O Sistema de Fachadas Ventiladas (SFV) é uma solução não tão conhecida ainda, mas que ganha cada vez mais espaço no Brasil.
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Afinal, proporciona uma construção a seco, com montagem rápida, poucos resíduos e manutenção simples ao longo dos anos.
Sem falar que a sua produção é totalmente terceirizada, concentrando a comunicação em um só fornecedor e facilitando o andamento da obra.
Portanto, as fachadas ventiladas são uma boa alternativa para quem busca por mais segurança e valor agregado, seja em novas construções, pequenas ou grandes reformas.
Para ajudar você a entender o assunto e a identificar as melhores opções, reunimos todas as informações em um só lugar.
Acompanhe a leitura para saber tudo sobre as fachadas ventiladas!
O que são as fachadas ventiladas?
As fachadas ventiladas são um sistema com uma estrutura metálica, que tem fixa a ela o revestimento em si.
Portanto, não há a necessidade de reboco com argamassa colante, como tradicionalmente é visto em superfícies revestidas com cerâmica.
O objetivo é justamente deixar um vão entre a construção e o revestimento, para que haja circulação de ar. Daí o nome “fachada ventilada”.
À frente, veremos em detalhes as vantagens dessa estrutura. Contudo, já podemos adiantar que uma das principais é o conforto térmico.
Além disso, este é um sistema muito mais simples do que outras técnicas. Afinal, não requer a aplicação de chapisco, emboço, argamassa colante e rejunte, por exemplo.
Em vez disso, temos uma instalação a seco, com materiais pré-moldados. Sendo assim, a limpeza final pode ser feita com um pano úmido. Bem mais prática do que usar ácidos ou hidrojato!
Outro ponto interessante é que as fachadas ventiladas podem ser usadas tanto em obras novas quanto em reformas ou retrofits. Sobretudo aquelas que apresentam patologias.
Há ainda a possibilidade de fazer facelift, ou seja, uma renovação mais simples na fachada de casa ou de qualquer outra construção.
No entanto, o projeto de cada sistema é pensado especialmente para atender às exigências estéticas e funcionais do prédio em questão.
Como elas surgiram?
Pode até parecer, mas as fachadas ventiladas não são uma novidade. No início do século XX, por exemplo, o arquiteto franco-suíço Le Corbusier explorou a ideia de "fachada dupla".
Apesar de a estrutura ser bem diferente da que vemos atualmente, explorava o mesmo conceito de proteção térmica.
Contudo, as fachadas ventiladas como conhecemos surgiram mais tarde, na década de 1940, em países da Escandinávia.
Naquela época, o objetivo também era melhorar o desempenho térmico das construções. Afinal, os ventos gelados do rigoroso inverno nórdico castigavam a população de Suécia, Dinamarca e Noruega.
No entanto, a técnica se expandiu e, nos anos 1980, os ingleses deram função estética e acústica para as fachadas ventiladas.
Foi então que os britânicos se tornaram os maiores exportadores desse tipo de construção, que aos poucos conquista a arquitetura brasileira.
Como as fachadas ventiladas funcionam na prática?
A partir da fixação do revestimento na estrutura metálica, forma-se um vão que pode variar de 7 a 50 cm. O resultado é uma verdadeira câmara de ar, que funciona como uma espécie de chaminé.
A estrutura favorece a circulação de ar, isolando termicamente o interior da construção, seja do frio ou do calor.
Ela ainda permite a instalação de tubulações pelo vão de uma maneira simplificada, facilitando o acesso a esses sistemas para futuras manutenções.
Sem falar que dá para fazer a substituição do revestimento de um jeito mais rápido e sem quebra-quebra.
A manutenção das fachadas ventiladas também é baixa e não tem as patologias típicas do sistema aderido, como as manchas brancas da eflorescência.
Há ainda outros ganhos, como o baixo peso e o fato de a sua aplicação não necessitar de uma superfície mais trabalhada, como no caso do reboco.
Vale ressaltar que as fachadas ventiladas estão alinhadas às exigências do mercado, pontuando positivamente nos critérios exigidos para certificar um empreendimento.
No quesito estético, as fachadas ventiladas se mostram muito versáteis. Afinal, não há limitação de dimensões.
Elas também permitem o uso de materiais distintos, como cimentícios, fenólicos e metálicos. Contudo, o destaque fica com o porcelanato, que apresenta melhor relação custo-benefício.
Inclusive, é possível trabalhar com peças de diferentes tamanhos, entre elas os grandes formatos e as Lastras.
