Processo criativo: os objetos como habitantes da casa por Guilherme Wentz
A Portobello realiza lives no IGTV sobre assuntos interessantes para arquitetos, decoradores e para os clientes seus em assuntos voltados para essas áreas. Uma dessas transmissões foi o processo criativo nos tempos atuais, com foco na forma como os objetos habitam as casas.
Afinal, estamos ficando mais no lar e isso tem feito com que mais valor seja dado para as residências. Participaram desse bate papo, Pâmela Golin , gerente de produtos da Portobello, e o designer de produtos Guilherme Wentz , novo parceiro, que tem uma marca própria e autoral, de móveis, luminárias e objetos.
Como uma pandemia impacta o processo criativo de Guilherme Wentz
"A pandemia tem impactado no processo criativo dos profissionais", destaca Wentz. Além disso, ele acredita que um dos lados positivos de ficar mais tempo em casa é ter mais disponibilidade para focar, de fato, no trabalho.
Segundo ele, durante o dia a dia “normal”, como as pessoas perdem muito tempo com introduções, despedidas e conversas, tudo se torna ágil e assertivo com as conversações on-line.
O processo criativo da Wentz Design e o pós-pandemia
O processo criativo terá um reflexo no pós-pandemia , fazendo com que os processos se tornem um pouco mais lentos. Guilherme Wentz explica que há cerca de 8 anos, uma indústria moveleira cresceu muito no Brasil.
No entanto, o setor de móveis acabou criando um conceito semelhante ao da moda, quando a cada estação, novas coleções de roupas são lançadas. Esse foi um dos fatores que fez com que Wentz deixasse de trabalhar para outras empresas e criasse a sua própria marca. Dessa forma, para que ele pudesse focar nos projetos em seu tempo.
A pandemia fez com que os processos fossem desacelerados e Wentz acredita que, agora, as pessoas irão começar a pensar nos projetos mais em longo prazo. "Tudo deve ser mais afinado e o processo criativo mais valorizado, sem que as coisas precisem ser levadas na pressa, para logo serem comercializadas", explica.
Inclusive, a Portobello lançou uma coleção em parceria com Wentz e tudo foi feito com um processo criativo que teve o seu tempo para ser maturado.
Os objetos como habitantes da casa
Antes da pandemia, as casas eram vistas pelas pessoas como um lugar para relaxar e dormir. Toda a rotina era feita para o lar e, agora, nos tempos atuais, elas estão redescobrindo os espaços. O home office, por exemplo, se tornou uma necessidade. Assim, é preciso investir em móveis e espaços para que se possa trabalhar em casa.
Ele conta que nasceu em Caxias do Sul - RS, uma cidade que é muito conhecida por ser um polo da indústria metalomecânica automobilística. Por lá, tudo é muito urbano e, ao viajar e estar mais em contato com a natureza, esse estilo mais leve poderia ser incorporado ao dia a dia.
Wentz x mobiliário
No início da carreira como designer, Wentz não gostava muito de trabalhar com mobiliário. Ele tinha mais interesse em outras áreas, como a moda, que, de acordo com ele, consegue comunicar e fazer com que as pessoas expressem suas personalidades e estilos de vida.
Com o passar do tempo, ele começou a perceber que uma casa deve ser um refúgio da vida urbana. Assim, os móveis devem representar o seu estilo de vida e personalidades de seus proprietários, levando ideias da natureza para dentro de casa.
Ele destaca que existem alguns códigos que permitem trazer a natureza para o lar. Uma mata densa, por exemplo, traz sentimentos diferentes dos de uma praia deserta. Tais ideias podem ser trazidas para uma decoração, por meio de materiais, texturas, formas orgânicas, uma gravidade na composição dos desenhos etc.
Agora, porém, com as pessoas também trabalhado em casa, o lar não deve ser apenas relaxante, mas também estimulante. Guilherme Wentz conta que tem percebido que é necessário mesclar tudo em uma coisa só. O estilo de vida de cada um pode ser incorporado na forma de trabalhar, ficar com a família etc.
Isso proporciona uma olhar sobre os conceitos de mobiliário antigo, que tinha um conservadorismo que não expressava o que vivemos hoje. Isso não quer dizer que os móveis não podem ser duráveis, mas deve-se pensar mais na casualidade.
Os móveis desenvolvidos por Wentz buscam passar a sensação de calma e tranquilidade da natureza para dentro das casas. Esse é um dos principais conceitos da sua marca.
Parceria entre Guilherme Wentz e Portobello
O designer Guilherme Wentz e a Portobello estão desenvolvendo uma parceria. O processo criativo foi bastante desafiador para colocar o porcelanato em planos diferentes e utilizá-los nos móveis.
O profissional explica que o projeto está ficando muito interessante, pelo fato de que a Portobello tem uma cultura parecida com a de sua marca, tendo em vista que as visões se completam.
O porcelanato está evoluindo, com a criação das lastras e grandes formatos, por exemplo. Agora, os revestimentos são uma verdadeira matéria-prima, que resulta em resultados bem exclusivos.
A linha Planos inclui mesinhas de centro, por exemplo, como pode ser visto na imagem acima. Wentz explica que dentro do tampo principal há relevo, atendendo a estética e o funcional, já que podem ser objetos em diferentes níveis.
Essas peças se organizam por si só não tendo a necessidade de colocar acessórios como bandejas para deixar a mesa organizada, por exemplo.
Outro exemplo da linha Planos é um lavatório, mobiliário de banheiro, que tem uma bandeja em porcelanato que corta, criando um espaço em que pode ser usado para colocar objetos em volta da Cuba. É uma peça muito exclusiva.
As peças fabricadas por Guilherme Wentz estão disponibilizadas nos canais Portobello. Todas elas desenvolvidas com o mesmo processo criativo, que já é marca registrada do designer.
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