Nos últimos seis anos, o escritório Leonardo Maia Arquitetos, de João Pessoa, Paraíba, tem trabalhado intensamente em projetos de grande porte, como hotéis e edifícios de uso misto, comerciais ou residenciais. O trabalho fez Leonardo acompanhar mudanças no setor imobiliário. Entre elas, e alavancadas pela pandemia de Covid-19, aparecem o interesse pela biofilia, as áreas integradas e a valorização da iluminação natural.
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“Com a pandemia, sentimos a necessidade, em todos os empreendimentos - não só residenciais, mas também comerciais -, de uma abordagem mais conectada com o contexto externo”, disse Leonardo. “Houve aumento de aberturas, comunicação do interior com exterior, buscando luz natural e ventilação, justamente para ter esse respiro”.
Nesse mesmo sentido, ele sentiu a valorização da natureza em áreas comuns de condomínios. “É irreversível. Cada vez mais há a necessidade de trazer o verde para dentro do prédio”.
Em consonância, há a valorização de materiais de acabamentos naturais, de aspecto mais rústico. “Buscando o bem-estar, a conexão com o respiro, o verde, a natureza”, complementa Leonardo.
Dentro dessa tendência, aparecem, inclusive, revestimentos bold, com bordas arredondadas. “É até uma tendência apontada pela Portobello”, disse o arquiteto, que é cliente da Portobello Shop João Pessoa.
O profissional aponta também, entre as mudanças nos últimos anos, a busca por ambientes de múltiplas funções e de layout mais fluido. Por exemplo, nas áreas comuns dos condomínios, não há mais a demanda pelo salão de festa de uso exclusivo. “Nós temos visto equipamentos comuns se unirem, se integrarem”.
Formado em Arquitetura em 2006 pelo Centro Universitário de João Pessoa, Leonardo abriu o seu escritório no mesmo ano e iniciou a carreira focado no cliente final, com projetos para residências e interiores. Com o passar do tempo, passou a investir em empreendimentos de maior escala.
“Em 2017, começamos a enveredar por esse segmento e não paramos mais”, disse. “Hoje, assinamos uma série de empreendimentos ao redor do Brasil. É o nicho de maior atuação e o que nós realmente nos identificamos”.
“Procuramos sempre posicionar o usuário como protagonista do espaço que estamos projetando, buscamos nos colocar dentro do empreendimento, como se trabalhássemos ou morássemos naquele local”, finaliza.