Ambientes aparentemente vazios, recheados apenas com o essencial. A estética minimalista ganha cada vez mais força e vem acompanhada por uma mudança de comportamento de consumo, em que a preocupação com a qualidade e procedência de materiais vem antes de qualquer êxtase consumista.
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Mas como decorar com pouco? Questionamos a arquiteta Fernanda Triches, craque nesse estilo, sobre como aplicar a decoração minimalista. Entre as dicas da profissional, aparecem a valorização do design de mobiliário ou objetos, que ganham mais atenção em ambientes “vazios”.
Fernanda é gaúcha, mas vive em Mato Grosso. Ela cresceu em escritórios de arquitetura, rodeada por arquitetos na família e, quando chegou a sua hora, resolveu seguir a profissão.
Graduou-se na Universidade Federal de Cuiabá em 2016 e, posteriormente, especializou-se em design de interiores. Hoje, está à frente de um escritório com 11 funcionários no centro de Sorriso, e faz projetos de arquitetura e interiores residenciais, em maioria, e comerciais. Ela especifica na Portobello Shop Sorriso e participou do Coletivo Criativo Doha.
Abaixo, a arquiteta compartilha dicas de como decorar ambientes minimalistas:
Composição e harmonia
Independentemente do estilo do projeto, é preciso valorizar a harmonia. Para isso, como estratégia, a arquiteta sugere repetição de elementos. Ela propõe um moodboard, com tudo que estará no ambiente, seja objeto, mobiliário ou revestimento. E tudo tem que conversar.
“Um elemento nunca é pensado sozinho, nós pensamos na composição”, disse. “Quando trabalhamos com composição de materiais, sempre ligando um ao outro, conseguimos partir para projetos mais minimalistas”.
Ela também ressalta que, mais importante que qualquer modismo, é preciso criar um ambiente que proporcione bem-estar.
Mobiliário
“A composição tem que ser simples, mas bela”, disse Fernanda. Ela recomenda investir em mobiliário de estética mais básica quando esse for fixo, como no caso de uma cozinha planejada.
Já para móveis soltos, como mesa e cadeiras, vale apostar em design marcante, arrojado.
“Mas não pode exagerar, para manter a estética minimalista”, disse.
Qualidade é tudo
A arquiteta, no entanto, ressalta que o minimalismo não é simplório. “Não é um vazio apenas", disse. “Tem que tomar cuidado, ter peças muito bem escolhidas, de excelente acabamento, boa qualidade”, disse. Poucas e boas e menos é mais são os conceitos que guiam a atuação de Fernanda.