As casas antigas apresentam capítulos importantes da história das cidades e das pessoas que passaram por seus espaços.
Reformular esses imóveis é de grande importância para o urbanismo. Afinal, muitos edifícios são abandonados e ficam sem manutenção, o que leva à sua deterioração com o passar dos anos.
Neste artigo, você vai entender quais são os aspectos indispensáveis para reformar uma casa antiga, destacando a sua identidade para criar ambientes singulares!
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Casas antigas e atuais: qual é a diferença?
A arquitetura revela como a sociedade vivia em determinado momento da história urbana: casas com recuos ou geminadas; a presença ou ausência de jardins; com telhados aparentes ou escondidos; etc.
Todas as edificações contam fatos de quando foram construídas, o que vai desde a sua estrutura até a estética do período.
É possível perceber, por exemplo, diferenças entre casas existentes nas áreas centrais de outras concluídas recentemente.
Uma distinção está nos materiais utilizados.
As edificações atuais aproveitam a diversidade de produtos presente no mercado da construção civil. Já as casas antigas contavam com opções mais limitadas.
Ao entrar na área interna, também dá para notar diferenças entre esses dois tipos de imóveis, como disposição dos ambientes, estrutura de paredes e forros, revestimentos de piso e paredes, bancadas etc.
Admirar as fachadas das casas antigas é um bom exercício para identificar diversos elementos surpreendentes e, assim, despertar interesse por reformar essa tipologia de construção.
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Reforma de casas antigas: por onde começar?
Para morar em uma casa antiga, além de reformar estruturalmente, em geral é preciso transformar o seu anterior, para atender às demandas estabelecidas por quem a utilizará.
Para não ter dúvidas na hora de investir em um imóvel antigo, acompanhe as dicas para desenvolver um projeto dos sonhos, preservando os seus elementos originais.
1. Buscar profissionais especializados
Reformar uma casa antiga requer alguns cuidados. O primeiro deles é procurar um profissional qualificado, arquiteto ou engenheiro, que faça uma análise completa da edificação.
É necessário identificar os danos, que podem ser encontrados da fundação à cobertura. Todos os detalhes são importantes e devem ser analisados com muita atenção.
Essas informações direcionam todo projeto de reforma, trazendo segurança e eficácia no seu desenvolvimento, evitando problemas futuros.
E mais: não só os possíveis danos serão apresentados na vistoria das casas antigas, mas também as potencialidades do imóvel.
Os modos de intervir no local estarão conectados a esse estudo inicial, possibilitando uma reforma que preserve elementos da arquitetura, valorizando a história da construção.
Um profissional habilitado fará o planejamento e a gestão da obra — etapas primordiais para que tudo aconteça como o planejado.
2. Checar se o imóvel é tombado
Outra dica é conferir se o imóvel está tombado e compreender as condições legais que envolvem esse projeto de reforma.
Basicamente, o tombamento é um instrumento para o reconhecimento do valor histórico, cultural ou artístico de um bem.
Tem papel importante na preservação da linguagem arquitetônica de uma época, possibilitando o seu conhecimento para as gerações futuras.
Todo projeto de reforma precisa estar de acordo com a legislação, mas quando uma casa é considerada um patrimônio histórico, é necessário seguir outras leis específicas.
Dessa forma, consultar os órgãos competentes responsáveis pelo tombamento faz parte das pesquisas sobre a história do local.
Se a edificação não for tombada, é possível pedir uma avaliação ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para analisar a sua importância e, assim, registrar o seu tombamento.
Esse caminho levará a uma reforma mais tranquila e sem imprevistos.
3. Definir o tipo de intervenção
Com o estudo inicial sobre as condições construtivas e de tombamento realizado, a próxima etapa é pensar na intervenção. Veja três tipos para casas antigas.
Restauração
Reconstruir ou modificar a casa esteticamente não faz parte desse tipo de intervenção. Aqui, a prioridade é manter a estabilidade da edificação e a segurança dos moradores.
O foco da restauração está em conservar a identidade do imóvel, atualizando, quando necessário, estrutura, sistemas elétricos e hidráulicos.
Ou seja, restaurar o espaço mantendo toda a sua arquitetura, sem mudar nenhum detalhe.
Retrofit
O retrofit é uma técnica que revitaliza casas antigas para adaptá-las às necessidades atuais. Ou seja, diferente da restauração, se preocupa em otimizar os seus sistemas, mas preservando a arquitetura original.
Reforma
Já na reforma, abre-se uma oportunidade para modificar casas antigas com novos elementos. É o momento de renovar!
Aqui, o profissional de arquitetura pode agregar ambientes, unir estilos arquitetônicos, trocar revestimentos etc.
A ideia é preservar elementos originais que dialoguem com a história da casa, mas sem deixar de introduzir aspectos contemporâneos.
4. Definir um estilo para a reforma
Por fim, é importante escolher o estilo que terá a casa. A escolha pode ser desde um projeto de restauro, em que será preservada toda a arquitetura, até de reforma, trazendo elementos modernos e contemporâneos.
Conversar com profissionais especializados é um bom caminho para a tomada de decisões. Juntos, é possível alinhar as expectativas do futuro morador do imóvel em relação ao que pode ser eliminado, trocado ou inserido, de modo a preservar a história local.
Além disso, a escolha dos materiais construtivos tem grande importância na composição e no equilíbrio entre novo e antigo. É preciso estar atento aos produtos disponíveis no mercado e aos elementos das casas antigas que serão preservados.
Você está pensando em renovar uma casa antiga? Confira dicas para se organizar para a sua reforma!