Arquitetura minimalista: saiba o que é e como aplicar
A arquitetura minimalista é um estilo ligado ao modernismo e às vanguardas europeias do século XX. Tem como principal lema “menos é mais”.
Trata-se de uma estética que emprega poucos elementos, valoriza o design simplificado e a pureza das formas geométricas.
Além da arquitetura, o minimalismo foi explorado nas artes plásticas, no design, na música e na literatura. E continua a reverberar seus preceitos até hoje.
Saiba mais sobre a arquitetura minimalista e descubra como aplicar o conceito em seus projetos!
O que é a arquitetura minimalista?
A arquitetura minimalista é uma das maiores tendências das últimas décadas.
Seu aspecto mais marcante é a pureza estética. Isso porque valoriza a simplicidade dos elementos, a funcionalidade deles e os espaços vazios.
Dessa forma, permite conceber projetos simples e, ao mesmo tempo, elegantes.
A partir da presença de poucos itens decorativos, formas geométricas, móveis com design simplificado e cores neutras, ela foca apenas no essencial.
Por conta de suas características, a arquitetura minimalista tem fortes ligações com a cultura japonesa e o estilo escandinavo, além dos movimentos cubistas e neoplasticistas.
A sua popularidade também tem a ver com o que as pessoas buscam em seus lares.
Diante do intenso lifestyle contemporâneo, aumenta a valorização de espaços sem excessos, que permitam descomplicar a rotina e ter uma melhor qualidade de vida.
Para isso, os projetos arquitetônicos minimalistas dão destaque aos volumes, exploram a luz, abandonam os layouts tradicionais e incorporam materiais modernos, como concreto, vidro e aço.
Como a arquitetura minimalista surgiu?
Enquanto uma tendência das artes visuais, o conceito de minimalismo surge entre os anos 1950 e 1960 em Nova York, na contramão do expressionismo abstrato.
Na arquitetura, está associado ao contexto do pós-guerra, quando apareceram também os movimentos vanguardistas europeus.
Recebeu forte influência do cubismo de De Stijl, um movimento cujo nome significa “O Estilo”.
Para prestigiar a simplicidade e a abstração, começou-se a aplicar os princípios das formas e cores essenciais na arquitetura.
Dessa maneira, o movimento De Stijl criou uma filosofia centrada no purismo, com cores primárias, formas geométricas e planos retilíneos.
A arquitetura minimalista também se inspirou na Bauhaus, escola de arquitetura e design que propunha a construção de casas simples e eficientes para os trabalhadores.
Os ideais sociais se refletiam na estética, baseada em funcionalismo, simplicidade, formas reduzidas e materiais inovadores.
Outra influência importante é a arquitetura e design tradicional japonês, que preza pela essência dos elementos e elimina o supérfluo.
A clássica expressão minimalista “menos é mais” foi cunhada em 1947 pelo arquiteto Ludwig Mies van der Rohe. Desde então, é usada para traduzir o minimalismo.
Leia também:
- Japonismo: fique por dentro da tendência do minimalismo japonês
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Quais são as principais características da arquitetura minimalista?
Depois de conhecer o conceito de minimalismo e a história do estilo arquitetônico, você já deve ter uma ideia das características dele:
- formas simples;
- cores neutras;
- iluminação natural;
- design simples e funcional;
- estruturas limpas;
- layouts multifuncionais;
- destaque para os materiais expressivos;
- poucos ornamentos.
Do ponto de vista estético, o segredo está em ser simples. Mas isso não quer dizer que os ambientes não possam contar com objetos decorativos.
Para um visual simplificado, o foco em itens de decoração pode se dar de forma isolada, o que garante maior destaque.
Quais são os principais arquitetos e obras?
A Casa Schröder, projeto do arquiteto Gerrit Rietveld, é considerada a primeira obra de grande relevância. Não por acaso, Rietveld é tido como um dos precursores da arquitetura minimalista.
Durante a década de 1950, o estilo também passou a ser incorporado em projetos nos Estados Unidos, em diálogo com as críticas ao modo de vida e consumismo norte-americano.
Ludwig Mies Van der Rohe é, sem dúvidas, um dos maiores nomes do movimento. Embora tenha desenvolvido diversos projetos, a Casa Farnsworth ou Casa de Vidro merece ser destacada.
Além das linhas retas e formas simples, o arquiteto usou a transparência do vidro para integrar o interior com a paisagem externa.
Quem também merece ser destacado é o brasileiro Oscar Niemeyer, que explorou o minimalismo em suas obras modernistas.
Além desses, outros arquitetos assinaram projetos minimalistas e contribuíram para esse movimento estético, como:
- Frank Lloyd Wright;
- Tadao Ando;
- Philip Johnson;
- Yasuhiro Yamashita;
- Ryue Nishizawa;
- Shigeru Ban;
- John Pawson;
- Jean Nouvel;
- I. M. Pei.
