhas complexas e materiais diferenciados.
“Recortada” de frente para o mar, ela mistura componentes e até adiciona elementos verdes em sua estrutura, lembrando muito as obras do arquiteto espanhol Antoni Gaudí.
Embora construções desse tipo não sejam a maioria na capital, dão um charme único e, certamente, despertam interesse e curiosidade.
Contemporâneo
Apesar da influência histórica, o estilo contemporâneo também tem vez em Tel Aviv. Em uma espécie de renovação do pós-modernismo, equilibra elementos clássicos e ousados, além de integrar tecnologia. E sendo a capital um centro de inovação, muitos prédios aparecem com essa proposta.
É possível encontrar construções que aproveitam a luz natural e, ao mesmo tempo, contam com formas surpreendentes na estrutura. É comum ver fachadas espelhadas, arranha-céus e torres conectadas com linhas diferentes.
Tudo isso ajuda a deixar o lugar com um ar mais moderno e inserido no cotidiano das metrópoles. Ainda assim, os arquitetos utilizam uma abordagem única, memorável e repleta de integração externa com essa proposta.
Veja as principais características da arquitetura da cidade
Não são apenas os estilos arquitetônicos que são marcantes. Também é possível notar a presença de outros elementos típicos em Tel Aviv que ajudam a chamar a atenção para os prédios locais.
Agora que você já conhece os movimentos predominantes, aproveite para descobrir quais são as características que aparecem com maior frequência.
Cor branca
Como já mencionamos, Tel Aviv é conhecida como “Cidade Branca” ou White City. O apelido, na verdade, refere-se à parte central da capital, que é tombada como patrimônio.
E não poderia ser mais apropriado. Os prédios — principalmente aqueles em estilo Bauhaus — são pintados de branco.
Cores como off-white e amarelo-claro também aparecem e, sob o sol brilhante, criam um impacto vibrante na cidade.
De cima, dá para observar um horizonte branco, permeado apenas por algumas construções contemporâneas e pelas árvores de certas áreas.
Apesar de o tom ser básico, ele adiciona uma característica importante à capital e, até mesmo, garante leveza.
Como muitos imóveis de proposta brutalista usam essa tonalidade, é possível torná-los mais leves ao olhar.
Curvas de concreto
O concreto é, desde o começo, um dos materiais preferidos dos arquitetos de Tel Aviv.
No estilo Bauhaus, esse era o produto preferencial para a estrutura e as fachadas. Nos que sucederam, ele continuou tendo grande relevância.
Mas o destaque vai para as curvas feitas com essa matéria-prima. Na proposta pré-moderna, por exemplo, é possível ver formas de \"U\".
Na alternativa pós-moderna, as curvas de concreto ganham novo significado, com uma ideia disruptiva e chocante.
O fato é que as linhas retas não são as únicas utilizadas e, em muitos pontos, nem sequer são a maioria. Isso demonstra a complexidade de diversos projetos e justifica a importância arquitetônica da cidade.
Arborização
Ao mesmo tempo em que Tel Aviv é marcada por prédios imponentes e únicos, seu projeto de urbanização merece destaque.
Como a ideia inicial era construir uma cidade ajardinada, essa qualidade ainda se mostra forte em vários projetos.
É por isso que a arborização chama a atenção, em contraste com um lugar que é conhecido pela inovação e, em muitos pontos, pelo brutalismo.
Mais que árvores espalhadas em fila, é possível notar uma integração completa do verde com o concreto claro.
Um bom exemplo é a The Pagoda House. Erguida em 1925, ela tem um estilo eclético, em que arcos islâmicos dividem espaço com colunas gregas.
Em suas varandas, muros e topo há plantas que se integram de forma ampla. Com isso, passam a fazer parte da construção, como acontece em vários outros pontos de Tel Aviv.
Presença do vidro
Já o contemporâneo trouxe uma proposta arrojada que se manifesta nos altos prédios. Usados tanto residencial quanto comercialmente, eles são marcantes mais que pela altura.
A maior parte dessas construções imponentes aposta no uso do vidro em suas fachadas. Além de seguir o visual de outras metrópoles pelo mundo, é um jeito de garantir a integração com o ambiente urbano.
Também é possível encontrar o produto usado em larga escala em varandas de prédios de estilo misto. Principalmente de frente para o mar, os edifícios buscam favorecer a iluminação natural dessa forma.
Saiba quais são os principais pontos turísticos de Tel Aviv
Para entender melhor a arquitetura de Tel Aviv, é interessante conhecer alguns de seus prédios relevantes, que também são pontos turísticos que chamam a atenção.
Com características variadas, essas construções representam períodos diferentes da cidade. Além disso, permitem identificar os estilos arquitetônicos de destaque, que mencionamos anteriormente.
Liebling Haus
Esse é um centro de cultura e arquitetura inaugurado em setembro de 2019, fruto de uma cooperação entre Tel Aviv e o governo alemão.
Sua criação foi em comemoração aos 100 anos de Bauhaus. E, apesar de recente, ele já se tornou um ponto imperdível na cidade.
Fica em uma casa Bauhaus restaurada e se destaca por preservar e promover o patrimônio arquitetônico de Tel Aviv. Portanto, é um símbolo do legado desse estilo.
