Quando a arquitetura transforma hábitos
Uma arquitetura para reunir os moradores em um só ambiente. Essa é a premissa do projeto desse apartamento de 180 m², desenvolvido pelo escritório SRW Arquitetura e Interiores, da arquiteta Sibele Wodzinsky, de Jaraguá do Sul, Santa Catarina.
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Segundo Sibele, quando ela conheceu a dona do apartamento, que já morava lá, uma das questões apontadas foi a falta de uso da sala de estar. No dia a dia da família, ficava cada um trancado em seu quarto.
“O ambiente social fica sem função”, reflete Sibele. Ela acredita que, entre as causas possíveis para esse comportamento, estão a disposição de móveis, a composição do ambiente e um projeto de interiores nada convidativo. É como se a sala de estar repelisse o convívio.
Para transformar o espaço e a vida dos moradores, ela integrou uma varanda de pouco uso, ganhando metragem. Optou por novos tecidos para estofados e cortinas, em cores claras. Nos revestimentos, seguiu por tonalidades também suaves, que aparecem no piso, parede, painel de TV, lareira e cozinha. Destaque para Onyx Unique, da Portobello.
A lareira ecológica, situada abaixo da televisão, tem base de aço inox e, sobre ela, há uma placa de proteção térmica. De resto, foi toda revestida em porcelanato Portobello.
Na cozinha, foi retirada uma porta de correr, abrindo para a sala. Com isso, a arquiteta levou mais luz para o imóvel e criou um ambiente integrado e agradável.
“Quando entregamos o apartamento, tivemos o retorno da moradora, que me disse: ‘Sibele, você não tem noção do quanto mudou os nossos hábitos’”, relembra. “É uma coisa que encanta na profissão, conseguimos transformar hábitos porque sabemos o quanto o ambiente é importante nisso. Não é só questão de beleza”.
A carreira de Sibele na arquitetura começou há mais de 20 anos. Natural de Jaraguá do Sul, em SC, ela abriu o seu escritório em 2016, após deixar uma sociedade com outra arquiteta. Com outros cinco profissionais, se dedica, majoritariamente, a projetos residenciais. Ela especifica na Portobello Shop Jaraguá do Sul.
“Nos destacamos naquilo que fazemos, não é à toa que estamos há tantos anos no mercado”, reflete. “É algo consolidado, não veio de uma hora para outra, foi construído, e hoje colhemos o resultado com os clientes”.
A arquiteta lembra que, antigamente, a profissão não era tão difundida na região. “Em Jaraguá do Sul, havia três ou quatro profissionais mais atuantes e a engenharia era muito forte, as pessoas procuravam mais engenheiros para fazer suas casas”, disse.
“A arquitetura me encantava como um todo, mas eu não tinha conhecimento. Me joguei no que eu imaginava que poderia ser. Posso dizer que foi uma escolha super acertada, desde o início me identifiquei demais na profissão, por tudo que ela envolve, pela técnica, por oferecer soluções, pela criatividade, poder estar ligada com o nosso cliente e necessidades dele, isso torna a profissão envolvente e dinâmica”.