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Projeto Sururu: Conchas que Transformam é solução socioambiental para comunidade de Alagoas (Foto: Divulgação Portobello)

Sururu: Conchas que Transformam dá novo passo para sustentabilidade de revestimentos

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12.07.2023
Feitos com material que antes era descartado na natureza, produtos do projeto Sururu: Conchas que Transformam levam sustentabilidade e brasilidade
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Traduzindo a essência sustentável da Portobello, o projeto Sururu: Conchas que Transformam surgiu como forma de solucionar um problema socioambiental de uma comunidade de Alagoas.

Além disso, fomenta a economia local e ainda valoriza a cultura da região. Afinal, o sururu é um molusco considerado patrimônio cultural de Alagoas.

Nas linhas a seguir, entenda melhor sobre esse projeto de economia circular, saiba quais são seus benefícios e conheça os produtos que resultaram desse trabalho.

Entenda como surgiu o Sururu: Conchas que Transformam

Rodrigo Ambrosio e Marcelo Rosenbaum
Designers Rodrigo Ambrosio e Marcelo Rosenbaum são as mentes criativas por trás dos produtos do projeto (Foto: Guto Campos)

O projeto Sururu: Conchas que Transformam é um trabalho socioambiental que surgiu para solucionar um problema sanitário em comunidades do bairro Vergel do Lago, em Maceió, Alagoas.

Às margens da Lagoa do Mundaú, a pesca do sururu é uma das principais atividades econômicas da população.

Entretanto, o aproveitamento era somente do molusco. Isso resultava em mais de 300 toneladas de cascas de sururu sendo acumuladas às margens da lagoa todos os meses.

Por sua vez, esses resíduos poluem a água, causam mau cheiro, além de provocar doenças nas comunidades do seu entorno.

Nesse sentido, o projeto Sururu: Conchas que Transformam deu seu primeiro passo com a criação do Cobogó Mundaú. Um produto de design sustentável em parceria com o projeto Maceió Mais Inclusiva. Seu lançamento foi pela fábrica de revestimentos cerâmicos Pointer, que faz parte do Portobello Grupo.

Portanto, por meio do Sururu: Conchas que Transformam, é possível valorizar características culturais da região. Além de melhorar a qualidade de vida dos moradores, possibilita ainda uma nova fonte de receita para a população.

Afinal, as conchas são tratadas, limpas, moídas e misturadas ao cimento para darem vida a produtos. Por sua vez, eles levam a cultura nordestina para todo o Brasil, em um processo de economia circular.

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Projeto é baseado no tripé da sustentabilidade

conchas de sururu
Antes, conchas do sururu eram descartadas às margens da lagoa Mundaú (Foto: Divulgação Portobello)

O foco do projeto Sururu: Conchas que Transformam, certamente, é levar mais sustentabilidade. Isso em diferentes frentes, como social, ambiental e econômica.

Nesse sentido, detalhamos um pouco mais sobre as vantagens do projeto dentro do tripé da sustentabilidade. Confira na sequência.

Sustentabilidade ambiental

Sem dúvidas, o projeto Sururu: Conchas que Transformam promove a sustentabilidade ambiental ao evitar o acúmulo de conchas do molusco no meio ambiente.

Afinal, apesar da pesca do sururu ser bastante tradicional na comunidade de Vergel do Lago, sua casca não tinha nenhuma utilidade e se acumulava às margens do Mundaú.

Antes do projeto Sururu: Conchas que Transformam, eram mais de 8 toneladas despejadas na natureza por dia. A consequência era a poluição da lagoa e seu entorno.

Sustentabilidade social

Já do ponto de vista social, o projeto Sururu: Conchas que Transformam torna a economia circular uma realidade para a população. Afinal, transforma um item que causava danos ao meio ambiente e à saúde em um produto que pode ser vendido.

Além de gerar empregos, o uso das cascas do sururu ampliam a visão dos moradores da comunidade, que passam a enxergar o que antes era lixo, como matéria-prima importante e capaz de transformar vidas.

Pesca do sururu na Lagoa Mundaú, em Alagoas
Pesca do sururu na Lagoa Mundaú, em Alagoas, é fonte de renda da comunidade local (Imagem: divulgação Portobello)

Sustentabilidade econômica

Vergel é uma comunidade carente na zona urbana de Maceió. Por lá, a pesca do sururu é bastante tradicional e fonte de renda de muitas famílias.

Portanto, com a chegada do projeto Sururu: Conchas que Transformam, os moradores puderam conhecer mais uma possibilidade de gerar receita.

Afinal, pescadores começaram a fornecer a matéria-prima para os produtos. Além disso, moradores foram empregados para fazer com que o projeto acontecesse.

Sururu: Conchas que Transformam é iniciativa ESG da Portobello

Sururu: Conchas que Transformam
Itamacio dos Santos é artesão local que contribui para o desenvolvimento do cobogó Mundaú (Foto: Divulgação Portobello)

O projeto Sururu: Conchas que Transformam já faz a diferença na vida de muitas pessoas, além de contribuir para o meio ambiente.

No entanto, é só uma parte de uma extensa agenda do Portobello Grupo, que engloba 25 metas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance).

Em português, a sigla é usada para fazer referência à governança ambiental, social e corporativa em diferentes instituições. Inclusive nas diferentes unidades de negócio do Portobello Grupo.

Com as metas estabelecidas, a marca pretende se tornar referência no setor. Afinal, a adoção de práticas sustentáveis requer mais disposição e inovação do que investimento. E com a ajuda de uma equipe comprometida, a empresa vem fazendo acontecer.

