Roterdã (Parte 2): o que ainda podemos desvendar nessa cidade holandesa
A cidade holandesa Roterdã possui tantas atrações arquitetônicas que fica impossível resumirmos tudo em apenas um post. A seguir, continuamos o nosso passeio pela cidade mais diferentona da Holanda e apresentamos mais edifícios icônicos que estão espalhados por ela.
Releia a Parte 1 sobre Roterdã, aqui!
Seguindo pelo centro da cidade, deparamo-nos com o Markthal, um edifício projetado pelo escritório MVRDV. Está localizado ao lado da catedral Sint-Laurenskerk, uma catedral gótica que sobreviveu aos bombardeios da segunda guerra e em frente ao famoso mercado de Blaak, onde ocorre a feira de frutas, legumes e produtos da região todos os sábados.
O Markthal é um edifício residencial e comercial e possui um arco interno em formato de ferradura aonde abriga um mercado bem diversificado e internacional. Algumas janelas dos apartamentos estão viradas para dentro do mercado; é bem curioso!
As fachadas de vidro são consideradas as maiores da Europa, nota-se que as lâminas de vidro quadradas não possuem esquadrias entre elas, mas, sim, uma rede de cabos de aço que as suportam, criando uma grande cortina de vidro.
Nossa próxima parada será a famosa estação central de trem em Rotterdam (Roterdã em neerlandês). Um projeto relativamente novo projetado por West 8 + Benthem Crouwel Architects + MVSA Architects. Foi inaugurado em 2014 e possui uma grande importância na rede de transportes do país.
Essa estação possui conexão direta com o aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, através dos trens de alta velocidade, completando o trajeto Roterdã -Schiphol (aproximadamente 60 km) em apenas 25 minutos. Também se conecta diretamente a Paris e a Londres em um tempo aproximado de três horas de viagem.
Seu projeto foi interconectado com as ambições urbanísticas da prefeitura de Roterdã, oferecendo uma estação que fosse:
- facilmente acessível por pedestres, ciclistas e carros sem gerar trânsito;
- eficiente;
- respeitasse o seu entorno, construído ao mesmo tempo que representasse a identidade da cidade de Roterdã de maneira contemporânea;
- sustentável.
Impressionante o efeito da iluminação natural nesse projeto e a quantidade de células voltaicas em toda a extensão do seu teto. São aproximadamente 130 mil células voltaicas, distribuídas em 10 mil metros quadrados da cobertura, sendo considerado um dos maiores projetos de teto fotovoltaico da Europa!
Nossa última parada será a curiosa casa Didden Village, um edifício holandês antigo que foi coroado com uma cobertura toda azul. Mais um projeto do escritório holandês MVRDV, finalizado em 2006.
O projeto surgiu a partir da necessidade de um espaço adicional onde a família Didden pudesse trabalhar e também estar mais próximo ao céu com uma bela vista da cidade.
Por mais diferente que seja esse projeto, interessante como ela não destoa tanto dos seus vizinhos por possuir uma escala pequena e respeituosa ao seu entorno. Como sempre, os arquitetos holandeses não têm medo de ousar e criar algo "cool", fora do comum.
Quando se faz bom tempo na Holanda, essa cobertura vista de longe se confunde com o céu azul e quase que desaparece, se camuflando. Nos dias cinzas, ela traz um toque de cor e alegria na cidade, sempre surpreendendo alguém que passe despercebido.
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