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Com o tripé de sustentabilidade, é possível equilibrar progresso econômico, bem-estar social e preservação ambiental (Foto: Noah Buscher/Unsplash)

Tripé da sustentabilidade: o que é, importância e como aplicar

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O tripé de sustentabilidade equilibra desenvolvimento econômico, bem-estar social e preservação ambiental. Saiba como aplicá-lo na arquitetura
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O termo sustentabilidade ecoa em diversas áreas da sociedade, e as discussões mais sérias sobre o tema consideram sempre o conceito de tripé da sustentabilidade. O termo se baseia em três pilares: social, ambiental e econômico.

É uma forma de abordagem mais completa dos desafios que envolvem as mudanças climáticas, a necessidade de explorar recursos para atender o aumento do consumo e o crescimento populacional. 

Continue a leitura para entender mais a fundo o que é o tripé da sustentabilidade e confira dicas para aplicá-lo na arquitetura.

É evidente para as novas gerações que o desenvolvimento predatório não é possível no nosso planeta. Na placa se lê, em tradução livre, "Um Mundo" (Foto: Markus Spiske/Unsplash)

O que é sustentabilidade?

As discussões sobre sustentabilidade ganharam notoriedade na década de 1970, quando passaram a fazer parte dos assuntos centrais da Organização das Nações Unidas, a ONU. 

O impacto das atividades humanas no planeta passa a preocupar as autoridades e estudiosos que percebem as mudanças climáticas e seus impactos. 

O desafio, desde então, passa a ser pensar em modos de equilibrar o desenvolvimento com a preservação do meio ambiente.

Este modo de pensar o desenvolvimento com um olhar para a preservação do meio ambiente é então chamado de Desenvolvimento Sustentável.

O que é o tripé da sustentabilidade?

O tripé da sustentabilidade vem do inglês Triple Bottom Line. O termo foi definido pelo sociólogo britânico John Elkington em 1994, fazendo com que Elkington passasse a ser conhecido como o pai da sustentabilidade.

O tripé diz respeito a três pilares que possibilitam o desenvolvimento econômico levando em consideração o meio ambiente e as pessoas. As três dimensões são a ambiental, a social e a econômica.

  • Dimensão ambiental: leva em consideração o meio ambiente e a necessidade de preservá-lo. Ela guia as práticas compensatórias e a amenização de impactos.
  • Dimensão social: leva em consideração a garantia do bem estar e dos direitos das pessoas. Isto inclui aspectos como educação, lazer, saúde e cultura.
  • Dimensão econômica: leva em consideração o lucro e aspectos ligados à produção, distribuição e consumo de bens e serviços. 

Leia também:

Como aplicar o tripé da sustentabilidade?

A sustentabilidade precisa aparecer não só nos discursos, são necessárias ações. E as ações vão depender da gravidade e importância da ocasião. A busca é sempre por encontrar o equilíbrio entre os aspectos econômicos, sociais e ambientais. 

Já sabemos, por exemplo, que não é possível nos desenvolvermos como sociedade colocando em risco o meio ambiente e a economia. 

Nesse contexto, o papel do tripé é conseguir transformar em ações os processos do pensamento sustentável de maneira estruturada. 

Um dos principais caminhos para isso é o desenvolvimento sustentável, um conjunto de práticas que buscam preservar o nosso planeta para as futuras gerações e garantir uma melhoria na qualidade de vida das gerações atuais.  

Para tornar tudo mais palpável, e considerando o tripé da sustentabilidade, a ONU lançou 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) no ano de 2005. Os 17 ODS se tornaram compromisso dos países signatários do acordo de Paris.

Os países, as empresas e a sociedade precisam observar estes objetivos e passar a tomar decisões que os leve em consideração. 

17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

Os objetivos podem ser considerados como um apelo global rumo a um desenvolvimento verdadeiramente sustentável. 

As ações efetivas da ONU incluem investimentos, parcerias e ações de controle e fiscalização para que os países possam atingir os 17 objetivos listados abaixo:

  1. Erradicação da pobreza;
  2. Fome zero e agricultura sustentável;
  3. Saúde e bem-estar;
  4. Educação de qualidade;
  5. Igualdade de gênero;
  6. Água potável e saneamento;
  7. Energia limpa e acessível;
  8. Trabalho decente e crescimento econômico;
  9. Indústria, inovação e infraestrutura;
  10. Redução das desigualdades;
  11. Cidades e comunidades sustentáveis;
  12. Consumo e produção responsável;
  13. Ação contra a mudança global do clima;
  14. Vida na água;
  15. Vida terrestre;
  16. Paz, justiça e instituições eficazes;
  17. Parcerias e meios de implantação.
Fachada de casa em cinza e amarelo, com grande árvore dentro do terreno e céu azul
Este projeto sustentável apresenta grande área permeável, captação de água da chuva, aquecimento solar de água e energia fotovoltaica (Projeto: Seferin Arquitetura)

Arquitetura sustentável

A construção civil é um dos setores que mais poluem o meio ambiente. Medidas efetivas de sustentabilidade são necessárias e elas vão desde a concepção do projeto, passando pela escolha dos materiais e indo até o pós-obra. 

