Casa no Rio inspirada em fazenda mineira
A infância em fazenda do interior de Minas Gerais ficou na lembrança da arquiteta Natália Lemos e alcançou a decoração de sua casa, situada na região serrana no Rio de Janeiro, que abriga peças vintage e é repleta de memórias afetivas.
Leia também:
- Decoração rústica: saiba como torná-la elegante em 4 passos
- Praia X campo: o que muda na decoração
- Conheça casa de fazenda contemporânea
Nascida em Belo Horizonte, e com escritório na cidade do Rio de Janeiro, no Horto, Natália começou a sua trajetória profissional a partir da formação em arquitetura na UFMG. Depois, partiu para solos cariocas, para estudar na UFRJ. “Comecei a estagiar aqui e nunca mais fui embora. Acabei ficando, casei, tenho dois filhos, fiz minha vida aqui”, disse.
Hoje, ela comanda o escritório Natália Lemos Arquitetura, tem uma equipe de sete arquitetos, realiza projetos nas áreas residencial, comercial e corporativa e especifica na Portobello Shop Ipanema.
Apesar da mudança de ares na vida, Natália facilmente evoca memórias de Pato de Minas, cidade a 400 km de Belo Horizonte, MG. “Nasci em Belo Horizonte, mas eu cresci no interior. Tenho essa ligação com o campo, meus pais têm fazenda, meus avós também tinham. Minha infância foi toda nessa de ir de uma fazenda para outra, andando a cavalo, no meio de vaca, na lavoura”, conta.
Sentir falta do campo serviu como munição para desenvolver um projeto de uma fazenda na região serrana fluminense. Para decorar, buscou itens de memória afetiva, assim como peças garimpadas, de época.
“Eu tenho um aparador que era uma tábua, que meu avô usava para fazer queijo. Estava jogado na fazenda do meu pai, eu peguei e falei 'isso pode ser um lindo aparador'. Eu resgatei isso e hoje, toda vez que eu olho para ele, eu lembro daquela história quando eu era criança e se fazia queijo naquela tábua”.
Outro exemplar, uma das estrelas de sua cozinha, é um fogão vintage, que Natália adquiriu com o dono anterior do imóvel. “Eu revitalizei ele todo, mandei apertar a parte interna para que ele funcionasse e fiquei com ele lá”, disse. “Hoje, aquilo que ele queria se desfazer e eu fiz o restauro é uma peça ícone na minha cozinha. Todo mundo chega, bate o olho. É uma peça principal ali, daquele contexto”.
A casa também tem itens novos, de design autoral, que constituem essa ambientação high low. “Tem cadeira do estudiobola, que é bem mais contemporânea, misturada com uma mesa que comprei em Tiradentes. Tem outro item que comprei em Barbacena com uma poltrona nova de balanço”, enumera.
Leia mais entrevistas com arquitetas:
- O que mudou nas áreas de lazer, com Artemis Fontana
- Como escolher móveis em projetos de interiores segundo Ana Paula Monteiro
- Integração de ambientes: prós e contras, por Andréa Gonzaga
“Tem que ter o olhar do garimpo, de se identificar com aquilo e saber fazer esse mix de peças. É muito mais legal quando tem o high low. Quando tem uma peça mais cara com uma mais barata, e você valoriza o conjunto todo”, disse.
Por fim, ressalta que, nessa busca por itens de decoração, vale sempre buscar objetos e móveis que tenham a ver com o morador, com a sua história, e que a pessoa se identifique com aquilo. “A casa tem que ter a cara e a alma da pessoa”, disse.
“Nos meus projetos, buscamos muito a questão da memória afetiva. É o que te leva lá atrás, o que conta a sua história. Não adianta ir numa loja, comprar tudo novo, que não tem história nenhuma. E às vezes pode ser tudo novo, mas que você se identifique com aquilo”, conclui.
Tudo belo extremo bom gosto,, antastico....como desejo falar com vc!
Amei adoro esses estilo ainda mais de colocarmos da decoração nossas memórias!!!!!Fica mais aconchegante!!!!! Parabéns!!!!!