O Vakwerkhuis está se tornando um dos lugares mais populares na cidade de Delft, no sul da Holanda. A combinação infalível de um bom café, excelente espaço para trabalho, ambiente acolhedor, arquitetura sustentável e bom serviço ajudam a elevar o ranking de popularidade desse lugar incrível. O projeto foi elaborado pelo escritório holandês Vakwerk Architecten e surgiu a partir da transformação de um edifício histórico antes utilizado como casa de caldeira - onde se gerava energia elétrica para alimentar toda a região -, pertencente à universidade de Delft.
O projeto foi pensado de forma sustentável, reaproveitando muito do que já existia no local e reutilizando, por exemplo, materiais que eram descartes de outras construções. O projeto também une o antigo ao novo, respeitando a história do lugar, porém ressignificando-o.
O conceito por detrás do Vakwerkhuis vai além de ser apenas um lugar de trabalho. É um ambiente de comunidade e serviço, estendendo-se a todo o bairro. Não é apenas a sede do escritório de arquitetura Vakwerk Architecten, mas também o lar de muitos outros negócios criativos e inovadores. As mesas de coworking podem ser alugadas por um dia, semana, mês ou até ano(s), tornando-as acessíveis até mesmo para os alunos da universidade de Delft. Os espaços são alugados para corais, ministérios, escolas, iniciativas locais, e até para casamentos e aulas de ioga.
O edifício consiste em vários salões, que já abrigaram grandes máquinas e caldeiras industriais, e uma chaminé alta. O lado sul inclui uma antiga garagem, enquanto o norte está anexo à antiga residência do maquinista. Juntos, os volumes criam um complexo industrial funcional, mas inconfundivelmente charmoso.
Considerando o seu tempo de existência e resistência, o edifício já havia se provado como um elemento construído sustentável, mas ainda havia muito a melhorar. Com algumas intervenções, como novos pisos de concreto com sistema de aquecimento e refrigeração por bombas de calor, renovação de todos os caixilhos de madeira com vidros duplos e isolamento das estruturas icônicas da cobertura, a qualidade de isolamento térmico do edifício foi elevada aos padrões atuais.
A execução do projeto foi impulsionada pela circularidade; utilizando materiais e objetos que já estavam presentes no edifício e criando a extensão da treliça de madeira, os pisos de espinha de peixe e todos os acabamentos em carvalho a partir da compra de sobras de madeira descartada.
Onde o antigo e o novo se encontram, o vidro é usado como uma transição transparente entre os dois. Isso é visível na extensão do telhado, onde literalmente um amplo traço de vidro fica entre a base original de tijolos do edifício e a extensão de madeira.
A extensão em si é construída por treliças de madeira curvas reaproveitadas. A forma é ampliada no interior pelo uso de tábuas de madeira de carvalho colocadas horizontalmente e o uso de uma única superfície de carvalho como mesa, estendendo-se por todo o seu comprimento.
Já imaginou trabalhar em um lugar assim?
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