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Museu Histórico Nacional, pátio com fonte
Mais de 300 mil itens estão disponíveis no acervo do Museu Histórico Nacional de forma física e digital (Foto: Rodrigo Soldon)

Museu Histórico Nacional: quando paredes e objetos contam histórias

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08.04.2022
Conheça a história, a estrutura e o acervo do Museu Histórico Nacional e saiba como consultar coleções de forma presencial e virtual!
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O Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, reúne mais de 300 mil itens entre objetos, livros e documentos. 

Ele foi criado para contar a história do país. No entanto, sua estrutura também é muito rica. Afinal, ocupa o complexo da Ponta do Calabouço, região que já foi militar e se expandiu, ganhando várias instalações.

Na instituição há peças desde a antiguidade até o presente. Um dos destaques é o acervo numismático, com moedas, valores impressos, medalhas e selos. A alta qualidade da coleção faz dela a mais expressiva da América do Sul.

Conheça a história, a estrutura e os itens do Museu Histórico Nacional. Saiba ainda como visitar, acessar o acervo digital ou agendar uma consulta física!

A história do Museu Histórico Nacional

O Museu Histórico Nacional foi aberto ao público em 1922, graças ao presidente Epitácio Pessoa. No entanto, sua estrutura ajuda a contar a história do Brasil bem antes da sua data de inauguração.

Tudo começou em 1603, quando os portugueses ergueram a Fortaleza de Santiago, construção que hoje abriga a instituição.

Museu Histórico Nacional, Fortaleza de Santiago
Museu Histórico Nacional foi área militar durante quase três séculos (Foto: Carlos Luis M C da Cruz)

A posição era estratégica para proteger a Baía de Guanabara. Afinal, ficava em uma área que avança sobre o mar, conhecida como Ponta do Calabouço. 

Trata-se de uma localização privilegiada no centro histórico do Rio de Janeiro, entre as praias de Piaçaba e Santa Luzia.

A área que hoje dá lugar ao Museu Histórico Nacional foi uma região militar até 1908. E foi graças à comemoração do Centenário da Independência do Brasil que ela ganhou novos ares.

A Ponta do Calabouço foi aterrada e revitalizada na década de 1920 para receber a Exposição Internacional.

Já a área do Arsenal de Guerra foi ampliada e reformada com elementos típicos da arquitetura neocolonial.

Então, em 1922, as portas do Museu Histórico Nacional foram abertas ao público, com o intuito de valorizar a história do país. 

Naquela época, havia duas galerias e o chamado Palácio das Grandes Indústrias, que foi um dos mais visitados durante a Exposição do Centenário.

Museu Histórico Nacional, fonte
Grande parte da arquitetura foi preservada na área que hoje o Museu Histórico Nacional ocupa (Foto: Rodrigo Soldon)

Fortaleza ganhou novos espaços ao longo dos anos

Desde a sua inauguração, no século XVII, a Fortaleza de Santiago ganhou novos espaços e instalações.

A Prisão do Calabouço, por exemplo, foi inaugurada em 1693, destinada ao castigo de escravos. Já em 1762 foi criada a Casa do Trem, para guardar armas e munições, chamadas de “trem de artilharia”.

Logo após foi criado o Arsenal de Guerra, em 1764. Por fim, o quartel para as tropas militares foi inaugurado em 1835.

A estrutura e o acervo do Museu Histórico Nacional

Os visitantes do Museu Histórico Nacional encontram exposições permanentes e temporárias. Por isso, é importante consultar a programação.

Contudo, durante todo o ano é possível apreciar mais de 300 mil itens. São joias, brinquedos, armaria, têxteis e arte religiosa, entre outros.

Museu Histórico Nacional, acervo
Acervo reúne esculturas, gravuras e quadros, entre outras peças (Foto: Charlie Phillips)

Além de objetos, há documentos e livros de grande valor histórico para o Brasil. 

Isso inclui manuscritos, ilustrações, aquarelas e até fotografias. Entre os autores dos exemplares estão nomes como Augusto Malta, Marc Ferrez e Juan Gutierrez.

O Museu Histórico Nacional mantém ainda programas destinados a professores, estudantes, terceira idade e comunidades carentes.

Além dos itens expostos ao público, alguns podem ser consultados a partir de agendamento prévio. É o caso da Reserva Técnica, do Laboratório de Conservação e da Restauração Numismática.

Quanto à estrutura, o Museu Histórico Nacional passou por intervenções de modernização e restauração entre os anos de 2003 e 2006.

Vale destacar que, da Fortaleza de Santiago e da Prisão do Calabouço, só restaram as fundações. Mas é possível conhecer o prédio do Arsenal de Guerra e seu Pátio da Minerva, por exemplo. 

Já a Casa do Trem foi restaurada nos anos 90 para manter a arquitetura colonial.

O Pavilhão da Exposição de 1922 também é aberto à visitação. Atualmente, o local funciona como uma biblioteca especializada em História do Brasil, História da Arte, Museologia e Moda. O acervo reúne peças do século XVI ao XXI.

A estrutura completa conta com uma área de 20 mil m², que fica entre a Rua Santa Luzia e a Avenida Alfredo Agache. No entanto, o Museu Histórico Nacional ocupa 9 mil m².

Museu Histórico Nacional, objetos
Peças do Museu Histórico Nacional ajudam a contar história do Brasil (Foto: Jonas de Carvalho)

As visitas ao Museu Histórico Nacional

Para quem quer conhecer a construção e o acervo, o ideal é conferir a programação do Museu Histórico Nacional para saber quais são as exposições abertas ao público. 

A visitação acontece no seguinte endereço: Praça Marechal Âncora, s/n — Centro — Rio de Janeiro — RJ.

Com a reabertura parcial, devido às medidas para conter a disseminação da Covid-19, a instituição está funcionando de quinta a sábado, das 10 às 16h.

Nesse período, a entrada também é gratuita. Vale reforçar que não é preciso retirar o ingresso de forma antecipada. 

Em caso de dúvidas, basta entrar em contato pelo número (21) 3299-0324.

Museu Histórico Nacional, pátio
Parte central do Museu Histórico Nacional (Foto: Cleber Quadros)

Arquivo Histórico

Para consultar documentos físicos do Arquivo Histórico do museu, é necessário agendar pelo telefone (21) 3299-0368 ou pelo e-mail [email protected]

No entanto, é possível acessar o seguinte site para conferir informações sobre as coleções: https://atom-mhn.museus.gov.br/index.php.

Arquivo Institucional

A consulta ao Arquivo Institucional também requer agendamento prévio. 

Nele, é possível verificar informações não só sobre o Museu Histórico Nacional, como a respeito de outros museus do Brasil.

Além disso, o acervo reúne materiais que ajudam a contar a história política e administrativa da cultura brasileira

Nesse caso, o agendamento é pelo telefone (21) 3299-0365 ou pelo e-mail [email protected].

Biblioteca

A biblioteca do Museu Histórico Nacional está aberta ao público. Entretanto, dá para acessar as publicações editadas pela instituição pela internet.

Basta entrar no seguinte site: www.docpro.com.br/mhn/bibliotecadigital.html.

Quer conhecer o acervo de diferentes instituições pelo mundo sem sair de casa? Confira a nossa lista com museus imperdíveis que podem ser visitados online!

Foto de destaque: Mais de 300 mil itens estão disponíveis no acervo do Museu Histórico Nacional de forma física e digital (Foto: Rodrigo Soldon)

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