Jerusalém é uma das cidades mais antigas do mundo, repleta de história, cultura e espiritualidade. Por isso, é um destino emblemático e rico.
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Localizado em Israel, na região montanhosa da Judeia, entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Morto, esse é um lugar único.
Nas linhas a seguir, vamos explorar essa cidade em detalhes. Confira a localização, a história, a arquitetura e os pontos turísticos que fazem de Jerusalém um local de visita obrigatória!
Jerusalém é cidade sagrada em Israel
Situada no coração do Oriente Médio, Jerusalém ocupa uma posição estratégica no cruzamento de importantes rotas comerciais e culturais.
A cidade fica bem nas colinas da Judeia, a oeste do Mar Morto e a leste do Mar Mediterrâneo e de Tel Aviv.
Sua localização geográfica única a tornou um ponto de encontro de civilizações ao longo dos séculos, o que influenciou sua história e cultura.
A cidade está dividida entre a parte ocidental, controlada por Israel após a guerra árabe-israelense, e a oriental, que também é dominada por Israel, mas reivindicada pelos palestinos como sua capital.
Portanto, atualmente Jerusalém integra Israel, sendo a capital deste país. Entretanto, esse fato não é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e nem pela União Europeia.
A Jerusalém Oriental foi anexada ao território de Israel em 1980 por meio de uma lei. No entanto, países transferiram suas embaixadas para Tel Aviv, por considerarem essa ação ilegal.
Em 2017, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reconheceu Jerusalém como capital de Israel e levou a embaixada do país para lá.
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História de Jerusalém interliga acontecimentos no mundo
A história de Jerusalém é vasta e complexa, rica em acontecimentos que moldaram o mundo como o conhecemos hoje.
Desde os tempos antigos, a cidade é um centro espiritual, cultural e político para várias civilizações, o que também causa conflitos.
O território é considerado sagrado pelas chamadas religiões abraâmicas: judaísmo, islamismo e cristianismo.
Com mais de 850 mil habitantes, em termos religiosos, a predominância é de judeus (cerca de 64%). Contudo, há aproximadamente 32% de muçulmanos e 2% de cristãos.
Os primeiros registros históricos de Jerusalém remontam ao terceiro milênio a.C., quando era uma cidade habitada pelos cananeus.
Ao longo dos séculos, ela foi conquistada e governada por muitos impérios e povos. Isso inclui os hebreus, babilônios, persas, gregos, romanos, bizantinos, árabes, cruzados, otomanos e britânicos.
Ainda hoje, Jerusalém é disputada por Israel e Palestina.
Os marcos na história
Entre os momentos mais significativos da história de Jerusalém, destacam-se:
- reinado do Rei Davi;
- construção do Templo de Salomão;
- destruição do Primeiro Templo pelos babilônios, em 586 a.C;
- reconstrução do Segundo Templo;
- destruição do Segundo Templo pelos romanos, em 70 d.C;
- captura da cidade pelos muçulmanos árabes liderados por Omar Ibn Al-Khattab, em 638 d.C.
Na era moderna, Jerusalém esteve sob o domínio otomano por quase quatro séculos. Até que, no fim da Primeira Guerra Mundial, foi capturada pelas forças britânicas, em 1917.
No início da década de 1920, judeus britânicos começaram a migrar para Jerusalém, com o apoio do Reino Unido. Nesse período, a Palestina também era controlada pelos britânicos.
Contudo, a cidade foi dividida durante a Guerra da Independência de Israel, também conhecida como Guerra Árabe-Israelense, em 1948.
Nessa época, a parte oriental foi ocupada pela Jordânia, e a porção ocidental permaneceu sob controle israelense.
Por fim, em 1967, Israel reconquistou Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias, unificando a cidade sob a soberania israelense.
Entretanto, essa ação foi considerada ilegal pela ONU. Afinal, quase um terço da população de Jerusalém é palestina.
Arquitetura diversa e cheia de significado histórico e religioso
Quanto à arquitetura de Jerusalém, é um testemunho vivo de sua rica herança religiosa e cultural.
A cidade abriga uma mistura impressionante de estilos arquitetônicos, que refletem as influências das diversas civilizações que a governaram ao longo dos séculos.
Desde a época dos templos antigos até a arquitetura moderna, Jerusalém apresenta uma variedade de estilos, como romano, bizantino, islâmico, cruzado e otomano. Mas é possível explorar o toque moderno no bairro de Mamilla.
Tal como as diferenças arquitetônicas, a cidade também está dividida em várias áreas, cada qual com a sua própria atmosfera e comunidade.
Na Cidade Velha, por exemplo, há quatro bairros históricos: judeu, cristão, muçulmano e armênio. A região é um verdadeiro labirinto de vielas estreitas que levam a locais sagrados e mercados vibrantes.
Já nos bairros modernos de Jerusalém, é possível encontrar uma mistura de residências, comércios, instituições acadêmicas e do governo.
