Museu Histórico Nacional: quando paredes e objetos contam histórias
O Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, reúne mais de 300 mil itens entre objetos, livros e documentos.
Ele foi criado para contar a história do país. No entanto, sua estrutura também é muito rica. Afinal, ocupa o complexo da Ponta do Calabouço, região que já foi militar e se expandiu, ganhando várias instalações.
Na instituição há peças desde a antiguidade até o presente. Um dos destaques é o acervo numismático, com moedas, valores impressos, medalhas e selos. A alta qualidade da coleção faz dela a mais expressiva da América do Sul.
Conheça a história, a estrutura e os itens do Museu Histórico Nacional. Saiba ainda como visitar, acessar o acervo digital ou agendar uma consulta física!
A história do Museu Histórico Nacional
O Museu Histórico Nacional foi aberto ao público em 1922, graças ao presidente Epitácio Pessoa. No entanto, sua estrutura ajuda a contar a história do Brasil bem antes da sua data de inauguração.
Tudo começou em 1603, quando os portugueses ergueram a Fortaleza de Santiago, construção que hoje abriga a instituição.
A posição era estratégica para proteger a Baía de Guanabara. Afinal, ficava em uma área que avança sobre o mar, conhecida como Ponta do Calabouço.
Trata-se de uma localização privilegiada no centro histórico do Rio de Janeiro, entre as praias de Piaçaba e Santa Luzia.
A área que hoje dá lugar ao Museu Histórico Nacional foi uma região militar até 1908. E foi graças à comemoração do Centenário da Independência do Brasil que ela ganhou novos ares.
A Ponta do Calabouço foi aterrada e revitalizada na década de 1920 para receber a Exposição Internacional.
Já a área do Arsenal de Guerra foi ampliada e reformada com elementos típicos da arquitetura neocolonial.
Então, em 1922, as portas do Museu Histórico Nacional foram abertas ao público, com o intuito de valorizar a história do país.
Naquela época, havia duas galerias e o chamado Palácio das Grandes Indústrias, que foi um dos mais visitados durante a Exposição do Centenário.
Fortaleza ganhou novos espaços ao longo dos anos
Desde a sua inauguração, no século XVII, a Fortaleza de Santiago ganhou novos espaços e instalações.
A Prisão do Calabouço, por exemplo, foi inaugurada em 1693, destinada ao castigo de escravos. Já em 1762 foi criada a Casa do Trem, para guardar armas e munições, chamadas de “trem de artilharia”.
Logo após foi criado o Arsenal de Guerra, em 1764. Por fim, o quartel para as tropas militares foi inaugurado em 1835.
A estrutura e o acervo do Museu Histórico Nacional
Os visitantes do Museu Histórico Nacional encontram exposições permanentes e temporárias. Por isso, é importante consultar a programação.
Contudo, durante todo o ano é possível apreciar mais de 300 mil itens. São joias, brinquedos, armaria, têxteis e arte religiosa, entre outros.
Além de objetos, há documentos e livros de grande valor histórico para o Brasil.
Isso inclui manuscritos, ilustrações, aquarelas e até fotografias. Entre os autores dos exemplares estão nomes como Augusto Malta, Marc Ferrez e Juan Gutierrez.
O Museu Histórico Nacional mantém ainda programas destinados a professores, estudantes, terceira idade e comunidades carentes.
Além dos itens expostos ao público, alguns podem ser consultados a partir de agendamento prévio. É o caso da Reserva Técnica, do Laboratório de Conservação e da Restauração Numismática.
Quanto à estrutura, o Museu Histórico Nacional passou por intervenções de modernização e restauração entre os anos de 2003 e 2006.
Vale destacar que, da Fortaleza de Santiago e da Prisão do Calabouço, só restaram as fundações. Mas é possível conhecer o prédio do Arsenal de Guerra e seu Pátio da Minerva, por exemplo.
Já a Casa do Trem foi restaurada nos anos 90 para manter a arquitetura colonial.
O Pavilhão da Exposição de 1922 também é aberto à visitação. Atualmente, o local funciona como uma biblioteca especializada em História do Brasil, História da Arte, Museologia e Moda. O acervo reúne peças do século XVI ao XXI.
A estrutura completa conta com uma área de 20 mil m², que fica entre a Rua Santa Luzia e a Avenida Alfredo Agache. No entanto, o Museu Histórico Nacional ocupa 9 mil m².
As visitas ao Museu Histórico Nacional
Para quem quer conhecer a construção e o acervo, o ideal é conferir a programação do Museu Histórico Nacional para saber quais são as exposições abertas ao público.
A visitação acontece no seguinte endereço: Praça Marechal Âncora, s/n — Centro — Rio de Janeiro — RJ.
Com a reabertura parcial, devido às medidas para conter a disseminação da Covid-19, a instituição está funcionando de quinta a sábado, das 10 às 16h.
Nesse período, a entrada também é gratuita. Vale reforçar que não é preciso retirar o ingresso de forma antecipada.
Em caso de dúvidas, basta entrar em contato pelo número (21) 3299-0324.
Arquivo Histórico
Para consultar documentos físicos do Arquivo Histórico do museu, é necessário agendar pelo telefone (21) 3299-0368 ou pelo e-mail [email protected].
No entanto, é possível acessar o seguinte site para conferir informações sobre as coleções: https://atom-mhn.museus.gov.br/index.php.
Arquivo Institucional
A consulta ao Arquivo Institucional também requer agendamento prévio.
Nele, é possível verificar informações não só sobre o Museu Histórico Nacional, como a respeito de outros museus do Brasil.
Além disso, o acervo reúne materiais que ajudam a contar a história política e administrativa da cultura brasileira.
Nesse caso, o agendamento é pelo telefone (21) 3299-0365 ou pelo e-mail [email protected].
Biblioteca
A biblioteca do Museu Histórico Nacional está aberta ao público. Entretanto, dá para acessar as publicações editadas pela instituição pela internet.
Basta entrar no seguinte site: www.docpro.com.br/mhn/bibliotecadigital.html.
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Foto de destaque: Mais de 300 mil itens estão disponíveis no acervo do Museu Histórico Nacional de forma física e digital (Foto: Rodrigo Soldon)