20.06.2023
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Uma vista para o futuro das cidades, Copenhague apresenta um mix de edificações históricas e contemporâneas que se fundem perfeitamente (Foto: Thomas Rousing/Divulgação Congresso UIA)

Copenhague: a capital da arquitetura em 2023

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20.06.2023
Conheça a cidade de Copenhague, eleita Capital da Arquitetura pela Unesco, e como ela mescla inovação e sustentabilidade para preservar o patrimônio
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Copenhague, capital da Dinamarca, foi eleita pela UNESCO a Capital Mundial da Arquitetura 2023. A cidade sediará o Congresso Mundial da União Internacional de Arquitetos. 

A arquitetura e o urbanismo da cidade dinamarquesa se destacam por aspectos como inovação, sustentabilidade e funcionalidade. 

A paisagem urbana de Copenhague é conhecida e admirada por mesclar elementos contemporâneos e intervenções com patrimônios históricos e elementos tradicionais.

Apresentaremos a seguir características da arquitetura e da história de Copenhague. São aspectos fundamentais para a construção e manutenção do status de referência que a cidade ocupa.

História e arquitetura de Copenhague

Com uma história rica e preservada, a cidade tem suas raízes remontando ao século X, quando ela ainda era uma vila de pescadores. Copenhague ganhou importância comercial e politica e se tornou a capital da Dinamarca no século XV. 

Durante o período do Renascimento, a cidade apresentou um despertar cultural e arquitetônico. No período, foram construídos palácios, igrejas e diversos edifícios governamentais. 

Castelo de Rosenburg, edificação do século 16 em estilo barroco
Castelo de Rosenburg, exemplo de obra do estilo barroco, erguido no início do século XVII em Copenhague (Foto: Marco Almbauer/Wikimedia Commons)

Arquitetura de Copenhague

O estilo Barroco exerceu muita influência na cidade no século XVII, tendo o Castelo de Rosenborg como um dos maiores exemplos. O castelo apresenta fachada com detalhes e ornamentos que refletem a opulência e a grandiosidade do período e do estilo.

Palácio de Amalienborg, em Copenhague, arquitetura em estilo rococó em torno formado por 4 mansões em torno de uma praça central
Palácio de Amalienborg, em Copenhague. O palácio em estilo Rococó é a residência oficial da família real dinamarquesa
(Foto: randreu/Wikimedia Commons)

No século XVII, o estilo Rococó passou a se destacar na cidade. O exemplo mais significativo é o Palácio de Amalienborg, residência oficial da família real dinamarquesa. 

O palácio, composto por quatro edificações idênticas dispostas em torno de uma praça, apresenta ornamentos e jardins impecáveis. Todos os detalhes são harmoniosos e elegantes, traduzindo todo o requinte do estilo rococó.

Real Teatro Dinamarquês, edifício neoclássico, bandeira da Dinamarca hasteada e pessoas caminhando
Exemplo da arquitetura neoclássica em Copenhague, o Teatro Real Dinamarquês encanta pela imponência e simetria
(Foto: Axel Kuhlmann/Wikimedia Commons)

No século XIX, a cidade passou por um processo de expansão, com abertura das muralhas, chegada da industrialização e um grande crescimento populacional. 

Junto a estas mudanças, as edificações começaram a ser construídas no estilo Neoclássico. O Teatro Real Dinamarquês é o grande exemplo do estilo, com sua fachada imponente e simétrica.

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Arquitetos famosos

Durante o século XX, a cidade de Copenhague se tornou um centro de experimentação e inovação arquitetônica. Foi um momento muito importante para os desdobramentos que no futuro garantiriam que a cidade viesse a ser reconhecida como capital da arquitetura.

Edifício 8 House, de Bjarke Ingels, com telhado inclinado e rampas, em frente à um espelho d\'água
Edifício 8 House, de Bjark Ingels. Condomínio multiuso se destaca pela cobertura inclinada e acessibilidade (Foto: Jens Cederskjold/Wikimedia Commons)

Dois nomes se destacaram neste momento de experimentação arquitetônica pelo qual a cidade passou: Arne Jacobsen e Bjark Ingels. Os dois arquitetos contribuíram e deixaram alguns marcos arquitetônicos na atual capital da arquitetura.

