Traços brasileiros e pegada sustentável são marca de novo resort nas Maldivas
Uma explosão de tons de azul cortados por faixas de areia e vegetação verdinha, as Ilhas Maldivas seguem como um dos destinos mais desejados do mundo. Devido à fama, o arquipélago do Oceano Índico, a sudoeste do Sri Lanka, reúne resorts de encher os olhos, repletos de bangalôs sobre o mar – um sonho inevitável na era do distanciamento social. Pois foi nesse cenário onde o Studio MK27, do arquiteto paulistano Marcio Kogan, ergueu o seu maior projeto, o Patina Maldives, Fari Islands.
Para chegar lá, é necessária uma viagem de 45 minutos de barco, a partir do Aeroporto Internacional de Malé. O resort fica na região do Atol de Malé Norte e ocupa 400 mil m² de uma ilha, agora salpicada com a arquitetura biofílica de Kogan e Renata Furlanetto, por meio de 34, 5 mil m² de área construída.
Logo ao chegar, o hóspede é guiado por um caminho de madeira, onde são reveladas as edificações permeáveis. De um lado, vê-se o edifício principal e a maioria das villas (ao todo, são 90, aquáticas e terrestres, além de 20 unidades hoteleiras). Do outro, o spa, os espaços comuns e o beach club. O paisagismo de Vladimir Djurovic Landscape Architects garante a privacidade, e os interiores são de Diana Radomysler e Pedro Ribeiro, do Studio MK27.
O local tem proposta sustentável (como deve ser!), com o uso de painéis solares, cozinha zero waste, aula de culinária plant based, e atividades para crianças envolvendo plástico retirado do mar. Há ainda programas de apoio a comunidades locais e jardins de permacultura orgânica, que abastecem a cozinha.
O objetivo, segundo descrição do projeto do MK27, era construir um resort onde a hospitalidade proporciona romance e contato profundo com a natureza, além de encontros sociais. O resultado, na arquitetura, são abrigos de baixo volume, com linhas que não quebram o horizonte, para que as belezas naturais fiquem sempre em primeiro lugar.
Em todo o interior, reinam as paletas de cores terrosas, texturas sutis e opacas trançadas por materiais como madeira, linho, pedra e fibras naturais. Há ainda mobiliário exclusivo do Studio MK27, e peças da Bassam Fellows, Sérgio Rodrigues, Gervasoni e Vitra, além de Dedon, Carlos Motta e Paola Lenti.
O spa Flow tem a proposta de ser uma “ilha dentro da ilha” - um edifício invadido com vegetação densa por todos os lados, com destaque para o espelho d’água entre as espreguiçadeiras e daybeds do Studio MK27 e Norm Architects.
Há ainda um pavilhão batizado de Skyspace, do artista californiano James Turrell, para momentos de contemplação de arte.
Um dos restaurantes da ilha, o Arabesque presta homenagem às tendas beduínas e conta com cozinha libanesa e indiana. A sala de jantar rebaixada, com lanternas penduradas e tecidos coloridos aquecem a atmosfera. Lá também são servidos narguilés, cafés turcos, chás marroquinos e coquetéis – refrescos após imersão neste paraíso natural e arquitetônico.
Serviço:
Patina Maldives, Fari Island
Studio MK27