A trilogia da revista Vanity Fair dedicada à emergência do COVID-19
Vanity Fair é uma revista americana sobre cultura pop, moda e política, publicada pela editora Condé Nast Publications. A revista, existente desde 1983, já teve edições em quatro países europeus. Durante a emergência da Covid-19, a Vanity Fair italiana criou uma trilogia abordando o cenário atual da pandemia.
Na primeira edição da trilogia, dedicada à emergência da Covid-19, uma mensagem de Milão para a Itália e o mundo. Na segunda, uma celebração dos heróis envolvidos na linha de frente durante a luta contra a atual pandemia. Na terceira e última, um manifesto de apoio às empresas italianas, com opiniões do que seria necessário para superar a crise causada pelo vírus e questionamentos sobre como lidar com o cenário do mercado e da economia mundial.
A homenagem à Milão e à região da Lombardia – a mais afetada pela Covid-19 na Itália - transmite uma mensagem de união, patriotismo e força. Essa foi a ideia inicial da qual nasceu a primeira edição da trilogia Vanity Fair, unindo 64 diferentes rostos, famosos ou não, Fvode pessoas que remetem a uma cidade que enfrenta a emergência, como um apelo ao senso de dever para juntos enfrentarmos o desafio global do vírus.
Na capa da segunda edição está Caterina Conti, uma pneumologista de 39 anos, médica do hospital de Bergamo, envolvida na luta da linha de frente do combate à Covid-19. Uma mensagem de presença e compromisso humano que se torna um exemplo heroico.
A edição relata as batalhas diárias daqueles que lutam com uma emergência sem precedentes, emanando uma mensagem de esperança, força, coragem e acima de tudo gratidão para com os que estão lutando.
A terceira capa é uma obra criada exclusivamente para a Vanity Fair pelo artista italiano Francesco Vezzoli, retratando uma pintura tricolor, como a bandeira da Itália, com um corte central que representa uma ferida, uma rachadura. A obra é uma homenagem ao artista Lucio Fontana, conhecido pelos cortes nas suas telas. O trabalho será leiloado e os recursos serão doados para instituições de caridade.
O título escolhido é #L'Italiasiamonoi – a Itália somos nós – uma hashtag que evidencia a criatividade e a força italiana de se reinventar permitindo que o país se levantasse das piores situações históricas que já enfrentou.
Nesta edição as entrevistas foram com grandes nomes, como o ganhador do Prêmio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, que descreve sua nova visão do estado no mercado global de pós-vírus; o economista e ex-ministro Enrico Giovannini, que analisa a situação econômica italiana; o filósofo Silvano Petrosino, que fala do novo sentido do tempo; as estilistas Mariagrazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli, que escrevem duas cartas de reflexão sobre o futuro da moda; o presidente do Salone del Mobile, Claudio Luti, que fala diretamente com o governo; o diretor Luca Guadagnino, que analisa o mundo do cinema e o futuro do entretenimento; o compositor Tommaso Paradiso, que escreve sobre a importância de conhecer o passado para entender o amanhã; entre outros.
É um momento jamais vivido por todos nós, e o silêncio já não é mais aceito. A reflexão se faz necessária, a evolução humana também. O respeito ao próximo, a união da sociedade por um motivo em comum e o respeito, nunca foram tão requeridos. Assim como as revistas apresentadas acima, diversas empresas estão englobando a atual situação de alguma forma, com consciência e atenção ao período atual.
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