Intercultural: a mudança estética em ascensão na Semana de Design de Milão
A Semana de Design de Milão (Salone del Mobile e Fuorisalone) aconteceu entre os dias 16 e 21 de abril e a Portobello marcou presença. Diretamente da Itália, diferentes profissionais parceiros da marca mapearam tendências para trazer ao público e inspirar a criação de produtos. Entre elas, Intercultural.
Essa é uma tendência que reúne aspectos ligados à diversidade cultural. Mais especificamente, trata das influências do Oriente em um mundo que antes se restringia ao que acontecia na Europa e nos Estados Unidos.
Para chegar à tendência Intercultural, diversos profissionais da Portobello se debruçaram em um trabalho que envolveu pesquisa, análise e muito desenvolvimento. Afinal, essa é a base do Ciclo de Inovação Portobello, que reúne diferentes olhares para tornar o portfólio mais diverso.
E nada melhor do que estar de olho nas tendências globais para trazer ao mercado brasileiro o que há de mais atual. Uma das tendências mapeadas é Intercultural, que você entende melhor na sequência.
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Semana de Design de Milão foi inspiração para Intercultural
Antes de entender melhor sobre a tendência Intercultural, é importante compreender o cenário global, que contribui para a ascensão da estética oriental.
Ao fazer uma análise rápida sobre os desafios que o mundo enfrenta na atualidade, nos deparamos com questões geopolíticas e socioculturais. Junte isso aos impactos da recessão e teremos uma sociedade ansiosa e cansada.
É nesse cenário que surgem três tendências, mapeadas pela Portobello durante a Semana de Design de Milão: Intercultural, Quarto Tempo e Nexus.
Apesar do cenário mundial desafiador, é importante lembrar que esses momentos são grandes oportunidades para a renovação. E é exatamente isso que essas tendências propõem.
Durante a mostra, inspirações das mentes mais criativas do mundo quando o assunto é design mostraram como é possível usar a criatividade para proporcionar diversidade e autenticidade, atenuando os momentos difíceis.
Intercultural traz traços orientais para os ambientes
Por falar em adversidades, Intercultural chega para mostrar como é possível encarar os desafios de frente usando a cultura oriental como inspiração.
Nessa região, a racionalidade é um ponto de destaque na personalidade das pessoas. Por isso, para passar pelos momentos difíceis, nada melhor do que não apenas colocar, mas fincar os pés no chão.
Isso ajuda a enfrentar a recessão global, por exemplo. Afinal, é necessário estabelecer estratégias para passar por mais essa crise.
Já os confrontos geopolíticos e suas consequências jogam luz sobre a importância de buscar por matérias-primas alternativas. Com fontes finitas na natureza e a concentração de materiais em apenas algumas regiões, é importante considerar novas formas de produção para garantir a continuidade dos bens e serviços.
Nesse caso, a presença da arte artesanal chega ao lado da riqueza multicultural trazendo tramas e formas do passado que se mesclam às influências orientais.
A partir daí, é possível romper a visão tradicional europeia, marcando presença nos ambientes com itens de traços asiáticos.
Como resultado, temos não só uma mudança estética, mas também a representação do crescimento econômico dessas regiões, que se destacam cada vez mais em diferentes mercados.
Para exemplificar como Intercultural se expressa nos ambientes, essa tendência foi dividida em três, como você confere a seguir.
Crescente Oriental
Influências fora do tradicional eixo Europa/Estados Unidos estão em ascensão. E esse fato impulsiona a diversidade cultural.
Os grupos de k-pop e os doramas são um forte exemplo disso. Além das músicas, séries e filmes de drama produzidos em países como Coreia do Sul, Japão e China têm feito sucesso em todo mundo, espalhando a cultura oriental mundo afora.
E não só nas telinhas ou nos fones de ouvido. Quem acompanha esse tipo de conteúdo acaba buscando produtos e experiências que remetam aos programas. Assim, restaurantes, comércios e outros estabelecimentos ganham força ao levar produtos e serviços no estilo oriental.
Na Semana de Design de Milão, a Portobello constatou o quanto a cultura oriental vem deixando a sua marca nos ambientes por meio de tramas e formas tradicionais dessa região.
Entre os elementos que adicionam um toque oriental, estão materiais como madeira e bambu. Além disso, elementos naturais podem ser usados para harmonizar e equilibrar os ambientes. É o caso de pedras e plantas.