Conheça os destaques da arquitetura da cidade
Um dos destaques arquitetônicos é o Muro das Lamentações, um remanescente do Segundo Templo Judaico.
A Cúpula da Rocha — uma obra-prima islâmica do século VII, com sua cúpula dourada e seus mosaicos deslumbrantes — é um marco icônico da cidade.
Já a Igreja do Santo Sepulcro, construída no local onde se acredita ter sido crucificado, sepultado e ressuscitado Jesus Cristo, é uma importante atração religiosa e arquitetônica para os cristãos.
Pontos turísticos ajudam a contar a história de Jerusalém
Jerusalém oferece uma variedade de pontos turísticos que cativam a imaginação e a espiritualidade de seus visitantes.
Além dos locais sagrados já mencionados, existem outros lugares imperdíveis, como os que você confere na sequência.
Cidade Velha
Patrimônio Mundial da Unesco, é uma verdadeira janela para a história. Tem muralhas antigas, bairros distintos e ruas estreitas.
Como já mencionamos, isso inclui o Quarteirão Judeu, o Quarteirão Cristão, o Quarteirão Muçulmano e o Quarteirão Armênio. Mesmo assim, é uma região relativamente pequena.
No entanto, por lá é possível perceber todas as nuances das diferenças culturais e arquitetônicas dos povos que convivem em Jerusalém.
No Quarteirão Judeu, por exemplo, é onde ficam pontos importantes como:
- Sinagoga Hurva;
- Muro das Lamentações;
- Sardo (rua romana repleta de lojas e restaurantes).
Já no Quarteirão Cristão, o destaque fica para a Igreja do Santo Sepulcro, considerada sagrada pelo cristianismo. Há ainda muitas outras igrejas e capelas históricas.
É no Quarteirão Muçulmano que se encontram pontos como o Domo da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa. A região é cheia de vielas movimentadas, ideais para conhecer mais dessa cultura.
Por fim, o Quarteirão Armênio é conhecido por suas igrejas e seus mosteiros, além da rica herança cultural.
Museu de Israel
O museu conta com uma vasta coleção de obras de arte e artefatos históricos. Destaque também para a arquitetura, assinada pelos israelenses Alfred Mansfeld e Dora Gad.
O projeto foi concluído em 1965, trazendo aspectos modernistas e funcionalistas. Tem uma característica cúpula branca, além de áreas para exposições e espaços abertos.
Por causa da arquitetura distinta, tornou-se um ícone na paisagem de Jerusalém. Inclusive, é o lar do Templo do Livro, onde os famosos Manuscritos do Mar Morto são exibidos, como o pergaminho de Isaías.
Esse espaço é um marco arquitetônico que impressiona, com projeto de Frederick Kiesler. A construção é uma interpretação modernista de um rolo de pergaminho.
Por lá, é possível contemplar ainda a maquete de Jerusalém. Consiste em uma representação da antiga cidade, durante o período do Segundo Templo.
A maquete tem 20 m², mostrando os principais pontos daquela época, como o Templo Sagrado e o Muro das Lamentações.
Monte das Oliveiras
Também localizado na Cidade Velha, oferece vistas panorâmicas de Jerusalém e abriga locais sagrados, como a Igreja das Nações e o Jardim de Getsêmani.
Via Sacra
Também conhecida como Caminho da Cruz. Consiste em uma rota histórica que percorre as principais estações da Paixão de Cristo.
Ali, peregrinos recriam os passos de Jesus Cristo, em uma reflexão sobre os momentos de crucificação e ressurreição.
Monte Sião
É onde está a Tumba do Rei Davi, a Sala da Última Ceia e outras estruturas de importância religiosa.
Praça do Mercado (Souk)
Um vibrante mercado ao ar livre que oferece uma experiência sensorial única, com uma variedade de alimentos, especiarias, produtos e restaurantes. Animado e colorido, é ideal para mergulhar na cultura árabe.
Portobello leva parceiros para Jerusalém
De 1 a 7 de julho de 2023, o Coletivo Criativo Portobello viaja a Israel para conhecer a história, a cultura, a arquitetura e a culinária de Jerusalém e de Tel Aviv.
No total, 26 arquitetos, dois franqueados e o time da Portobello embarcam nessa viagem , que precisou ser adiada por causa da pandemia.
Agora, os participantes vão aproveitar uma semana de imersão pelos principais pontos turísticos de Israel.
Os escolhidos fazem parte do programa Portobello+arquitetura e foram selecionados para participar desse projeto de inovação aberta da marca.
Além da experiência da viagem, os profissionais terão a oportunidade de cocriar um novo produto inspirado em Israel.
Dessa maneira, a Portobello consegue se manter inovadora, trazendo novos olhares e estilos para seu portfólio.
Quer saber mais a respeito dessa iniciativa e descobrir como vai ser a viagem dos parceiros? Saiba tudo sobre o Coletivo Criativo Israel!