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7 mitos e verdades sobre o porcelanato que você precisa conhecer

Mitos e verdades, porcelanato

Entre os mitos e verdades sobre porcelanato, existe a crença de que ele precisa ser brilhoso, o que não é um fato (Projeto: Portobello S.A.)

O porcelanato é um dos revestimentos queridinhos dos brasileiros. Afinal, é bonito, resistente, versátil e sustentável. No entanto, há diversos mitos e verdades sobre esse produto.

Para esclarecer as principais dúvidas, listamos alguns deles, que você pode acompanhar nos tópicos a seguir!

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1. Mitos e verdades: só é porcelanato se for brilhoso

Mitos e verdades, porcelanato brilhoso
Há diferentes tipos de acabamento para porcelanato que vão além do polido (Projeto: Daniele Franco / Foto: Felipe Araújo)

Mito. O porcelanato pode ter vários acabamentos superficiais. Basicamente, essa ideia vem dos primeiros revestimentos desse tipo comercializados no Brasil.

Quando surgiram no país, eles eram importados e só tinha essa opção. Com o passar do tempo, o produto começou a ser produzido por aqui seguindo duas tipologias: porcelanatos técnico e esmaltado.

O primeiro tem massa única, ou seja, o revestimento é todo da mesma cor. Já o segundo, como o nome sugere, recebe uma camada de esmalte em sua superfície.

De qualquer forma, não é o acabamento polido que vai definir se um produto é porcelanato ou não, mas sim a baixa absorção de água.

Atualmente, o Brasil conta com a NBR 13.818, que diz que para ser considerado um porcelanato técnico, tem que ter absorção de água máxima de 0,1%. Quanto aos esmaltados, podem chegar a 0,5%.

Além disso, é importante você saber que, nessas duas tipologias, dá para encontrar os três tipos de acabamento superficial: polido, natural e externo.

O polido é o acabamento com brilho. Já o natural proporciona um toque acetinado.

Por sua vez, o externo tem coeficiente de atrito maior para dar segurança em áreas externas. Isso é possível porque ele conta com relevo e granilhas na superfície que ajudam a evitar escorregamentos.

2. Mito ou verdade: quanto mais alto o PEI, melhor

Mitos e verdades, PEI
Como causava confusão, a classificação PEI foi substituída pela indicação de local de uso do porcelanato
(Projeto: Portobello S.A.)

Mito. PEI é a sigla para Porcelain Enamel Institute, que classifica a resistência da esmaltação das cerâmicas.

Ou seja, o porcelanato esmaltado pode ter essa classificação. No entanto, ela não existe no produto técnico, que não conta com esmalte na superfície.

O PEI é um dos mitos e verdades que causava uma enorme confusão na hora da compra, porque os clientes não entendiam para que ele servia.

Basicamente, é usado para classificar a resistência ao trânsito de pessoas e equipamentos. 

Isso quer dizer que um porcelanato com PEI 5 pode ser instalado em um lugar com alto tráfego. No entanto, para a utilização em paredes, é possível usar PEI 0 tranquilamente.

Porém, como esse conceito gerava muitas dúvidas, os fabricantes de cerâmica passaram a informar apenas o local de uso, não o PEI. 

Assim, fica mais fácil identificar o produto ideal para a sua obra.

3. Mitos e verdades: porcelanato risca

Mitos e verdades, porcelanato riscado
Atrito, como o causado pelos móveis, pode riscar o porcelanato (Projeto: Gebara e Filártiga Arquitetos)

Verdade. Entre os mitos e verdades a respeito do porcelanato, essa é uma questão frequente. Afinal, ninguém quer ter um piso riscado.

Mas a fricção de um material abrasivo sobre o revestimento causa riscos, que podem ser superficiais ou profundos.

Os superficiais tendem a sair facilmente com um produto de limpeza, como o saponáceo cremoso. Já os profundos causam danos irreversíveis.

Para identificar o que risca ou não, existe uma escala de dureza dos materiais, conhecida como Mohs. 

Ela vai de 1 a 10, em que 1 é o material mais mole na natureza e, 10, o mais duro. Respectivamente, o gesso e o diamante.

Para saber isso, são feitos testes. Basicamente, eles consistem em riscar um produto no outro para saber qual vai sofrer danos. O que for riscado recebe uma classificação inferior.

O porcelanato polido é classificado na escala Mohs entre 3 e 4. Já o porcelanato natural fica entre 6 e 7. 

Esta última é a mesma classificação da areia, muito comum nas regiões litorâneas. Portanto, o acabamento natural é o ideal para essas áreas.

Para evitar que o porcelanato risque, é fundamental manter o ambiente limpo, ter cuidado ao arrastar móveis e proteger os pés de cadeiras e mesas com feltro.

4. Mito ou verdade: porcelanato mancha

Mitos e verdades, porcelanato manchado
Porcelanato da Portobello recebe tratamento especial para se tornar resistente a manchas (Projeto: Portobello S.A.)

Depende. Quando o porcelanato é polido, são abertos pequenos poros que só podem ser vistos em microscópio. Entretanto, eles o tornam mais suscetível.

Para evitar manchas, todos os produtos da Portobello recebem uma camada impermeabilizante após a produção. Ela é à base d’água e uma das melhores do mercado.

Portanto, nossos porcelanatos não mancham. Porém, não é possível fazer essa afirmação para todas as marcas, pois cada uma conta com seu processo de fabricação.