Como exemplo, temos o Radisson Blu Royal, de Jacobsen, e 8 House, de Ingels. Ambos os projetos se destacam por suas abordagens emblemáticas e por terem se tornado marcos na cidade de Copenhague.

Capital da arquitetura

O título de Capital Mundial da Arquitetura é concedido a cada três anos pela Unesco. A designação, criada em 2019, surge da parceria entre a Unesco e a União Internacional dos Arquitetos (UIA). A cidade escolhida é titulada e se torna a sede do fórum da UIA.

No ano de 2019, o Rio de Janeiro se tornou a primeira cidade a receber esta titulação e sediou o UIA2020RIO. O título e o fórum buscam ampliar as discussões acerca das cidades contemporâneas. 

Nesta segunda edição, a cidade de Copenhague, na Dinamarca, foi selecionada para acolher o congresso. 

O tema e as discussões que guiarão o segundo evento da União Internacional dos Arquitetos é \"Futuros Sustentáveis: não deixe ninguém para trás\". Tema totalmente alinhado com as mais recentes discussões acerta do futuro das cidades.

O evento busca destacar o papel dos arquitetos e urbanistas no enfrentamento dos grandes desafios globais na busca por soluções e alternativas para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. 

A arquitetura de Copenhague

A arquitetura de Copenhague é impressionante e justifica o título recebido pela cidade de capital mundial da arquitetura. Copenhague combina perfeitamente os elementos históricos com o design contemporâneo e a sustentabilidade. 

Atualmente, a cidade pode ser considerada um exemplo de como é possível, e preciso, inovar na produção dos espaços urbanos sem perder de vista as tradições e as populações. 

Edificação com formas arredondadas e cobertura que avança sobre a construção
Edifício icônico da Ópera de Copenhague, projeto do escritório Henning Larsen, destaca a inovação na arquitetura da cidade
(Foto: Magnus Kjaergaard/Wikimedia Commons)

Um dos edifícios mais icônicos da cidade é a Ópera de Copenhague. Projetada pelo escritório Henning Larsen, a construção combina a tradição da arquitetura escandinava com elementos e materiais contemporâneos. 

O edifício, cercado por um espelho d\'água, foi elaborado com as melhores práticas de eficiência energética e construído com materiais e práticas mais sustentáveis.

Vista aérea do edifício Waste-to-Energy Plant, usina de incineração, o telhado gramado é também pista de esqui
O Waste-to-Energy Plant, edifício do arquiteto Bjark Ingels, exemplifica a preocupação com sustentabilidade da capital da arquitetura
(Foto: Rasmus Hjortshoj/Divulgação Congresso UIA)

A capital da arquitetura também abriga diversas obras do famoso escritório BIG (Bjark Ingels Group), do arquiteto Bjarke Ingels. 

Um dos mais marcantes projetos do BIG em Copenhague é a usina de incineração de resíduos Waste-to-Energy Plant. Ela possui uma torre de esqui no seu topo, elemento inusitado que promove a integração de um grande símbolo da sustentabilidade com uma atração turística. 

Vista da igreja do Nosso Salvador em Copenhague, torre em espiral com escada e detalhes dourados
A igreja do Nosso Salvador é ponto de destaque na cidade e o patrimônio preservado garante uma vista panorâmica da capital
(Foto: John Samuel/Wikimedia Commons)

Outra edificação memorável da cidade é a Igreja de Nosso Salvador. Famosa por sua torre dourada em espiral que garante uma vista panorâmica, a igreja apresenta uma decoração elaborada e combina elementos da arquitetura renascentista e barroca. 

A arquitetura de Copenhague é uma mistura de estilos históricos em parceria com objetivos claros de sustentabilidade ambiental e social. Um exemplo de como a arquitetura e o urbanismo podem ser utilizados para produzir espaços funcionais e sustentáveis. 

As cidades do futuro estão sendo produzidas hoje e precisamos voltar os nossos olhares para elas.

Das edificações históricas aos projetos mais modernos, a cidade oferece uma experiência arquitetônica única. Copenhague, a Capital Mundial da Arquitetura em 2023, tornou-se e promete se manter como uma cidade inspiradora para o presente e referência para o futuro. 

Você também pode se interessar em ler nossa publicação O futuro é ancestral!, sobre os brasileiros que levaram o Leão de Ouro na Bienal de Veneza.

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