A casa da arte popular
Um dos meus sonhos era entrar em uma casa, normal, do dia a dia, onde a decoração fosse predominantemente feita com arte popular brasileira e artesanatos variados por todos os lados.
E não é que realizei esse sonho no Recife, Pernambuco?
Sim! Tá, tudo bem... Eu realmente já visitei muitas casas com artesanatos e bem maximalistas, é verdade, mas nessa casa, em especial, a decor é de fato feita com essas peças de arte.
Elas não são parte da decoração. Elas são a decoração.
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Esse é o apartamento do Rodrigo Cantarelli (@drido) e do Breno Modesto (@florestadecoracao), que são apaixonados pelas expressões manuais brasileiras.
O apartamento é super amplo, com a sala totalmente integrada e aberta, o que facilitou expor as peças de uma forma que conduz o nosso caminhar, quase em zig zag, a passos lentos até à janela da varanda anexada à sala, onde estão as plantas e, advinha, muito mais artesanatos.
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A casa precisa ser aconchegante e divertida, e principalmente contar histórias de quem vive ali. E a busca por essas peças se tornou parte da história do casal, como quando finalmente conseguiram comprar por telefone a deslumbrante cadeira rosa do mestre artesão Jasson. A paixão era tanta que Rodrigo entrou no carro e viajou até Maceió para buscar pessoalmente a cadeira.
Ou como participaram de um leilão para ter uma tão sonhada e rara obra do Francisco Brennand. Aliás, Breno desejou por muito tempo até encontrar e conseguir adquirir uma escultura em pedra do celebrado Abelardo da Hora.
Além da cadeira, eles ainda tem várias peças do Jasson espalhadas pela casa, assim como esculturas do internacionalmente reconhecido Véio, hoje em dia um dos nomes mais fortes da cultura artesanal do sertão.
No corredor, que parece mais um hall de exposições, pois é muito largo, eles fizeram uma galeria de quadros e mais objetos, como os Mamulengos (fantoches).
O escritório, pintado em tom amarelo ocre, destaca pequenas obras e quadros por todos os lados. A rede está sempre estendida pois é usada diariamente pelo Rodrigo.
Nos quartos e no escritório, eles usaram porcelanato, pois além de refrescar no clima de Recife, ajuda muito com a limpeza de quem tem dois gatinhos em casa.
A princípio, poderia parecer uma casa maximalista artesanal, mas a emoção que senti nesse lar reverbera a mensagem de valorização da arte popular brasileira, que eles me passaram e divido com você:
"Nossa casa tem que contar nossas histórias, mas fica ainda mais gostosa quando vivemos cercados de um sentimento de valorização de outras histórias, como dessas pessoas talentosas."
Confira a visita no vídeo do Life by Lufe:
Sempre estou no Recife, trago muita arte. Amo.
Amei, minha casa tem bastante coisa interessantes, meus netos ficam falando para eu acabar com essas coisas, mas eu adoroooo. Bjs. Amo vcs.
Sou o José Roberto, artista naïf, gostei muitíssimo dessa matéria de vocês. Tenho também bastante coisas que faço e penso que vocês gostariam de conhecer. Moro em MG, na cidade de Barbacena. Venham um dia conhecer um pouco da arte de Zezim. Parabéns pelo bom gosto artístico.
Eita Lufe vocês estão no Pernambuco, aqui vizinho do Cariri cearense, venha conhecer o centro cultural, casa de artesanato Mestre Noza, aqui no meu Juazeiro do Norte Cê.👍👍
É muito especial e emocionante ver nossa arte popular assim valorizada, permeando todos os cantos e sendo vivenciada dia a dia por seus moradores! Belíssima coluna, e o vídeo no YouTube @lifebylufe está imperdível! Parabéns Rodrigo, Breno, Lufe e Archtrends!