3 dicas para escolher revestimentos
Parte fundamental de um projeto, a escolha de revestimentos pode ser desafiadora, principalmente ao considerarmos o leque infinito de produtos disponíveis no mercado, com diferentes características.
Para além da estética, essa decisão envolve altos investimentos. Para te ajudar, questionamos o arquiteto André Soares, do escritório S+projetos, do interior de São Paulo, sobre dicas para escolher revestimentos em projetos de arquitetura e interiores.
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Entre suas sugestões, aparecem a necessidade de ver os revestimentos, encostar nas superfícies, além de criar moodboards - um quadro de referências - para decidir por um estilo e paleta de cores.
Confira:
1. A conversa com o cliente
“O processo de escolha de pisos e revestimentos, uma das vestimentas da casa, está atrelado à primeira conversa com o cliente”, disse André. Esse contato inicial ajudará a esclarecer alguns limites e demandas.
“Desde a primeira conversa se traça o projeto, imaginando como vai ser a sinergia, que não só corresponda à arquitetura, mas ao sentimento que o cliente busca para o lar dele”, pontua.
2. Experimentação
“Geralmente, eu gosto de levar o cliente para a experimentação, para ele conhecer as possibilidades finais”, disse. “Tem que ser no tato mesmo, não tem como ser numa amostra pequena ou em 3D, eu gosto que a pessoa experimente, passe a mão, veja as bordas”, disse.
3. Moodboard
“Em um primeiro momento, no primeiro estudo, apresentamos as texturas da casa, cores, tons, a sinergia, e a partir dali tem as condicionantes do produto. Nós então vamos para um segundo momento, e montamos um moodboard na loja, com as possibilidades”, disse André, que especifica na Portobello Shop Ribeirão Preto.
Onde tudo começou
“Eu sou natural de Cravinhos, cidade no interior de São Paulo”, relembra André. “Na adolescência, resolvi fazer arquitetura. Ninguém da família trabalhava com obras, não tinha arquitetos, nem engenheiros, mas fui visitar obras, tive um insight e achei interessante”.
Formado em 2004, pelo Centro Universitário Moura Lacerda, ele acompanhou a revolução digital no setor. Os projetos, anteriormente feitos com lapiseiras, passaram a ser desenvolvidos em softwares específicos.
Abriu sozinho um escritório na garagem de casa e, posteriormente, juntou-se aos dois irmãos, Marcelo Soares, engenheiro eletricista, e Cesar Soares, engenheiro civil. Eles fundaram, então, a S+Projetos, com base em Cravinhos.
“Meu foco sempre foi formar um escritório de projetos, e não de administração e construção”, disse André.
Com a entrada de novas oportunidades, expandiram o negócio. Hoje, contam com 12 profissionais envolvidos em criações residenciais e corporativas. “Fazemos projeto de arquitetura, estrutura, e instalação”, conta.