Avant-garde: como esse gênero de arte se manifesta na arquitetura?
Já ouviu falar de avant-garde ou vanguardas europeias? Futurismo, surrealismo, dadaísmo e cubismo são alguns dos movimentos que fazem parte desse gênero artístico.
Quem trabalha ou aprecia arquitetura, sabe que ela sempre andou de mãos dadas com a arte. Não por acaso, as vanguardas influenciaram diretamente grandes arquitetos ao longo da história.
A seguir, vamos mostrar quais são as principais características associadas ao avant-garde e como a arquitetura absorveu as ideias do movimento.
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O que é avant-garde?
O termo francês avant-garde — em português, "vanguarda" — é usado metaforicamente, desde o começo do século XX, para se referir a setores pioneiros de movimentos artísticos, sociais e políticos.
No sentido literal, corresponde à guarda que está à frente de um exército.
Mas, para além do contexto militar, passou a ser associado aos franceses radicais de esquerda, que lutavam por reformas políticas.
Em meados do século XIX, o termo começou a ser usado no cenário cultural para se referir à arte como instrumento de mudança social.
Algumas décadas mais tarde, além das causas sociais, esse gênero artístico deu lugar às questões estéticas.
Assim, avant-garde se tornou adjetivo atribuído a pensadores, escritores, artistas e arquitetos inovadores em termos de estilo, forma e temáticas.
Eles mostravam estar à frente de seu tempo ao romper com os cânones da época e desafiar os valores da sociedade burguesa.
Os artistas avant-garde promoviam políticas radicais e militavam por mudanças sociais por meio da arte. Afinal, a enxergavam como ferramenta política.
A partir dessa visão, tornaram-se pioneiros e criaram movimentos de renovação estética que abriram caminho para a arte e a arquitetura moderna, como:
- expressionismo;
- surrealismo;
- dadaísmo;
- futurismo;
- fauvismo;
- cubismo.
Embora tenham características diferentes, o que esses movimentos de vanguarda europeus tinham em comum era a reflexão sobre o contexto da época.
Isso porque a Europa passava por diversas transformações, produzidas pela Revolução Industrial e pela Primeira Guerra Mundial.
Além de fazer críticas aos ideais da guerra, os artistas avant-garde exaltavam o progresso, experimentavam técnicas e materiais e provocavam reflexões sobre o novo modo de viver.
Como esse gênero se expressa na arquitetura?
Da mesma maneira que os movimentos artísticos, a arquitetura avant-garde tem como principais características a inovação e a radicalidade.
Ela costuma ser descrita como progressista em termos de estética.
No entanto, é importante destacar que a arquitetura avant-garde engloba um amplo espectro de expressões estéticas e políticas.
O modernismo é um movimento que ficou bastante associado ao gênero. Mas alguns críticos fazem uma distinção entre os conceitos, uma vez que este último está inserido em ideias mais limitadas.
Isso explica por que o termo avant-garde é menos ligado à arquitetura, em comparação às artes visuais e à literatura.
Le Corbusier, arquiteto pioneiro do movimento modernista, associou a arquitetura avant-garde, sobretudo, ao prazer visual.
Entre os principais expoentes do gênero na arquitetura estão Frank Gehry, Daniel Libeskind, Zaha Hadid e Peter Eisenman.
Vale destacar aqui o trabalho da arquiteta Zaha Hadid, a primeira mulher e pessoa árabe do mundo a receber o prêmio Pritzker.
Ela ficou conhecida por criar projetos ousados, marcados por traços orgânicos que redefiniram a relação entre arquitetura, natureza e cidade.
Seus trabalhos são ótimos para ilustrar a arquitetura avant-garde, pois se tornaram símbolos de pioneirismo.
Ao longo de sua carreira, ela criou projetos futuristas, fortemente ligados à inovação digital na arquitetura. Com isso, quebrou paradigmas em relação à maneira de pensar e de construir edifícios.
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Conheça o porcelanato inspirado no avant-garde
A linha Avantgarde traz para o mercado revestimentos que expressam as ideias dos movimentos artístico-culturais da Europa do século XX.
Assim como fizeram os artistas da época, a Portobello foi além para transcender padrões e estar na fronteira da inovação do porcelanato.
Usando como forma a disrupção do avant-garde, a marca recriou revestimentos inspirados no clássico carvalho, a madeira de lei das florestas europeias e norte-americanas.
Para isso, foi preciso superar desafios de design e de tecnologia.
A partir da combinação entre sensibilidade criativa e inovação emergente, Avantgarde leva o natural a patamares ainda inexplorados.
A linha oferece revestimentos que reproduzem a madeira atemporal em três cores: Brunet, Clair e Solaire. E em dois formatos superlongilíneos: 20x120 cm e 21x180 cm.
O que também torna Avantgarde única é a textura Supertouch.
Essa nova superfície da Portobello desafia o material e provoca sensações inesperadas. Tudo isso graças à combinação entre design handmade e tecnologia de ponta.
Buscar referências na arte é sempre uma boa pedida quando se trata de arquitetura, design e decoração. E o movimento avant-garde é a mais pura prova disso.
Assim como em outras épocas, a tecnologia continua a impactar a arquitetura. Saiba mais sobre as IAs geradoras de imagens e como elas têm sido usadas como ferramentas na concepção de projetos!