O Pavilhão Mies van der Rohe, projetado pelo arquiteto modernista, vem sendo palco de grandes debates sobre arte e arquitetura desde a sua criação em 1929, em Barcelona. Até hoje são feitas ali intervenções artísticas, eventos, exposições e workshops para visitantes e profissionais da área.
A Open House é uma revista sobre cultura e lifestyle que serve como guia para o público do setor criativo, como designers, arquitetos e fotógrafos, que buscam abrir seus lares e espaços privados para o público, compartilhando experiências e gerando debates e interações. Em maio deste ano, ela se juntou à empresa suíça de mobiliário USM para fazer uma nova intervenção no pavilhão durante três dias consecutivos.
A última intervenção que contei por aqui era sobre a desmaterialização do edifício: foram escondidos os principais materiais e texturas da obra, deixando-o totalmente branco e antagônico.
O evento “At home with Mies” foi o oposto disso por transformar o icônico pavilhão em uma casa habitável, com cama, sofá, armários, mesa, cadeiras, entre outros mobiliários, artigos de decoração e objetos pessoais.
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As famosas cadeiras Barcelona, desenhadas pelo arquiteto, foram mantidas e acompanhadas de mesas, tapete, cômoda, abajur e artigos de decoração. Para ter coerência com o movimento arquitetônico moderno, mobiliários da USM com estruturas metálicas minimalistas e toques de cores também foram escolhidos para decorar o espaço.
Um debate com grandes nomes do design e da arquitetura — como Sabine Marcelis, Alberto Campo Baeza e Jan Utzon — também fez parte do evento de intervenção no ambiente. Foram três dias completos, em que os visitantes podiam usar o espaço público, sentar, conversar com amigos, ouvir música e participar do debate sobre “os limites da casa, arquitetura, arte e design”.
Ao final do evento, um jantar exclusivo para 50 convidados foi organizado em uma grande mesa ao lado do espelho d'água fora do edifício. A noite terminou com um concerto de jazz.
A arquitetura de Mies van der Rohe sempre gerou muito debate e controvérsia, sendo classificada como fria e minimalista demais. Mas essa intervenção comprova que o pavilhão poderia, sim, ser habitável e transformado em um lar.
Os móveis se adaptam ao espaço modular e recebem muita luz natural por suas aberturas estratégicas e grandes painéis de vidro. Além disso, a intervenção mostra que a arquitetura é feita e pensada para pessoas, e que o toque pessoal do interior deixa o ambiente mais confortável, personalizado e convidativo.
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