A naturalidade também se aplica aos tecidos. Entre as opções, algodão, linho e seda podem ser usados em cortinas, almofadas e tapetes, por exemplo.
O mesmo vale para as estampas, sempre inspiradas na natureza, como flor de cerejeira, ondas do mar, animal print e por aí vai.
A iluminação suave e difusa é outro marco em Intercultural. O uso de luminárias de papel, lanternas ou luminárias de teto com design oriental são capazes de tornar a atmosfera acolhedora e tranquila.
Interpretação Cultural
Em Intercultural, ainda é possível observar a expressão oriental por meio do artesanato. Mesclando tradições antigas com influências contemporâneas, é possível ter espaços autênticos e que favorecem a diversidade. Afinal, o artesanato é único.
Nesse caso, cada país tem sua cultura e suas referências quando o assunto é artesanato. No Japão, por exemplo, a cerâmica é bastante conhecida. As peças podem variar desde utensílios para usar no dia a dia até peças de arte decorativas.
Já na China e na Coreia do Sul, destaque para a porcelana, famosa em todo o mundo por sua beleza e delicadeza. Por lá, diferentes técnicas podem ser empregadas, resultando em uma variedade de designs.
Outra arte muito presente nessa região, e que podemos observar em Intercultural, é a laca japonesa. Essa é uma tradição antiga que envolve revestir objetos com diversas camadas de laca. Muitas vezes, elas são decoradas com pinturas intrincadas ou aplicações de metal e madrepérola.
Quando o assunto é material, o bambu é um dos mais usados em artesanatos chineses. Pode ser usado em uma boa variedade de produtos que vão de cestas a móveis, passando por utensílios e esculturas.
Inclusive, para quem quer mergulhar na tendência Intercultural e aderir ao artesanato oriental, mas sem abrir mão da contemporaneidade, uma boa ideia é apostar em móveis de designers dessa região.
Geralmente, são peças com um toque artesanal, que leva singularidade e autenticidade à decoração de diferentes espaços.
A tapeçaria também pode ser um bom caminho para incluir as tradições orientais na decoração. Tanto para usar no chão quanto em paredes, os tecidos feitos de forma artesanal dão um toque de personalidade.
Funcionalidade Alternativa
A Semana de Design de Milão deixou muito clara a busca por soluções que amenizem as consequências de um mundo em crise. Recessão, conflitos geopolíticos e desastres ambientais estão entre os fatores que grande parte das pessoas precisa lidar no dia a dia.
Nesse sentido, Intercultural joga luz sobre a procura por soluções práticas. Entre elas, a busca por materiais alternativos.
Eles podem ser reciclados, reaproveitados, capazes de reproduzir materiais naturais, entre outras soluções que evitem a exploração do meio ambiente, ajudando a preservar a vida no planeta.
O porcelanato é um dos exemplos de como a Funcionalidade Alternativa pode ser aplicada. Afinal, sua produção traz menos impactos ao meio ambiente do que a exploração de materiais naturais como mármore, madeira e pedra, por exemplo.
Além disso, fabricantes como a Portobello investem em tecnologia para tornar a produção ainda mais sustentável. Incluindo o reaproveitamento de água e de materiais, o uso de fontes de energia limpa e por aí vai.
O resultado é um produto que une design e sustentabilidade, que estão entre os pilares da Portobello. Inclusive, graças à tecnologia, é possível reproduzir materiais naturais com fidelidade na superfície de revestimentos cerâmicos de diferentes formatos.
E como estamos falando sobre a influência oriental na Semana de Design de Milão, no caso do porcelanato, os produtos que reproduzem madeira podem ser ideais para um ambiente nesse estilo.
Além disso, outros materiais podem ser explorados, como o já mencionado bambu. Para os tecidos, algumas alternativas são o algodão orgânico, além de fibras recicladas, que podem até reproduzir o aspecto e a textura do couro.
O uso da madeira de demolição e do aço reciclado também é uma boa alternativa. Outros materiais reaproveitados podem ainda ser adequados ao design oriental para proporcionar ambientes funcionais e com essa pegada aconchegante e natural.
Além de Intercultural, o relatório da Portobello traz ainda informações sobre outras tendências mapeadas e muitas informações para você se inspirar. Baixe o relatório grátis agora mesmo!