Toile de Jouy, o tecido que inspirou a Maison Dior
Constantemente reinventado por Maria Grazia Chiuri, o Toile de Jouy, símbolo do savoir-faire francês e do estilo Dior, valoriza a atemporal linha Dior Maison. Pratos de jantar, de sobremesa e de pão, bem como travessas, saladeira, sopeira e jogos de chá e café são todos decorados com estes intensos esboços azuis, uma nova variação que homenageia uma das cores preferidas de Christian Dior.
Criadas em porcelana Limoges extra branca a partir de um molde, cada peça é trabalhada à mão, desde a esmaltação até a pintura minuciosa, que exige extrema delicadeza, aplicando o processo de “decoração de folhas”.
Esta encantadora coleção encontra-se ao lado das toalhas de mesa, lisas ou em jacquard branco, revisitando padrões únicos. Uma celebração luminosa da arte de entreter e receber eternamente, apreciada pela grife Dior.
É aquele tipo de fantasia que você espera ao puxar uma gaveta de uma antiga mansão francesa, ou em cortinas, almofadas e enfeites de apartamentos antigos na Provença ou na Borgonha. Toile de Jouy é um tecido feito em algodão estampado típico da França dos séculos 18 e 19, que representa vários temas, desde flores até cenas bucólicas de casais se cortejando e fazendeiros recolhendo feno. Todos os tecidos Toile de Jouy contam uma história ou um tema específico, influenciados pelas tendências ou eventos atuais.
O termo Toile de Jouy refere-se a uma pequena cidade francesa de Jouy-en-Josas, perto de Versalhes, sede da Manufatura Oberkampf. Christophe-Philippe Oberkampf (1738-1815), empresário francês de origem alemã, foi um dos primeiros produtores desses tecidos, embora nunca tenha registrado a marca.
Oberkampf também contratou os melhores artistas da época, incluindo o pintor Jean-Baptiste Huet, para desenhar cenas que refletissem interesses contemporâneos, como o primeiro voo de balão e o Dia da Bastilha. Um exemplo verdadeiramente raro e praticamente inalcançável é o da fábrica Jouy de Huet, que mostra cenas das etapas de impressão em tecidos.
Os tecidos eram pouco marcados, mas, para distinguir por quem eram produzidos, valia o tato no têxtil, na sua rugosidade e nos desenhos que os caracterizavam. As cores eram monocromáticas, raramente muito fortes. As mais comuns eram certamente o vermelho vivo, que com o tempo e o envelhecimento nos chegou num rosa pálido, o azul bisque e o roxo, que correspondem ao início do século 19.
Na França daquele período, Toile de Jouy era uma tendência absoluta entre nobres e classes médias altas, incluindo Maria Antonieta e Josefina Bonaparte que desejavam as estampas ardentemente. O Toile de Jouy hoje é popular, tanto em interiores, como na moda – como sinônimo de elegância e charme no mundo todo.
Os tecidos são inspiração para criadores e designers, assim como para a grife Gucci, que criou uma linha de papéis de parede. Já a Dior, sob a direção criativa de Maria Grazia Chiuri, explorou totalmente seu potencial, tanto na coleção de roupas, quanto na Dior Maison, inspirada em 1947, quando Victor Grandpierre forrou as paredes da boutique Dior na Avenue Montaigne.
Maria Grazie também revisitou os grafismos, incluindo animais silvestres e suculentas.
Gostou da novidade? Achamos incrível a nova linha de louças atemporal que promete enriquecer muitas mise en place por aí.
Compartilhe com a gente a sua opinião!
Leia também: A incrível parceria das porcelanas Ginori com a Off-white
Embora ainda pouco conhecidas no Brasil, as gravuras em tecido ou em louças Toile Port de Puy estão, atualmente, chegando ao comércio da classe média, em Jogos de Mesa (jantar, café ou chá), sendo muito admiradas.
Sempre adorei este tipo de estampas na decoração da minha casa, mas desconhecia sua história! Maravilhosa!!!! Obrigada por esta incrível informação.