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Tanto fachadas quanto ambientes internos podem oferecer mais privacidade com algumas dicas (Projeto: Bia Guedes)

Privacidade na arquitetura: soluções para preservar a intimidade em projetos

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18.04.2024
Exemplos práticos ajudam a entender como a privacidade na arquitetura pode contribuir para um ambiente mais agradável, elevando o bem-estar. Entenda
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Imagine uma casa onde os moradores se sentem expostos a olhares alheios a qualquer momento. Ou um escritório onde a concentração é constantemente interrompida pela falta de isolamento acústico. Essas situações são apenas exemplos que evidenciam como a privacidade na arquitetura pode impactar a experiência nos espaços.

Afinal, a privacidade é um direito que influencia diretamente no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas. Seja em residências, escritórios ou espaços públicos, a sensação de segurança e intimidade é essencial para promover um ambiente acolhedor e funcional.

Pensando nisso, separamos alguns exemplos de soluções de privacidade na arquitetura para você entender como pode ser simples proporcionar essa sensação. Acompanhe!

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Paisagismo pode ser aliado da privacidade na arquitetura

privacidade na arquitetura
Plantas obstruem a visibilidade, proporcionando mais privacidade (Projeto: Eveli Balen Forcelini / Foto: Mariana Boro)

De maneira geral, o paisagismo desempenha um papel fundamental na criação de espaços privativos e acolhedores na arquitetura. Ao integrar elementos naturais ao projeto, é possível aumentar a privacidade de diversas maneiras:

  • Barreiras visuais: o uso estratégico de árvores, arbustos e plantas de porte alto pode bloquear a visão de áreas externas para dentro do espaço. Essas barreiras ajudam a limitar a exposição a olhares indesejados, proporcionando maior intimidade nos ambientes.
  • Criação de ambientes fechados: o paisagismo também pode ser utilizado para delimitar e criar ambientes fechados. Como por exemplo, pátios, jardins internos e áreas de convívio externo. O uso de cercas vivas, treliças e pergolados pode proporcionar uma sensação de proteção e privacidade, sem comprometer a integração com a natureza.
  • Absorção de sons: além de criar barreiras visuais, as plantas também podem ajudar a absorver sons externos, contribuindo para reduzir o ruído e aumentar a sensação de privacidade. Espécies densas e de folhagem larga são especialmente eficazes nesse aspecto, atuando como verdadeiras barreiras acústicas naturais.
  • Controle da ventilação e iluminação: o posicionamento estratégico de árvores e arbustos pode ajudar a criar microclimas mais confortáveis e protegidos. Além de garantir a privacidade, o paisagismo também contribui para o conforto térmico e a eficiência energética dos ambientes.

Películas em portas e janelas de vidro

privacidade na arquitetura
Vidros com películas podem ser usados em todos os ambientes para aumentar privacidade (Projeto: Cruz Giotto Arquitetura)

Quando falamos em privacidade na arquitetura, uma das principais opções é o uso de películas nos vidros de portas e janelas. 

Essa é uma solução prática e eficaz, uma vez que películas opacas, fumês, fosqueadas ou texturizadas são especialmente projetadas para conferir mais privacidade.

Portanto, ao aplicar essas películas nas portas, janelas e até no box do banheiro, é possível bloquear a visão direta de fora para dentro.

Essa solução ainda ajuda a controlar a luz, filtrando o sol excessivo que entra nos ambientes. Por falar nisso, é possível ainda encontrar opções que contam com proteção contra raios ultravioleta (UV), que podem ser prejudiciais à saúde quando há exposição prolongada.

Além de eficaz, essa ainda é uma solução prática. Afinal, é fácil aplicar e remover essas películas.

Comércio no térreo de prédios contribui para privacidade e segurança

Prédios com comércios no térreo podem trazer diversos benefícios em termos de privacidade e segurança para os moradores. Sobretudo quando bem planejados e integrados ao projeto arquitetônico.

Essa é uma estratégia defendida, inclusive, por grandes nomes da arquitetura, como Isay Weinfeld bem citou em seu talk durante o Archtrends Summit 2023.

Quanto à privacidade, o uso do pavimento térreo para o comércio faz com que as moradias fiquem menos visíveis.

Além desse benefício para a privacidade na arquitetura, Isay ainda destacou que o comércio mantém a região “viva”, o que contribui para a segurança.

Afinal, proporciona uma movimentação constante de pessoas, especialmente durante o horário comercial. Dessa forma, ações indesejadas podem ser inibidas, como furtos e invasões.

Outros benefícios também são adicionados quando há comércio no local, como iluminação, vigilância, serviços próximos e controle de acesso.

Elementos vazados: privacidade na arquitetura interna e externa

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Brises ajudam a levar privacidade tanto em fechamentos quanto em ambientes internos (Projeto: Marla Bravim / Foto: Sayane Porto)

Entre os aliados da privacidade na arquitetura, destaque para os elementos vazados. Estamos falando de brises, cobogós e muxarabis, por exemplo. Recursos arquitetônicos versáteis que contribuem significativamente para a privacidade em diferentes contextos.

