É quase impossível ver obra por obra, com calma, em um único dia na SP-Arte. Na 19ª edição, aberta no dia 29 de março, 168 expositores reuniram seus acervos de artes, design e livros distribuídos em dois andares do Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Com ingressos a 70 reais (inteira), a mostra segue até o dia 2 abril.
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Neste ano, a área dedicada ao design ganhou metragem. A organização divulgou crescimento de 30% comparado ao ano passado, alcançando o total de 45 expositores. Entre os presentes, aparecem nomes como Etel, ovo, Atelier Hugo França, Passado Composto Século XX, Guto Requena, Wentz, La Lampe e Firmacasa.
O designer Guilherme Wentz, da Wentz, apresentou a coleção de luminárias Fungi, resultado de observação sobre as infinitas possibilidades do universo dos fungos. Todas brancas, foram dispostas em cenário branco, reforçando a estética minimalista da marca.
Guto Requena, pela primeira vez na SP-Arte, expôs os vasos da sua linha Era Uma Vez, que completou dez anos, e ganhou novas cores. Eles foram criados a partir do registro de histórias que a avó de Guto contava na sua infância, captadas com um gravador em 2011 e utilizadas como base para a modelagem computacional dos vasos.
A La Lampe, também estreante, apresentou exposição com obras dos designers Ana Weege, ByGabs, Felipe Morozini, Felipe Protti, Márcio Neri e o estúdio Nada se Leva.
A Etel apresentou a exposição Histórias Entrelaçadas, com peças de Oscar Niemeyer, Jorge Zalszupin, Gregori Warchavchik e Claudia Moreira Salles.
O artista visual e designer têxtil Alex Rocca apresentou a série Manto, com nove tapeçarias, frutos de novas experimentações estéticas, e feita com fragmentos de seda do acervo da Safira Tecidos. A linha se manifesta como uma continuidade da busca de Rocca por sua ancestralidade.
A Suite Design - braço de design da Suite Arquitetos - expôs a coleção Transbordar, com cinco novos acabamentos da poltrona Lina, desenhada em 2017, para a Lider, além de tapetes feitos para a Botteh, com formas orgânicas.
A +55design apresentou o projeto Soma, trabalho colaborativo entre os artesãos indígenas Yuta Mehinako, Kawakanamu Mehinako, Ontxa Mehinako e o designer e marceneiro Rodrigo Silveira. O resultado são nove bancos na forma de animais da fauna brasileira.
A Firmacasa apresentou a coleção Ripas, lançamento recente do Estúdio Campana, com buffets de pés de metal retorcido. Já no andar de artes, a galeria Luciana Brito, que também os representa, exibiu mesinhas na cor terracota, em referência a produção dos irmãos em Brotas, no interior de SP.
Também na área de artes, é possível ver o trabalho de Vik Muniz em Gibi, sua exposição em parceria com a Disney. Nas imagens, ele recria cenas e diálogos a partir de imagens de revistas picotadas.
A Gomide&Co destacou o universo da cerâmica, reunindo obras de trinta artistas como Adriana Varejão, Anna Maria Maiolino, Francisco Brennand, Lenora de Barros, Mira Schendel, Paula Juchen, entre outros.
Serviço
Períoso: 29 de março a 2 abril de 2023
Local: Pavilhão da Bienal, Parque Ibirapuera
Horários: 29 e 30 de março, das 14h - 20h; 31 de março e 1º de abril, das 12h às 20h; 2 de abril, das 11h às 19h
Entrada: R$ 70 (inteira) R$ 35 (meia-entrada)
Bilheteria online: https://bilheteria.sp-arte.com/home
Meia-entrada para estudantes, pessoas com deficiência e idosos (necessária a apresentação de documento). Crianças até 10 anos não pagam entrada