Portanto, essa é uma grande vantagem das fachadas ventiladas, uma vez que, por norma, não é permitido o uso de Lastras em sistemas para cerâmica aderida.
Nas linhas a seguir, você entende melhor como é o processo para obter uma fachada ventilada, do projeto à instalação.
Projeto
Quem quer ter uma fachada ventilada precisa começar por um bom projeto, assim como acontece com qualquer revestimento de fachada.
Nele, deve estar detalhada a fixação e a modulação das placas. Afinal, é preciso garantir a resistência às movimentações verticais e horizontais causadas pelo próprio peso, sismos, ventos ou cargas acidentais.
Tópicos como paginação, encontro com outros sistemas de fachada, interferências entre eles, acabamentos e juntas também devem ser contemplados no projeto.
O próximo passo é a pré-fabricação dos materiais. É necessário planejar informações técnicas e detalhes, incluindo o corte dos revestimentos, entre outros pontos.
Como já mencionamos, as fachadas ventiladas permitem o uso de diversos revestimentos. Para a escolha do ideal, é essencial considerar as exigências de eficiência energética do projeto.
Há ainda outros detalhes que merecem atenção, como os dispositivos metálicos usados no sustento do sistema, além dos selantes estruturais, que podem ser necessários para fixar os painéis. No entanto, eles variam conforme o revestimento escolhido.
Portanto, antes da instalação, é preciso ter um projeto executivo aprovado, considerando os pontos que mencionamos. Dessa maneira, é possível reduzir os custos, o tempo e a necessidade de mão de obra.
Inclusive, é importante que a execução seja conduzida por profissionais qualificados, especializados em fachadas ventiladas.
Isso porque será necessário instalar os componentes de fixação, além de alinhar tudo de acordo com o prumo da fachada.
Composição
A seguir, listamos os componentes necessários para dar suporte ao revestimento das fachadas ventiladas. Acompanhe:
- material isolante, em uma camada que reduz a transferência de calor. Essa não é uma obrigatoriedade, mas é bastante indicada;
- base, que vai dar suporte à fixação. Precisa ter a proteção de uma camada de isolamento técnico. Assim, evita problemas relacionados à umidade. Outra opção é pintar com aditivos hidrófugos;
- revestimento de preferência, que pode ser até mesmo Lastra. Ele é fixado à estrutura de apoio por meio de encaixes metálicos;
- subestrutura, que ajuda na fixação das camadas. Ela pode ficar visível ou oculta. Tudo vai depender dos sistemas usados, dos revestimentos e dos dispositivos de ancoragem;
- câmara de ar, que garante o espaço de circulação de ar e de escoamento de água. Ela fica entre a base de suporte e as placas das fachadas ventiladas. Contudo, requer espessura de pelo menos 2 cm. Quanto maior for, melhor será o efeito chaminé;
- juntas, para serem instaladas entre as placas ou os painéis. Elas podem ser horizontais ou verticais. O tipo vai depender da estrutura de fixação e do espaçamento.
Instalação
De forma geral, a execução de fachadas ventiladas é rápida. Afinal, os revestimentos e as ancoragens mecânicas são materiais pré-fabricados.
Sendo assim, o processo consiste em, basicamente:
- fazer o levantamento planimétrico da superfície;
- na sequência, fixar a estrutura metálica, garantindo seu prumo e alinhamento;
- por fim, aplicar o revestimento.
Portanto, para obter uma fachada ventilada, é preciso instalar uma estrutura metálica, conhecida como frame.
Geralmente feita em alumínio, ela é fixada na alvenaria da construção. Para isso, são usados chumbadores específicos.
Então, sobre essa estrutura é aplicado o revestimento, que tem finalidade estética e técnica. Esse processo pode acontecer de duas formas: mecânica ou química.
Entre os materiais mais usados, o destaque fica para o porcelanato. Isso porque, atualmente, ele apresenta a melhor relação custo-benefício.
No entanto, nesse caso não é recomendado usar apenas o sistema de fixação mecânico, já que isso pode fragilizar as peças.
Quais são as vantagens das fachadas ventiladas?
Até aqui, vimos diversas vantagens das fachadas ventiladas para os empreendimentos. Eficiência térmica, menos umidade, facilidade de manutenção e limpeza são só alguns exemplos.
No entanto, a partir de agora você vai conferir esses benefícios (e outros) em detalhes. Acompanhe!
1. Estética versátil e diferenciada
Empreendimentos com fachadas ventiladas se diferenciam dos demais, sobretudo pela sua aparência.