Como aplicar a arquitetura minimalista na prática?
Veja, a seguir, algumas dicas e inspirações para você trazer o minimalismo para a sua casa e os seus projetos.
Priorize uma fachada minimalista
Se a proposta for aplicar o minimalismo dentro e fora, a fachada precisa ser pensada com cuidado. Isso porque é a primeira impressão estética que uma construção causa.
A fachada minimalista deve ser livre de decorações e ter um aspecto elegante. Para tanto, a dica é explorar os formatos simplificados e as formas geométricas puras.
Também vale combinar diferentes materiais, como concreto, vidro e madeira, de modo a criar um visual interessante e, ao mesmo tempo, leve.
Conecte a construção à paisagem
Além de passar uma ideia de sofisticação, a parte externa de uma casa minimalista costuma conversar diretamente com a natureza ao redor.
O princípio de fazer com que a construção pareça estar naturalmente inserida no ambiente é bastante interessante.
Dessa forma, vale a pena apostar em paredes e grandes portas de vidro — material muito valorizado pelos minimalistas.
Monte uma paleta de cores neutras
Seja qual for o ambiente, o estilo minimalista pede paletas de cores baseadas em tons neutros, que ampliem visualmente os espaços.
Embora seja o mais clássico, o branco não é o único a predominar na decoração minimalista.
Há também os tons de cinza, bege, marrom e off-white. E, claro, o preto e os metalizados, que podem ser usados como pontos focais.
Mas isso não quer dizer que outras cores sejam proibidas. Basta não exagerar.
Deixe à vista somente o essencial
O que polui visualmente os ambientes, muitas vezes, não é nem o excesso de cor ou a quantidade de móveis, mas os itens que ficam à vista.
Portanto, se você deseja compor uma decoração minimalista, dê preferência aos armários fechados. Também evite encher estantes, nichos e prateleiras de objetos.
Aproveite a oportunidade para se livrar de tudo o que está guardado e não tem utilidade. Lembre-se de que “menos é mais”.
Aproveite ao máximo a iluminação natural
Um fator muito importante para a arquitetura minimalista é a iluminação natural. Mais do que entrar por pequenas frestas, a ideia é que a luz invada a casa inteira.
Isso explica por que projetos pautados pelo minimalismo contam com grandes vãos, amplas janelas e aberturas de diversos tipos.
Para conferir leveza aos espaços, use persianas e cortinas em tecidos finos. A transparência permite que a luz entre de forma suave.
Aposte em móveis versáteis
Como você já deve imaginar, a arquitetura minimalista prefere poucos móveis; somente o necessário para não interferir na circulação.
Sendo assim, é importante que os ambientes sejam planejados e tenham espaços livres.
As escolhas devem ser certeiras para agregar ao visual. Peças com linhas retas e design limpo são sempre as melhores apostas.
Para garantir maior funcionalidade, busque móveis não só de qualidade, mas também versáteis. Mobiliário multifuncional é excelente para aproveitar ainda mais os espaços.
Personalize a decoração com objetos minimalistas
Se a proposta é se livrar dos excessos, não faz sentido um espaço minimalista estar cheio de objetos decorativos, concorda?
No entanto, saiba que é possível inserir itens de forma elegante e discreta. Colocar vasos de plantas em cantos estratégicos deixa qualquer ambiente mais aconchegante e acolhedor, por exemplo.
Outra ideia é contar com espelhos, de modo a valorizar o visual e aumentar a sensação de espaço.
Lustres e luminárias com design moderno são itens funcionais que também podem deixar os ambientes mais bonitos.
Crie espaços voltados à promoção do bem-estar
Entre os valores da arquitetura minimalista está o bem-estar. Tente ter isso em mente na hora de planejar os ambientes.
Quando bem feito, um projeto pode considerar uma área especialmente voltada ao autocuidado. Em todos os espaços, o conforto das pessoas deve ser levado em conta.
Podemos concluir que o minimalismo traz uma proposta diferente de outros estilos de arquitetura de interiores.
No contexto em que muitas pessoas vivem hoje, essa estética ajuda a trazer para dentro de casa as sensações que elas buscam, como paz e tranquilidade.
Portanto, se esse movimento faz sentido para você, coloque as dicas que compartilhamos ao longo do artigo em prática!
Caso contrário, já ouviu falar em maximalismo? Conheça esse estilo que se contrapõe ao minimalismo!
Adorei a matéria!
A Casa Schröder é um clássico, é importante dedicar um tempo para destrinchá-la e tirar lições valiosas!
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Bom dia!! Estou me apaixonando por decoração com flores e plantas artificiais. E buscando o conhecimento Minimalista, encontrei este site quee deixou bem informada! Parabéns!!
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Que coisa horrível e desumana!
OBRIGADA COM ESTA MATERIA QUE ME FOI BRIDADA
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