Afinal, eles podem ser usados tanto em fechamentos quanto como divisórias de ambientes, proporcionando privacidade até entre os próprios usuários do espaço.

Portanto, há duas maneiras de usar os elementos vazados para obter privacidade na arquitetura. Listamos alguns exemplos para você entender melhor:

Privacidade do exterior para o interior

  • Brises: elementos horizontais ou verticais que podem ser instalados na fachada. Podem ser projetados de forma a permitir a passagem de luz natural para o interior, ao mesmo tempo em que bloqueiam a visão de fora para dentro.
  • Cobogós: blocos vazados, eles são frequentemente usados em fachadas para criar padrões decorativos e permitir a ventilação dos ambientes internos. Dependendo do arranjo dos cobogós, é possível obter diferentes níveis de privacidade. Isso permite o controle da visibilidade para dentro da construção, sem comprometer a entrada de luz e ar.
  • Muxarabis: originários da arquitetura árabe, são elementos vazados geralmente feitos de madeira ou metal, instalados em janelas ou varandas. Permitem a circulação de ar e a entrada de luz, ao mesmo tempo em que criam um efeito de filtro visual.

Privacidade dentro de casa

  • Divisórias internas: tanto brises quanto cobogós e muxarabis podem ser usados como divisórias para separar diferentes áreas. Isso, claro, sem bloquear completamente a passagem de luz e ar. Por exemplo, podem ser instalados entre o quarto e a sala de estar para proporcionar privacidade sem criar uma barreira visual sólida.
  • Portas e painéis: além das divisórias, esses elementos vazados podem ser incorporados em portas, armários e painéis. Assim, oferecem privacidade em determinados espaços.

Privacidade na arquitetura precisa considerar a acústica

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Espaços comerciais podem exigir privacidade não só visual, mas também acústica (Projeto: Elisa / Foto: Erick Mem)

Soluções que melhorem a acústica dos espaços são essenciais para garantir a privacidade na arquitetura. Sobretudo quando falamos de prédios ou ambientes corporativos, por exemplo.

Além da privacidade, esse é um ponto que oferece conforto acústico, proporcionando bem-estar. Pensando nisso, separamos algumas ideias de como proporcionar privacidade, pensando também na acústica dos espaços. Confira na sequência.

  • Isolamento acústico: materiais adequados para paredes, pisos e tetos podem reduzir a transmissão de ruídos indesejados de um ambiente para outro. Entre os exemplos estão lã de vidro, lã de rocha, espumas acústicas e painéis isolantes. Eles podem ser incorporados durante a construção ou reforma para minimizar a propagação do som.
  • Vedação de aberturas: portas e janelas são pontos vulneráveis ​​à entrada de ruídos externos. Portanto, usar vedantes acústicos e instalar janelas e portas com vidros duplos ou laminados pode ajudar a reduzir a transmissão de som para o interior dos espaços.
  • Difusores acústicos: são elementos que dispersam o som de maneira uniforme pelo ambiente, reduzindo a reverberação e melhorando a qualidade sonora. Eles podem ser instalados em paredes e tetos e estão disponíveis em uma variedade de designs e materiais para se integrarem à estética do espaço.
  • Absorção sonora: materiais como painéis de madeira, tecidos pesados, carpetes e estofados podem ajudar a melhorar a qualidade acústica. Podem ser aplicados em paredes, pisos e tetos. Especialmente em áreas de convívio e entretenimento.
  • Layout inteligente: uma planta bem planejada pode ajudar a minimizar a transferência de ruídos entre os diferentes ambientes. Posicionar áreas sensíveis ao ruído, como quartos e escritórios, longe de fontes de ruído externas e áreas de circulação pode contribuir para uma maior privacidade acústica.
  • Uso de elementos arquitetônicos: divisórias, painéis, móveis e estantes podem ser utilizados para criar barreiras físicas que ajudam a bloquear a propagação do som.

Peitoril também pode ser solução de privacidade na arquitetura

privacidade na arquitetura
Plantas no peitoril ajudam a aumentar a privacidade (Projeto: Bruno Brandini Arquitetos)

Já o peitoril pode contribuir de diferentes maneiras para proporcionar privacidade na arquitetura de prédios e casas.

Para começar, forma uma barreira visual física, dificultando os olhares de fora para dentro do espaço.

Isso é interessante, sobretudo, em áreas mais baixas, como no térreo. Com um peitoril elevado, é possível evitar olhares indesejados.

Dependendo do tamanho do peitoril projetado, ainda é possível acrescentar alguns itens que ajudam a aumentar a privacidade, como jardineiras.

Quando falamos em privacidade na arquitetura, os espaços integrados podem ser um grande desafio. Por isso, continue conosco e descubra os prós e os contras da integração de ambientes.

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