O apelo estético salta aos olhos graças ao efeito interessante criado pelo sistema. Portanto, chama a atenção das pessoas de imediato.
Como permitem o uso de diferentes materiais, as fachadas ventiladas ainda se mostram versáteis, dando liberdade para soltar a criatividade da hora de projetar.
Justamente por causa dessa versatilidade é que elas são muito usadas em projetos chamados de retrofit, ou seja, quando há a necessidade de repaginar os prédios.
O resultado é uma obra mais rápida, eficiente e sustentável. Sem falar que, com o sistema, é possível:
- combinar o revestimento com outros elementos, como vidro e brises, que podem ser usados tanto para ventilar quanto para ocultar tubulações e máquinas de ar-condicionado;
- esconder instalações e tubulações no vão entre a construção e as placas ou painéis, deixando o visual mais “limpo”;
- usar placas de diferentes tamanhos, incluindo porcelanatos em grandes formatos;
- criar volumes sem precisar de estruturas complexas ou enchimentos;
- revestir edificações de qualquer tamanho e altura.
2. Eficiência térmica
Grande destaque nas fachadas ventiladas, a eficiência térmica do sistema acontece graças à ventilação que existe em seu interior.
O chamado “efeito chaminé” permite a circulação natural de ar. Assim, isola o ambiente interno do externo.
Entre as vantagens práticas está a redução do consumo de eletricidade, como a queda de 20% do uso de ar-condicionado.
3. Redução da umidade
O vão que se forma nas fachadas ventiladas permite que o vapor se disperse. Além disso, a ventilação renova constantemente o micro ambiente interno.
Dessa maneira, há menor formação de umidade, o que evita prejuízos à estrutura da construção e à saúde dos ocupantes.
4. Barreira acústica
Essa é uma possibilidade interessante nas fachadas ventiladas. Contudo, para formar uma barreira acústica, é necessário escolher bem os materiais.
No caso do porcelanato, o índice de reverberação é alto, o que ajuda no isolamento acústico.
5. Facilidade de manutenção
Apesar de comporem uma estrutura maior, os painéis das fachadas ventiladas são independentes. Isso significa dizer que é mais fácil realizar manutenções.
Reparos, mudanças e checagens podem acontecer de maneira ágil, sem que seja necessário quebrar paredes, por exemplo.
6. Limpeza simples
Como as fachadas ventiladas são construções a seco, há baixa geração de resíduos. Sendo assim, a limpeza das superfícies pode acontecer por meio da própria chuva.
Além de reduzir o acúmulo de sujeira, o baixo grau de absorção de água também inibe a fixação de produtos químicos, incluindo compostos, tintas e até pichações.
7. Durabilidade
O projeto de uma fachada ventilada é pensado para oferecer a máxima performance. Nele, há entre 200 e 300 vezes mais áreas de fixação do que os grampos simples ou inserts metálicos.
Considerando também que este é um sistema de fácil manutenção e limpeza, é possível entender por que tem alta durabilidade.
8. Elimina infiltrações
Quando bem dimensionada, a fachada ventilada consegue controlar a entrada da chuva. Dessa maneira, não há infiltrações, que são comuns conforme a deterioração das fachadas tradicionais.
Ainda existe a possibilidade de fazer o reaproveitamento da água da chuva. Ou seja, uma alternativa para tornar o projeto mais sustentável, seguindo conceitos da arquitetura verde.
9. Sustentabilidade
Por falar nisso, as fachadas ventiladas são ideais para projetos de arquitetura sustentável. Em seu processo de fabricação, elas usam materiais recicláveis e ecologicamente corretos. Além disso, a obra gera menos resíduos, o que contribui para a preservação do meio ambiente.
Outro ponto importante é com relação à eficiência energética nesse tipo de projeto. Afinal, o efeito chaminé permite maior ventilação e, assim, reduz a necessidade de aparelhos como ventilador e ar-condicionado. Dessa maneira, há menos consumo de energia elétrica.
10. Rapidez na instalação
Estima-se que a instalação de uma fachada ventilada seja até quatro vezes mais rápida do que o método tradicional.
Afinal, o sistema é industrializado e a seco. Portanto, elimina diversas etapas, como o reboco, o que garante alta produtividade.
11. Fácil gestão da obra
O gerenciamento de uma obra pode ser complexo, demandando alto conhecimento técnico e equipe qualificada.
No entanto, no caso das fachadas ventiladas é possível contratar um só fornecedor, que vai se encarregar de fazer o projeto, providenciar os materiais, fiscalizar a instalação e, claro, oferecer garantia.
