Dia Mundial do Meio Ambiente: a importância de regenerar e restaurar
Anualmente, o Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado em 5 de junho. Visando reforçar a importância da data, a Organização das Nações Unidas (ONU) também estipulou a Semana do Meio Ambiente, que, neste ano, ocorre entre os dias 1 e 5 de junho.
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O objetivo é incentivar as pessoas a se conscientizarem sobre a preservação da natureza. A cada ano, um tema é escolhido — em 2021, o assunto é a regeneração e restauração de ecossistemas. Quer saber mais e entender como participar dessa iniciativa em prol da sustentabilidade? Siga conosco!
Dia Mundial do Meio Ambiente: como surgiu essa iniciativa?
O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 1972 pela ONU na Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente, que resultou em discussões sobre a integração do ser humano ao meio ambiente.
Em 1974, foi criado o primeiro tema para a data: Só uma Terra. De lá para cá, todos os anos a ONU celebra o dia com algum assunto. Em 1987, houve a criação do país-sede para receber uma série de atividades voltadas à conscientização sobre as mudanças ambientais.
Já foram inúmeros temas debatidos, especialmente ligados aos problemas que o meio ambiente enfrentou ao longo desses anos, como poluição do ar, poluição por plásticos, comércio ilegal de animais selvagens, consumo sustentável, aumento do nível do mar, segurança alimentar etc.
As iniciativas do Dia Mundial do Meio Ambiente também ajudam a impulsionar mudanças nos padrões de consumo e na política ambiental nacional e internacional.
Regenerar e restaurar: o que podemos entender sobre este tema?
Em 2021, o tema é regenerar e restaurar, ligado aos ecossistemas. O Dia Mundial do Meio Ambiente ainda tem mais destaque neste ano porque marcará o lançamento da Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema.
O que é restauração de ecossistemas?
"Restaurar" significa auxiliar na recuperação de ecossistemas que foram degradados ou destruídos pela ação humana, além de pensar em iniciativas de conservação dos ecossistemas ainda intactos.
Um planeta com ecossistemas saudáveis apresenta biodiversidade mais rica, o que traz benefícios a todos, como solos mais férteis, maior capacidade de absorção dos gases de efeito estufa e até controle da temperatura.
A restauração pode se dar de várias formas, desde o plantio de mudas até a remoção de pressões, de modo a permitir que a natureza se recupere. Infelizmente, contudo, nem sempre é possível retornar um ecossistema ao seu estado original.
Em alguns casos, isso não é nem desejável, pois precisamos de terras agrícolas e infraestrutura em locais que já foram florestas. Assim, os ecossistemas precisam se adaptar às mudanças vivenciadas pelas sociedades.
A proposta da ONU é até 2030 conseguir restaurar 350 milhões de hectares de ecossistemas terrestres e aquáticos degradados, o que será capaz de gerar em torno de US$ 9 trilhões em serviços ecossistêmicos e remover de 13 a 16 giga toneladas de gases de efeito estufa da atmosfera.
Em relação aos benefícios econômicos, segundo estimativas da ONU, eles superam em nove vezes os investimentos.
Todos os ecossistemas podem ser restaurados. As iniciativas de reconstrução podem ser lançadas por qualquer pessoa, incluindo governos, agências de desenvolvimento, empresas, comunidades e indivíduos.
Por que isso é importante?
Os ecossistemas são a teia da vida na Terra.
Um ecossistema compreende todos os organismos vivos e as interações entre eles e com seus arredores em um local determinado. Eles existem em todas as escalas, desde um grão de terra até o planeta todo, incluindo florestas, rios, pântanos, pastagens, estuários, recifes de corais etc.
Cidades e terras agrícolas contêm importantes ecossistemas modificados pelos homens.
Os ecossistemas são fontes inestimáveis da vida na Terra e de inúmeros benefícios a todos os seres vivos, como clima estável, ar puro, fontes de água limpas, alimento, materiais de todos os tipos e proteção contra doenças.
Por todo o mundo, os ecossistemas sofrem graves ameaças: as florestas estão sendo desmatadas, os rios e lagos poluídos, os litorais e oceanos degradados, os solos de montanhas erodidos e assim por diante.
Se não mudarmos nossos hábitos e não priorizarmos a proteção e a restauração dos nossos ecossistemas, não estaremos apenas destruindo a paisagem natural, mas, sobretudo, colocando em perigo as bases para o nosso bem-estar e a nossa existência.
