Rosa do deserto: conheça o Museu Nacional do Qatar, concebido por Jean Nouvel
A rosa do deserto inspirou o design do Museu Nacional do Qatar, construído em Doha. O país é um dos destinos mais avançados e ricos do mundo, com belas paisagens, além de obras de arquitetura e design de tirar o fôlego.
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O projeto de 2019 do Museu é do arquiteto francês Jean Nouvel, vencedor do Prêmio Pritzker de 2008, e chama a atenção pelo formato de rosa do deserto, uma formação rochosa típica do Golfo Pérsico. O nome do projeto, inclusive, é Desert Rose.
Além de admirar a arquitetura de Nouvel, os visitantes podem aproveitar os 8 mil m² destinados a exposições que abordam o passado, o presente e o futuro do Qatar. No Museu Nacional do Qatar, fica mais fácil entender como um lugar baseado em uma cultura nômade se tornou uma grande potência a partir da descoberta do petróleo.
Atualmente, Doha é marcada por arranha-céus modernos e futuristas, que dividem espaço com a tradição e a cultura local. A cidade foi destino do Coletivo Criativo, e o projeto Desert Rose, em especial, inspirou a criação da linha Qatari, que conta com um mosaico com design que remete à obra de Nouvel. Continue a leitura para saber mais.
Rosa do deserto inspirou a arquitetura do Museu Nacional do Qatar
Um dos destaques do Museu Nacional do Qatar é o seu design inspirado na rosa do deserto, também conhecida como rosa das areias. Sendo assim, a visita já se torna interessante antes mesmo da entrada.
A rosa do deserto é um fenômeno natural em que grãos de areia cristalizada, que restam da evaporação da água, aglomeram-se com a ação do vento e formam um mineral que se parece com a flor.
Para reproduzir a flor, Jean Nouvel projetou diversos discos apoiados, de modo a formar uma rosa de concreto. Eles têm diferentes tamanhos e ficam em posições distintas, de maneira similar à singularidade da natureza.
A ideia do arquiteto também era que as pétalas da rosa do deserto guardassem o prédio do sol, gerando economia na refrigeração interna. Por isso, elas são mais extensas na área externa, fazendo um sombreado no entorno do museu.
A referência à rosa do deserto é tão forte e clara, que o projeto foi batizado por Nouvel de Desert Rose.
Em todo o edifício a estética pós-moderna não deixa de lado os elementos naturais, como a cor areia. Ela está presente, inclusive, no piso de concreto aparente polido.
O Museu Nacional do Qatar levou 18 anos para ser construído, em uma obra que custou 365 milhões de euros.
Ele fica à beira-mar, no local antes ocupado pelo Palácio Real do Qatar. A propriedade pertencia ao monarca Sheikh Abdulla Bin Jassim Al Thani e funcionava como sede do governo nacional e casa da família real. Essa área, em vez de demolida para dar lugar ao Museu Nacional do Qatar, foi integrada ao projeto. Só um dos exemplos de como o país busca sempre unir passado, presente e futuro.
Extensa área reúne exposições, teatro, restaurante e mais
O Museu Nacional do Qatar é bastante extenso, com 52 mil m² no total. O espaço abriga exposições permanentes e temporárias. São 11 galerias em círculos que acompanham as pétalas da rosa do deserto. Ao centro, um pátio é destinado a eventos culturais.
Há ainda um teatro, salas de aula para o ensino da culinária catari, um restaurante panorâmico, um café e duas lojas de souvenires. Além disso, um centro de pesquisa e um parque de reflorestamento ajudam a manter vivas as plantas nativas.
Também é possível encontrar uma área destinada a um projeto de paisagismo no Museu Nacional do Qatar. Ele reúne grandes gramados e espécies locais.
Em todo o espaço, o acervo e a programação são bastante democráticos. Há exposições com arqueologia, esculturas, música, poesia e muito mais. Mas, de maneira geral, o objetivo é mostrar a história e a tradição do Qatar e de seu povo por meio de uma experiência sensorial.
Tecnologia ajuda a entender o passado, o presente e o futuro do Qatar
A modernidade e a tecnologia se encontram com as raízes do Qatar em instalações multimídia, que ajudam o visitante a entender a história local. Assim, é possível se transportar para as profundezas do Mar do Golfo ou conferir o deserto, com sua fauna e evolução com o passar dos anos.
É possível entender como vivia o povo do Qatar antigamente, por meio da pesca e da colheita de pérolas, atividades que garantiam o sustento das famílias locais.
Um estilo de vida com movimentos migratórios e sobrevivência no deserto. Realidade dura que começou a mudar com a descoberta do petróleo. O combustível fóssil acelerou o desenvolvimento do Qatar e gerou riqueza para seu povo.
A partir de então, Doha ganhou outros ares, com prédios modernos, arranha-céus e, claro, o Museu Nacional do Qatar.
Essa história é contada em cada uma das pétalas da rosa do deserto. Tudo acontece de um jeito muito orgânico para o visitante, que se sente imerso na cultura local.
Leia mais:
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Visitas ao Museu Nacional do Qatar
O Museu Nacional do Qatar está aberto à visitação nos seguintes dias e horários:
- De sábado a quinta-feira, das 9 às 19h;
- Sexta-feira, das 13h30 às 19h.
É possível comprar os ingressos pela internet por meio de cartão de crédito. A entrada para adultos estrangeiros custa 50 rials catarenses.
Se considerarmos o câmbio direto de abril de 2024, o valor equivale a menos de R$ 75. Estudantes estrangeiros pagam meia. Já pessoas até 16 anos e locais não pagam.
Como é bastante extenso, o ideal é reservar ao menos duas horas para conhecer o Museu Nacional do Qatar.
Vale lembrar que o Qatar é um país conservador. Por isso, a administração pede que os visitantes não usem roupas curtas ou inapropriadas para o local, em respeito à cultura e aos costumes locais.
Quem visitar o Qatar também vai poder conhecer outras obras de nomes renomados. Esse é o caso da Biblioteca Nacional do Qatar, de Rem Koolhaas, além dos estádios de futebol desenhados pelo arquiteto Norman Foster e pela arquiteta Zaha Hadid.
Conheça os revestimentos da linha Qatari inspirados no Desert Rose
A rosa do deserto e os demais elementos que compõem o visual do Qatar surgem nos revestimentos da linha Qatari, criada pelo Coletivo Criativo Doha, iniciativa da Comunidade Portobello+Arquitetura.
Essa criação nasce a partir dos olhares diversos de 19 profissionais criativos, que mergulharam numa viagem de cocriação na multifacetada Doha. Por meio de vivências particulares, seus diferentes olhares convergem na dualidade entre o imenso deserto e a cidade pulsante.
Assim, essa experiência coletiva fez surgir porcelanatos com uma superfície minimalista, com camadas e texturas que revelam microrrelevos, interpretados nos tons do deserto e da cidade.
A linha conta ainda com peças para criação de mosaicos com cortes ousados. Entre eles, estão Qatari City Rose e Qatari Desert Rose, com formas que remetem à arquitetura de Jean Nouvel no Desert Rose, projeto que encantou o Coletivo Criativo na viagem a Doha.
>>> Saiba mais sobre o processo de criação do Coletivo Criativo Doha
Com essas peças, é possível criar composições únicas e personalizar ambientes, imprimindo a identidade de quem compõe.
Toda a linha Qatari oferece revestimentos perfeitos para projetos que buscam um refúgio de tranquilidade e sofisticação. Combinam a pureza do natural, a legitimidade do coletivo e a elegância da vanguarda.
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