O que fazer em São Paulo em janeiro
1| Lina Bo Bardi no MAM
Ao longo de seus 75 anos de história, o MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo ocupou três diferentes espaços: o edifício dos Diários Associados na rua Sete de Abril, no Centro, adaptado pelo arquiteto Vilanova Artigas; uma parte do Pavilhão Ciccillo Matarazzo (também conhecido como Pavilhão da Bienal); e, finalmente, onde se estabeleceu desde 1969 até hoje, sob a marquise do Parque Ibirapuera. No início dos anos 1980, a instituição passou por uma reforma assinada pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi (1914-1992). É este o tema da exposição Lina Bo Bardi e o MAM no Parque, em cartaz na Biblioteca Paulo Mendes de Almeida do MAM. A mostra reflete sobre esta obra e seu legado, a exemplo da fachada de vidro, um elemento arquitetônico que transformou a relação do prédio com a natureza do entorno. Entre os artigos expostos, estão desenhos, plantas, fotos de maquete e outros documentos relacionados a este projeto de Lina, que foi seu último trabalho ligado ao universo museográfico.
Serviço
Período: até 28 de janeiro
Ingresso: R$ 15 (meia) e R$ 30 (inteira). Entrada gratuita aos domingos
Horários: terça a sábado, das 10h às 12h30 e das 13h30 às 18h; sábado, das 14h às 16h
Localização: Parque Ibirapuera, Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, portões 1 e 3, Vila Mariana
Dica: Outras exposições em cartaz no MAM também podem ser visitadas com o mesmo ingresso, a exemplo de Mãos: 35 anos da Mão Afro-Brasileira (até 3 de março) e Murilo Mendes, poeta crítico: o infinito íntimo (até 28 de janeiro).
2| Mobiliário modernista na Galeria Teo
Fundada em 2007, a loja Teo garimpa e comercializa mobiliário modernista brasileiro assinado por grandes nomes do design nacional. O local também funciona como galeria e recebe exposições. Ali, está em cartaz atualmente a exposição Celina Decorações: Público, Indústria e Madeira. Com peças originais, fotografias, ilustrações botânicas e exemplares das espécies de madeira utilizadas com matéria-prima dos móveis, o visitante é apresentado à trajetória da empresa Celina Decorações. Já extinta, a marca carioca dos anos 1970 ganhou notoriedade no país e no exterior graças às criações de design moderno com jacarandá-da-bahia, jacarandá-paulista e caviúna. A mostra tem curadoria da doutora em arquitetura e urbanismo Ethel Leon e do professor da FAU-USP Eduardo Costa, além de curadoria científica do botânico e professor do Instituto de Biociências da USP Gregório Ceccantini.
Serviço
Período: até 29 de fevereiro
Entrada gratuita
Horários: segunda à sexta, das 09h às 18h; sábado, das 10h às 14h
Localização: Rua João Moura, 1298, Pinheiros
3| Design do sertão, na Casa Gabriel
Da rusticidade do couro à delicadeza da porcelana. É tão vasta quanto bela a produção do designer pernambucano Fabio Melo, em cartaz na Casa Gabriel. Sob o título Sertão sobre Sertão: Narrativas Poéticas e Design Autoral, a mostra exibe dezenas de peças autorais e também algumas assinadas em colaboração com outros artistas nordestinos. São cadeiras, vasos, balanço, banco, mesas e uma porção de outros itens criados ao longo de sua carreira. Tudo ecoa memórias afetivas da infância vivida em Caruaru e o dia a dia dos sertanejos. Ao mesmo tempo, a obra ressignifica as referências culturais regionais ao misturá-las com aspectos contemporâneos. A exposição está organizada em quatro ambientes e é a primeira individual de Melo na capital paulista.
Serviço
Período: até 27 de janeiro
Entrada gratuita
Horários: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 15h
Localização: Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 2906, Jardim América
4| Um mar de rosas no Farol Santander
A exposição Rosas Brasileiras exala criatividade. Ela enaltece a presença da flor rosa tanto nas artes, como na vida cotidiana – e mostra como esta bela espécie permeia nossas vidas sem muitas vezes nos darmos conta. A planta está em músicas, na perfumaria, no artesanato, na indústria, nas estampas, nas casas, nas religiões, nas ruas… Tudo isso se escancara ao longo de dois andares no Farol Santander, onde estão reunidas 131 obras de arte e mais de mil objetos diversos que têm a rosa como protagonista. São telas, esculturas, poemas, fotos, vídeos, almofadas, luminárias, calendários, capas de discos, livros, louças, peças de roupas, entre diversos outros itens. Há ainda uma instalação de Vic Meirelles, com quatro mil rosas vivas de diversas cores, que ocupa o teto do 24° andar. Um dos curadores da exposição é o artista e colecionador Paulo von Poser, aficionado pelo tema há décadas.
Serviço
Período: até 18 de fevereiro
Ingressos: R$ 17,50 (meia) e R$ 35 (inteira)
Horários: terça a domingo, das 9h às 20h
Localização: Rua João Brícola, 24, Centro
Dica: O ingresso do Farol Santander dá direito a conhecer as demais exposições em cartaz no local, como O Mergulho, de Renata Adler. Construída pela artista carioca ao longo de dois anos, a mostra é uma grande instalação imersiva, onde ela convida o público a adentrar uma floresta composta por móbiles esculturais de madeira. Até 3 de março.
5| Arte e inteligência artificial no Centro Cultural Fiesp
Inteligência artificial, artes visuais e dados da cidade de São Paulo se misturam de maneira inovadora na mostra Metadata – O Mundo Invisível, em cartaz no Centro Cultural FIESP. O visitante é envolvido por um jogo de luzes e cores em movimento, projetadas em cinco telas. As imagens representam o tecido urbano da capital paulista: elas foram geradas por meio de inteligência artificial a partir de dados históricos e atuais da cidade, transformados em gráficos que parecem dançar no espaço tridimensional. Entre as estatísticas utilizadas estão números relacionados à ocupação social, trânsito, saúde, clima e mobilidade. A exposição tecnológica é assinada pelo Aya Studio, um estúdio de arte de novas mídias, fundado em 2019 por Felipe Sztutman e Antonio Curti, com foco em obras imersivas e participativas.
Serviço
Período: até 10 de março
Entrada gratuita
Horários: terça a domingo, das 10h às 20h
Localização: Av. Paulista, 1313, Bela Vista