Agora, todos os revestimentos precisam passar por testes de limpabilidade, que são regidos por normas. O documento ainda traz orientações quanto à resistência química e à absorção de água.

A classificação das manchas vai de 1 a 5. Nesse caso, a 5 é a mais fácil de limpar, enquanto a 1 não é possível remover. A normativa pede que o porcelanato tenha no máximo grau 3.

Alguns podem se perguntar como descobrir essa informação. No laudo de produto dos revestimentos Portobello, por exemplo, dá para encontrar essa nota segundo os agentes manchantes.

Para se ter uma ideia da vantagem de escolher aqueles com classificação 5, nesses casos é possível limpar usando somente água morna. 

Já na 4, é necessário usar detergente neutro, enquanto na 3 é preciso aplicar saponáceo cremoso ou algum produto com cloro ativo.

Contudo, em revestimentos de classe 2, é essencial utilizar um solvente. Agora, se o porcelanato se enquadra na 1, não é possível limpar.

Na Portobello, esses testes são bem rígidos, para garantir um produto de alta qualidade. 

Por isso, além dos agentes manchantes que estão na norma (óxido de cromo, óxido de ferro, iodo e óleo leve), também são usados outros cinco.

Assim, é possível impedir que o porcelanato manche com coisas que estão presentes na rotina das pessoas. São elas: café, pasta de sapato, rejunte, caneta de retroprojetor e martelo de borracha.

5. Mitos e verdades: é preciso comprar mais porcelanato do que se vai usar

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Comprar revestimento a mais é importante para substituir em caso de danos (Projeto: Mariana Maran)

Verdade. Para todo revestimento que você comprar para a obra, é necessário considerar uma sobra, a chamada reserva técnica. 

Isso porque podem acontecer quebras ou danos nas etapas de transporte, armazenamento, corte ou assentamento da cerâmica.

Sem falar que o produto que você escolheu pode sair de linha. No futuro, isso tende a se tornar um problema, caso precise substituir alguma peça.

Agora, em relação ao porcelanato, há uma diferença para outros tipos de cerâmica. Antigamente, era comum calcular cerca de 10% a mais sobre a metragem do ambiente.

No entanto, essa conta é válida para peças que tenham formato até 60x60 cm, principalmente quando falamos em uma paginação tradicional.

Hoje, com os grandes formatos do porcelanato e com as Lastras, esse número virou ficção. Sendo assim, o cálculo deve ser atualizado.

A dica para descobrir quanto a mais você vai precisar comprar começa por simular a paginação no espaço. Verifique a quantidade necessária de peças inteiras e recortadas.

Entenda se haverá reaproveitamento da parte recortada. Se não houver utilidade, ela deve contar como uma inteira. Só aí dá para ter a real ideia de quantas placas vai necessitar para o ambiente.

Para saber o quantitativo de peças sobressalentes que vai precisar comprar, converse com o vendedor da loja ou com o arquiteto responsável pelo projeto.

6. Mito ou verdade: para colar porcelanato preciso comprar argamassa AC3

Mitos e verdades, argamassa AC3
Argamassa mais em conta pode ser ideal para assentar porcelanato. É preciso conferir especificações (Projeto: Portobello S.A.)

Mito. A maioria das pessoas que trabalha com assentamento de piso escolhe a argamassa pela tipologia, que pode ser AC1, AC2 ou AC3.

Cada uma tem características diferentes, de acordo com a qualidade e o tempo que podem ficar abertas, entre outras especificações.

Entretanto, a escolha pelo tipo AC3 costuma gerar dúvidas por conta da colagem do porcelanato.

A verdade é que há produtos AC2, por exemplo, que são ideais para esse revestimento. Por isso, além de observar a tipologia, é importante considerar o local de uso.

Sendo assim, basta verificar as especificações do fabricante para entender se a argamassa AC2 pode ser utilizada no seu projeto.

Vale lembrar que a AC3 tende a ser mais cara, elevando o custo da obra. Então, o ideal é preferir produtos que custem menos e atendam perfeitamente às necessidades, proporcionando um melhor custo-benefício.

Se estiver na dúvida, procure uma loja especializada com todas as informações do seu projeto e peça ajuda a um profissional.

7. Mitos e verdades: juntas de piso e parede precisam estar alinhadas

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Alinhar ou não a junta do porcelanato é uma decisão puramente estética (Projeto: Gabriela de Matos)

Mito. Não existe uma regra sobre o alinhamento de juntas de piso e parede. A escolha vai depender da preferência de cada um e do que se considera esteticamente mais bonito.

Deixando um pouco de lado a questão dos mitos e verdades, aqui vão algumas dicas para os dois casos:

Na primeira situação, é importante observar o formato dos revestimentos. Na Portobello, por exemplo, há diversos calibres para um produto, o que facilita bastante.

Sendo assim, o ideal é encontrar opções que tenham o mesmo calibre, se você quiser fazer o alinhamento. Porém, se o acabamento for bold, não tem como alinhar as juntas.

Caso os produtos contenham calibres diferentes, um truque para disfarçar é começar a paginação no meio da peça. No entanto, isso vai desencontrar as juntas.

Agora que você já sabe quais são os principais mitos e verdades sobre o porcelanato, que tal se aventurar nos revestimentos para áreas externas? Descubra como renovar a fachada de casa!

Foto de destaque: Entre os mitos e verdades sobre porcelanato, existe a crença de que ele precisa ser brilhoso, o que não é um fato (Projeto: Portobello S.A.)

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