12. Segurança
Esse quesito depende muito da empresa contratada para a criação da fachada ventilada.
E é importante ressaltar que são poucas as que são capazes de entregar laudos de laboratórios independentes para atestar que a solução atende às normas brasileiras de ventos e impactos.
Contudo, é possível encontrar bons fornecedores no mercado, como é o caso da Portobello. Mais à frente, você vai conhecer melhor a nossa solução.
Porém, vale saber desde já que todas as obras são asseguradas por apólice de seguro e têm registro de um responsável técnico brasileiro.
13. Garantia
No geral, as fachadas ventiladas têm 10 anos de garantia. E isso vale para todos os serviços prestados. Ou seja, para o projeto, os materiais e a instalação.
Como é o sistema de fachadas ventiladas da Portobello?
Fruto de mais de oito anos de pesquisa, as fachadas ventiladas da Portobello chegaram em 2013.
O sistema totalmente nacional foi testado e aprovado pelas normas brasileiras de ventos e impactos, o que garante a segurança dos projetos.
Em parceria com instaladoras, a Portobello oferece o serviço completo. Projeto, materiais, ferramentas e mão de obra estão inclusos, facilitando o andamento e o acompanhamento.
Além disso, como mencionamos anteriormente, há a garantia de 10 anos em todos os serviços prestados.
As fachadas ventiladas da Portobello funcionam por meio de um sistema químico direto, em que acontece a colagem do porcelanato na estrutura metálica com PU de alto desempenho.
No entanto, há o suporte mecânico para as cargas verticais iniciais. Ele é composto de peças chamadas de mênsulas, que são presas à superfície da construção.
Depois, são fixadas nos perfis que vão receber o revestimento final. Então, pequenos grampos são presos à aba do perfil anterior.
Eles são os responsáveis por suportar parte da carga vertical do porcelanato até a cura do polímero (PU).
Já para as cargas horizontais — ou seja, para suportar os ventos —, a primeira resistência até a cura do polímero é por meio de fita dupla-face, específica para o sistema.
Para manter a superfície plana, são usados espaçadores e cunhas, que são ajustados no momento da colocação.
Então, quando há a cura do PU, espaçadores e cunhas são retirados. Para finalizar, acontece a limpeza. Está pronta a fachada ventilada!
Catarina Fashion Outlet é exemplo de obra com fachada ventilada
Inaugurado em 2014, o Catarina Fashion Outlet passa pela sua terceira expansão, com obra programada para terminar no fim de 2022.
O projeto do arquiteto Paulo Baruki e da paisagista Maria João D’Orey teve sua primeira reforma em 2015. Já em 2018, foram adicionados 5,5 mil m² e mais 29 lojas.
Localizado no km 60 da Rodovia Castelo Branco, em São Roque, o centro de compras vai dobrar de tamanho em 2022, somando cerca de 300 lojas.
A obra da expansão conta com fachada ventilada e é referência para a Portobello, pois é diferenciada. Sua estrutura metálica vence vãos de até 6 m de altura sem alvenaria interna.
Em andamento, ela tem uma produtividade surpreendente, o que comprova a nossa expertise em oferecer e executar esse tipo de solução.
Essa iniciativa vai fazer com que o Catarina Fashion Outlet se torne o maior outlet do Brasil, com 52 mil m².
Com isso, a expectativa é receber 6 milhões de visitantes por ano. Ou seja, o triplo do número de habitantes da Região Metropolitana de Sorocaba.
Afinal, o empreendimento fica só a 40 minutos da capital paulista. Portanto, atrai pessoas de diferentes cidades e até estados.
Vale a pena investir em uma fachada ventilada?
Ao longo do conteúdo, vimos como o sistema de fachadas ventiladas é versátil e pode ser aplicado em todas as tipologias arquitetônicas:
- comerciais (uso de shaft para a passagem de instalações e menor custo de reposição);
- residenciais (considerável diminuição do prazo);
- equipamentos urbanos (redução do custo de manutenção);
- hotéis (reforma rápida, com menor interdição e menos ruídos para os hóspedes);
- hospitais (com a opção de incluir um revestimento bacteriostático).
Portanto, é uma maneira inovadora de transformar os edifícios, favorecendo o conforto térmico e a eficiência energética dos projetos, deixando-os mais sustentáveis e, claro, muito bonitos.
Se você se interessou pela versatilidade das fachadas ventiladas, conheça a solução da Portobello, compare os diferenciais e saiba como solicitar seu projeto!