Ruas, avenidas e praças
Fazer um passeio por Tel Aviv ajuda a entender como o estilo internacional se integra à paisagem. Entre os pontos que se destacam na cidade, estão:
- Dizengoff Street: rua icônica com arquitetura modernista. Abriga edifícios residenciais e comerciais, com linhas limpas, fachadas de vidro e varandas. Animada, tem lojas, cafés e restaurantes;
- Praça Kikar Dizengoff: no coração de Tel Aviv, reúne prédios históricos e modernos. Um dos destaques é a fonte e a escultura A Dançarina, de Dina Merhav;
- Praça Habima: com arquitetura moderna e distinta, é lar do Teatro Nacional Habima, projetado por Oskar Kaufmann;
- Rothschild Boulevard: uma avenida arborizada que mistura construções históricas e modernas. É ideal para caminhar e andar de bicicleta, além de reunir cafés e restaurantes charmosos.
Tayelet
Um dos pontos mais emblemáticos da cidade, Tayelet é um calçadão que ocupa 14 km da costa do Mediterrâneo.
Seu projeto facilita o acesso público à praia, além de conectar diferentes bairros da região. Assim, torna-se parte de uma rota interessante para pedestres, corredores e ciclistas.
Ao longo do calçadão, é possível perceber diversos estilos arquitetônicos. Há tanto prédios modernos quanto restaurantes e bares à beira-mar.
Graças a essa mistura, o local é conhecido por ter uma atmosfera única, bastante dinâmica e vibrante.
Sarona
Esse é um bairro no coração de Tel Aviv conhecido por sua revitalização bem-sucedida. Portanto, tem áreas de preservação histórica, além de reunir um comércio animado.
Sua transformação aconteceu nas últimas décadas. E foi graças a ela que a região ganhou destaque entre moradores e turistas.
No entanto, a história de Sarona é mais antiga, remontando ao século XIX. Naquela época, era uma colônia agrícola alemã.
Contudo, sofreu danos durante a Segunda Guerra Mundial. Por isso, precisou ter seus belos prédios de arquitetura alemã restaurados.
Um ponto interessante nesse processo foi a maneira como engenheiros e construtores moveram casas inteiras.
Eles usaram uma técnica conhecida como “deslocamento de estruturas”, que envolve macacos hidráulicos que são capazes de elevar as casas junto de seus alicerces originais.
Museu de Arte
Criado em 1932, o Museu de Arte de Tel Aviv é o maior de Israel.
O local abriga peças representantes do estilo moderno ao contemporâneo. Também conta com um departamento com itens que remetem ao século XVI.
A mudança para o prédio atual aconteceu em 1971 e foi sucedida por diversas expansões e novas construções.
Além de um jardim de esculturas e um centro de educação artística, a instituição conta com o Herta and Paul Amir Building.
Essa atração traz uma abordagem pós-moderna e inovadora, visando o aproveitamento da área disponível.
Feita com painéis de concreto em variados tamanhos, apresenta uma fachada geométrica que se contrapõe ao estilo Bauhaus do prédio principal.
No teto, a construção conta com estruturas de vidro e metal, que permitem a entrada de luz natural nas extensas galerias de exposições.
Casa de Ópera
A principal companhia de ópera de Israel tem como sede o Tel Aviv Performing Arts Center.
Também conhecido como The Golda Center for Performing Arts, funciona como casa de ópera e abriga o Cameri Theater.
O novo prédio abriu ao público em 1994 e é uma obra de Ya’akov Rechter. Ele foi criado com a ideia de unir duas propostas diferentes.
A primeira é a capacidade de se “camuflar” no ambiente. Com uma fachada clara, espelhada e reta, o local combina com os demais da rua e dá sensação de continuidade.
Por outro lado, ele conta com um arco de concreto sustentado por elementos geométricos. Isso garante o destaque no horizonte e deixa o espaço especialmente interessante.
Ao cruzar a entrada, é possível notar a conexão de três prédios com uma praça no meio. Ela foi elaborada para dar a sensação italiana de praças culturais, com cerâmicas rústicas em diversos tamanhos.
Cinema Moghrabi
O Moghrabi Theatre, como é conhecido, é um exemplo que foge dos estilos tão famosos de Tel Aviv. Em vez disso, seguia uma proposta Art Déco diferenciada.
O local foi inaugurado em 1930 e era uma obra de Joseph Berlin. Com a combinação entre fachada reta e estrutura circular, foi voltado para a exibição de diversos filmes de época.
No entanto, os visitantes de hoje só podem conhecê-lo por fotos. Em 1990, o lugar foi demolido para dar espaço a um estacionamento a céu aberto.
A inspiração arquitetônica do prédio, entretanto, está preservada nas recordações garantidas pelas fotografias.
Diamond Exchange
Ao falar em arquitetura contemporânea, o Tel Aviv Diamond Exchange é um dos principais ícones da cidade. Centro da indústria israelense de diamantes, é o maior prédio com essa função do mundo e também é conhecido como “Bursa”.
A primeira torre foi inaugurada em 1968, já como uma das maiores do país. Nos anos seguintes, três novas construções foram finalizadas. Hoje, há 1500 empresas e 15 mil trabalhadores no local. A arquitetura é marcada pela fachada espelhada e pelas dezenas de andares.
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