Qual será o país sede neste ano?
Em 2021, o país anfitrião do Dia Mundial do Meio Ambiente será o Paquistão. A cada ano, um local diferente se empenha em organizar a data, reunindo as celebrações oficiais.
A proposta do governo paquistanês é expandir e restaurar florestas por meio de um "tsunami" de 10 bilhões de árvores espalhadas em cinco anos. A iniciativa consiste no plantio de árvores em ambientes urbanos, como parques públicos, faculdades e escolas, além do desenvolvimento de cinturões verdes. A campanha ainda inclui a restauração de florestas e manguezais.
Recentemente, o primeiro-ministro paquistanês lançou uma iniciativa para desenvolver até 15 áreas protegidas em todo o país e conservar mais de 7300 km² de área de terra, criando mais de 5500 empregos verdes.
O que é a Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema?
A Década das Nações Unidas para a Restauração do Ecossistema é uma resolução para ação assinada por mais de 70 países, que visa proteger e revitalizar diversos ecossistemas em todo o mundo, beneficiando a natureza e também as pessoas.
A meta é deter a degradação dos ecossistemas e restaurá-los a partir de objetivos globais. Somente com ecossistemas saudáveis é possível melhorar a subsistência das pessoas, neutralizar as mudanças climáticas e impedir o colapso da biodiversidade.
A década tem início em 2021 e é finalizada em 2030. Esse também é o prazo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e segue a linha do tempo que os cientistas traçaram como a última chance de prevenir mudanças climáticas catastróficas.
Como vivenciar o Dia Mundial do Meio Ambiente nas nossas ações?
A ONU tem algumas dicas de como podemos vivenciar o Dia Mundial do Meio Ambiente com pequenas ações que podem ser incorporadas na nossa rotina. Por exemplo:
- direcionar recursos para empresas que ajudem a preservar a natureza ao invés de destruí-la;
- montar uma campanha online para divulgar os perigos das mudanças climáticas;
- comprometer-se com a doação a iniciativas de restauração dos ecossistemas;
- mudar seu comportamento e seus gastos para reduzir a pegada ambiental;
- utilizar mais produtos regionais, sustentáveis e de agricultura familiar;
- ajudar a limpar um lago, uma praia, um parque ou outra área natural;
- desenvolver uma iniciativa de projeto ou política ambiental local;
- voluntariar-se para integrar um projeto ambiental já existente;
- não comprar produtos ou serviços que não são sustentáveis;
- encorajar outras pessoas ao seu redor a fazerem o mesmo;
- tornar seu lar ou sua empresa ecologicamente correto.
Qual o papel da arquitetura e do urbanismo no Dia Mundial do Meio Ambiente?
A arquitetura e o urbanismo podem ajudar quando o assunto é aumentar a sustentabilidade do nosso planeta e repensar as formas como vivemos enquanto sociedade, de modo a preservar os diferentes ecossistemas.
Afinal, a urbanização de forma não planejada é uma das potenciais destruidoras de ecossistemas e fontes de poluição. Mas não precisa ser assim.
As chamadas cidades inteligentes são exemplos reais de que os ecossistemas urbanos podem contar com soluções capazes de auxiliar o meio ambiente, como telhados verdes e parques municipais, sistemas de reuso de água e aproveitamento de água da chuva e geração de energia elétrica por fontes sustentáveis, entre muitas outras.
Em um recorte menor, já temos os bairros inteligentes, que funcionam de modo semelhante, mas buscando soluções sustentáveis para pequenas comunidades nas cidades e ajudando a resolver problemas como mobilidade urbana.
Os projetos residenciais e corporativos também podem e devem ter uma pegada mais sustentável, ajudando a compor o ecossistema urbano de forma menos impactante. Afinal, há uma série de soluções construtivas que ajudam nesse sentido.
Ao optarem por materiais que agridem menos o meio ambiente, os arquitetos também contribuem para a manutenção da vida na Terra e para que as futuras gerações possam ter acesso aos mesmos recursos que temos hoje.
A sustentabilidade é um dos pilares da Portobello, que tem inúmeras iniciativas voltadas para essa pegada ambiental. É válido destacar que o próprio porcelanato é uma alternativa sustentável, uma vez que as jazidas de exploração são mais superficiais do que as de outros materiais.
Então, da próxima vez que for projetar uma residência, uma empresa, um bairro ou até uma cidade, que tal se lembrar dos ensinamentos deste Dia Mundial do Meio Ambiente?
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