É necessário considerar o tripé da sustentabilidade e os objetivos de desenvolvimento sustentável quando falamos em arquitetura. 

Empresas como a Portobello acreditam que fazer arquitetura pode ser mais sustentável. O papel efetivo da Portobello é de produzir porcelanatos sustentáveis desde a concepção

Tripé da sustentabilidade na arquitetura

A seguir estão algumas dicas de como aplicar os conceitos discutidos e tornar seu projeto mais sustentável. Entenda ainda os possíveis impactos ambientais negativos e meios de minimizá-los.

Geração de resíduos

Geração de resíduos é um dos grandes problemas ambientais causados pela construção civil. Esta questão pode ser minimizada com práticas eficientes de gestão de projetos. 

Definição adequada dos processos, controle dos prazos de entrega, cálculo correto de quantitativos e mesmo o uso de materiais reutilizáveis. Estas ações podem reduzir significativamente o volume dos resíduos gerados.

Outra necessidade é a separação adequada dos materiais descartados. Por exemplo, eles podem ser destinados a uma cooperativa local que separa materiais recicláveis. Esta ação gera benefícios econômicos, sociais e ambientais.

Consumo energético

Casa de praia com fachada em madeira, dois pavimentos, piscina e área de varanda no pilotis, no telhado placas de energia solar e vegetação densa ao fundo
Residências com placas de energia solar reduzem muito o seu impacto ambiental ao utilizar este recurso renovável para seu abastecimento (Projeto: Seferin Arquitetura)

O consumo energético é uma questão que precisa ser enfrentada de frente, por todos. Na hora de pensar seu projeto, é importante considerar o conforto térmico e luminoso, por exemplo. 

O ideal é aproveitar ao máximo a luz e ventilação naturais, com aberturas e janelas que atenderão as necessidades do cliente e da região. Uma arquitetura que respeite o sol e a direção dos ventos pode gerar uma grande redução no consumo energético.

Outro ponto importante é a possibilidade de instalar um sistema de geração de energia solar. Ação que reduz a demanda da concessionária de energia.

Durante a obra, uma prática eficiente pode ser o treinamento adequado da equipe para que todo equipamento fora de uso seja desligado. Além de garantir que todos os equipamentos possuam a melhor eficiência energética e tenham manutenção adequada.

Equipamentos desregulados ou com baixa eficiência podem consumir grandes quantidades de energia.

Desperdício de água

Água potável é um recurso escasso e valioso. Para a concepção de projetos arquitetônicos, é fundamental considerar duas ações: áreas permeáveis e captação de água de chuva.

É fundamental criar áreas permeáveis para a infiltração da água da chuva. Uma única obra pode afetar lençóis freáticos e aumentar consideravelmente o fluxo de águas pluviais que chegam às galerias e aos rios.

Já a captação de água da chuva garante economia na conta de água e poupa o uso de água potável para fins como irrigação e descargas. 

Durante a obra, é de extrema importância que práticas de economia de água sejam implantadas, especialmente nos processos de limpeza. Pode ser adequado considerar um sistema de reaproveitamento de água ou mesmo de captação de água da chuva para uso durante a obra.

Materiais tóxicos

Quando falamos em sustentabilidade, o descarte adequado de materiais é um dos temas que mais se discute. Um grande impacto que a construção civil causa é através do descarte inadequado de materiais tóxicos. 

Medidas de controle são necessárias para controlar a manipulação e o descarte adequado destes materiais. Eles são tintas, solventes e outros materiais que, em contato com o solo, animais ou pessoas, podem causar grandes danos ao ambiente e à saúde.

Uma alternativa é a busca por materiais que não sejam tóxicos. Na impossibilidade desta solução, é preciso garantir áreas bem sinalizadas nas obras para o descarte de tais materiais.

É preciso assumir responsabilidade pelo tratamento e destino final destes materiais, garantindo que eles sejam corretamente destinados e que não causem dano algum ao meio ambiente ou à sociedade.

É importante discutir ideias e medidas para tornar a vida mais sustentável em nosso planeta. Ações que vão interferir em políticas públicas globais ou locais e irão garantir o futuro do planeta.

O tripé da sustentabilidade pode transformar o modo de ver o mundo e tornar nossas atitudes e escolhas efetivamente mais sustentáveis. 

Quer conhecer um projeto baseado no tripé da sustentabilidade? E uma das iniciativas ESG da Portobello? Recomendamos a leitura do artigo Sururu: Conchas que Transformam dá novo passo para sustentabilidade de revestimentos

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