Arquitetura japonesa: 8 características que vão te inspirar
A arquitetura japonesa pode ser fonte de inspiração para qualquer arquiteto. Os elementos utilizados são variados e definidos pela convergência entre a tradição milenar e a tecnologia e a modernidade atuais. A modernidade é apresentada de maneira minimalista, enaltecendo o entorno, e a tradição compõe o ambiente com a permanência dos hábitos e costumes mais antigos.
Os projetos japoneses são reconhecidos mundialmente pela inovação, qualidade e originalidade, privilegiando características da natureza, novas formas e estruturas que impressionam qualquer um. Eles trazem elementos e técnicas que podem ser aproveitados em projetos por todo o mundo.
Veja quais são as 8 principais características do estilo e como elas podem ser incorporadas em espaços diversos:
Inovação X Tradição
Os apartamentos e as casas atuais exigem que o arquiteto saiba aproveitar cada parte disponível, diferentemente das construções mais antigas. A partir do século IX, o Japão acompanhou de perto o estilo chinês, assimilando as principais características — uso de materiais como a madeira, estruturas ancoradas em colunas, ênfase horizontal e simetria — e reproduzindo-as nos templos, residências e palácios, de forma simplista e integrada à natureza.
Apenas no início do século XX a arquitetura japonesa começou a se destacar no cenário mundial, sem esquecer a história e a tradição, principalmente no contexto pós-guerra com a industrialização do país e crescimento econômico. Hoje, a inovação dos prédios residenciais e comerciais, bem como de casas e outras construções, é notável e se tornou referência para outros países.
8 características para se inspirar
1. Invista em boa marcenaria
Em construções residenciais, a madeira é muito utilizada, tanto no revestimento de armários, pisos e áreas externas, quanto para estrutura de móveis, forros e criação de ambientes. A madeira é ideal para as construções japonesas, uma vez que formam estruturas mais resistentes (a terremotos, por exemplo) e ainda ajudam na climatização do ambiente, em um país com inverno rigoroso e verão úmido e abafado.
A madeira pode ser utilizada em praticamente todos os ambientes da casa. Além da variedade imensa de tipos naturais, existem também alguns revestimentos que imitam a madeira original, sendo sustentáveis e práticos.
2. Use cores naturais
A simplicidade e a fluidez são características marcantes do interior das residências japonesas. O uso de cores claras, como branco, bege, marrom e cinza, deixa o ambiente agradável e refinado. As tonalidades são valorizadas com um bom jogo de iluminação e itens de decoração diferenciados, além de plantas e a própria marcenaria.
O uso de madeira combinado com os tons claros deixa o ambiente aconchegante e, ao mesmo tempo, sofisticado.
3. Atenção aos recursos naturais
Os espaços japoneses são muito bem pensados para se integrarem à natureza de maneira harmônica e sustentável. A preocupação não está só em utilizar plantas no interior, mas também em enaltecer o entorno.
Por isso, janelas e varandas são projetadas para que o morador possa admirar a natureza próxima e aproveitar recursos como a iluminação e ventilação. Tudo isso é feito com grandes janelas e paredes de vidro, que podem ser aplicadas nas construções brasileiras com as mesmas funcionalidades.
4. Modernize com paredes móveis
Em comparação com as casas brasileiras, no Japão as paredes são pouco (ou nada) valorizadas. A residência é toda integrada. Cozinhas, salas, escritórios, tudo em um só espaço. Assim, além de aproveitar cada cômodo, a residência fica mais fluida e funcional.
A divisão dos ambientes pode ficar por conta de divisórias móveis, chamadas de “fusuma”, que funcionam como paredes deslizantes e são feitas de vários materiais, papel de arroz ou painéis de madeira, por exemplo. O resultado é uma casa adaptável para as necessidades diárias.
5. Esqueça os adornos
Talvez a característica mais marcante da arquitetura japonesa seja a falta de itens de decoração. A cultura japonesa preza a simplicidade e o refinamento.