E as metas não se restringem só a iniciativas que têm a ver com o meio ambiente, como o projeto Sururu: Conchas que Transformam. Uma delas é aumentar a presença das mulheres nas lideranças do Grupo Portobello até 2027. O objetivo é que elas sejam 50% do total.

Conheça os produtos do projeto Sururu: Conchas que Transformam

Do projeto Sururu: Conchas que Transformam já surgiram dois produtos ideais para personalizar paredes.

Eles levam uma estética natural e orgânica para dentro dos espaços, ajudando a criar uma decoração mais aconchegante.

Cobogó Mundaú

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Projeto nasceu com Cobogó Mundaú, lançado em 2020 (Foto: Divulgação Portobello)

Idealizado pelos designers Marcelo Rosenbaum e Rodrigo Ambrosio, o Cobogó Mundaú foi apresentado na Expo Revestir de 2020.

A peça vazada foi desenvolvida por meio de técnicas do artesão Itamacio dos Santos. Substituindo areia pela casca do sururu triturada, ela traz forma orgânica com textura granulada. 

Além disso, a mistura de cimento com conchas do sururu resulta em uma cor acinzentada e reflexo furta-cor bastante original.

O produto marca o início do projeto Sururu: Conchas que Transformam, posteriormente reconhecido internacionalmente pela premiação iF Design Award 2022. Ganhou ainda o Prêmio Casa Vogue Design 2021.

Ele foi desenvolvido a partir do projeto “Maceió Mais Inclusiva Através da Economia Circular – Cooperação Técnica” (BID Lab), em parceria com o Instituto A Gente Transforma, o IABS (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade) e a Prefeitura de Maceió.

Além de contar com o DNA alagoano, o cobogó em si é um elemento tipicamente brasileiro. Foi idealizado por três engenheiros: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góes. Eles usaram as iniciais de seus sobrenomes para dar nome a esse novo produto.

Contudo, o cobogó nada mais é do que uma adaptação de elementos vazados já muito conhecidos em outros países como Índia e Marrocos, como é o caso do Muxarabi.

No entanto, o produto nacional é uma alternativa mais barata, uma vez que tem produção, basicamente, em cimento, e formas geométricas mais simples.

Como usar o Cobogó Mundaú na decoração

cobogó mundaú
Meia parede e divisória de ambientes são possibilidade de uso do Cobogó Mundaú (Projeto: Portobello)

De maneira geral, os cobogós são ótimos elementos para dividir espaços. Afinal, não são estruturais, mas sim decorativos.

Eles proporcionam um efeito translúcido, que é uma tendência de decoração. Além disso, permitem a integração entre os espaços de forma elegante e original.

Como o Cobogó Portobello tem um aspecto mais rústico, é iexcelente para usar com outros materiais nessa mesma pegada. Entre eles cimento, queimado, madeira e metal. 

Também é possível integrá-lo numa decoração minimalista contemporânea. Ele forma forma um contraste interessante com materiais mais nobres como mármore, ou ainda modernos como aço e vidro.

Além de divisórias, o Cobogó Mundaú ainda pode ser usado em ambientes internos e externos como:

  • Fechamento de ambientes;
  • Em fachadas;
  • Meia parede;
  • E por aí vai.

Linha Solar

Sururu: Conchas que Transformam
Tons terrosos chegam para trazer energia e robustez ao projeto (Foto: Divulgação Portobello)

Já na Expo Revestir de 2023, foi a vez de conhecer a linha Solar. Também desenvolvida por Marcelo Rosenbaum e Rodrigo Ambrosio, e usando a concha do sururu como matéria-prima.

Dessa vez, são revestimentos cerâmicos iluminados pelas cores. Especificamente, tons terrosos, que são tendência de decoração. 

Com isso, ampliam o leque de possibilidades da inclusão da economia circular na composição dos ambientes, além de adicionar robustez e energia.

A superfície dos revestimentos traz um efeito ripado e linear, em combinação com maxitijolinhos. A ideia foi resgatar a arquitetura brutalista em planos e volumes.

Nesse caso, a inspiração foi Lina Bo Bardi, o que levou a uma proposta de design e a uma cartela de cores com linhas e formas essenciais para paredes sustentáveis.

Vale destacar ainda a textura, que faz presença da concha no produto, marcando a sustentabilidade.

Foi a partir desse lançamento que o projeto Sururu: Conchas que Transformam foi batizado, marcando assim a sua consolidação para um mundo melhor, mais bonito e sustentável.

Como decorar com a linha Solar

Sururu: Conchas que Transformam
Parede ganha destaque com aspecto ripado da linha Solar (Projeto: Portobello)

Também voltada para a aplicação em paredes, a linha Solar traz ainda mais possibilidades para quem quer se inspirar no projeto Sururu: Conchas que Transformam.

Os tons terrosos levam mais vida e energia para os espaços internos de duas maneiras: por meio de peças ripadas ou maxitijolinhos.

No primeiro caso, o produto adiciona textura à decoração. É ideal tanto para usar em paredes inteiras quanto para dar destaque a uma superfície específica.

Além disso, é possível formar um painel ripado e rústico que serve como cabeceira de cama, painel de televisão, entre outras possibilidades.

Para complementar, os maxitijolinhos nas mesmas cores podem ser aplicados lado a lado, ou em outras composições. A superfície mais plana ainda traz a textura das conchas, levando rusticidade e brasilidade para a decoração.

Quer conferir outras iniciativas de sustentabilidade da marca? Conheça a primeira loja de revestimentos cerâmicos sustentável do Brasil: a Portobello Shop Jardim Social!

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