Os espaços são decorados com itens específicos, de maneira clean, sem carregar o ambiente, valorizando os outros aspectos já citados, como a madeira, a iluminação natural e a arquitetura moderna. A tendência de espaços mais vazios permite que haja maior integração entre os moradores e visitantes e com a natureza ao redor.
6. Privacidade dos moradores
Geralmente, o exterior da casa é pouco chamativo e pouco adornado, para que os moradores tenham mais privacidade no interior. As janelas e áreas abertas são voltadas para o fundo (que pode conter jardins e áreas privadas). Quartos e banheiros também são considerados áreas íntimas e são separados do resto da casa.
Apesar de ser uma característica notável, hoje já existem obras japonesas que apresentam características opostas, com janelas e estruturas que deixam o espaço interno pouco privado.
7. Aproveite diferentes portas
As portas sanfonadas são ótimas estratégias, pois economizam espaço e deixam os ambientes mais reservados. Na verdade, esse estilo de porta foi inspirado nos tradicionais biombos japoneses, que também podem ser usados com muita criatividade para trazer organização e beleza.
Os biombos foram importados pelos japoneses da China e atualmente são relacionados à tradição japonesa. Podem ser de vários materiais, e são opções leves, funcionais e discretas para compor o ambiente.
8. Não se esqueça da cultura nacional
As tradições japonesas são bem diferentes das brasileiras, mas a importância que os japoneses dão à sua própria cultura é um aspecto que também serve de inspiração.
Enaltecer os elementos modernos e inovadores com respeito ao antigo e tradicional é um dos traços mais belos da arquitetura japonesa. E lembra arquitetos do mundo todo que existem elementos nacionais que devem ser levados em conta, uma vez que a arquitetura depende dos hábitos culturais.
Juntos, o jardim e a casa são importantes componentes da tradição japonesa e, por isso, são tão valorizados na arquitetura atual. Casas mais antigas possuem espaços reservados para a cerimônia do chá, momento de contemplação e manutenção das artes clássicas. As casas de chá geralmente ficam localizadas nos jardins, separadas do bloco principal.
Viu como a arquitetura japonesa pode ser inspiradora e usada em residências e em construções brasileiras? Acompanhe nossas redes sociais para se inspirar mais com nossos posts! Estamos no Facebook, Instagram e Twitter.
bem daora essas fotos de arquitetura!!!
Essa tendência minimalista é de facto uma boa maneira libertar a mente do "ruído visual".
Dar várias utilizações a uma divisão ou objecto é um óptimo principio, incentiva a ter uma atitude de consumo sustentável até mesmo fora de casa!
Muito inspirador mesmo, obrigada por este trabalho de pesquisa!
Bom dia. Poderia me informar o nome da obra e o arquiteto da foto que esta dentro do item 3. Obrigada.
[…] agregar as características de todos os países do Extremo Oriente (que compreendem parte da China, Japão, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Mongólia e Taiwan) sob o mesmo “pacote” e apagar as […]
Puxa, que maravilha. É um princípio de ordem muito bom que captaram e conseguiram incorporar na cultura. Assim como o conhecimento é algo espiritual e não material, captaram algo bom espiritualmente e ainda foram capazes de projetá-lo no meio material. O que é bom é belo, e o que é belo é bom.
Excelente!
Olá, tudo bem?
É inspirador, não é mesmo?!
Agradecemos a sua visita. Volte sempre!
– Equipe Archtrends Portobello
Olá Sandra, tudo bem com você?
A arquitetura japonesa é com certeza muito inspiradora, não é mesmo?
Que bom que você gostou!
– Equipe Archtrends Portobello
Olá!
Tudo bem?
Pedimos desculpas pela demora em lhe responder.
As fotos fazem parte de um banco de imagens e infelizmente não temos a informação para lhe repassar.
Continue nos acompanhando!
Abraços,
Equipe Archtrends