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4 projetos de arquitetura esportiva que marcaram a história

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05.12.2017
A Arquitetura Esportiva está mais próxima dos espaços cotidianos do que imaginamos. Quer saber o porquê? Confira!
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Durante os últimos anos foi possível acompanhar a evolução dos grandes eventos esportivos, como os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno, o Super Bowl, a Copa do Mundo, além de outros campeonatos também valiosos com menores dimensões, campeonatos de MMA, de voleibol, de basquete, entre tantos outros.

Cada evento passa a ser uma produção milionária. A marca da esportiva dos Jogos Olímpicos de Verão, por exemplo, é a segunda mais valiosa do mundo e supera US$ 366 milhões, ficando atrás somente do Super Bowl, com marca avaliada em US$ 630 milhões. Os dados retirados da Forbes servem apenas para ilustrar a importância e a relevância que as modalidades esportivas vêm ganhando.

Sem dúvida, o crescimento dos investimentos na área e toda a organização dos eventos requer uma infraestrutura totalmente preparada para acomodar torcedores, usuários, atletas, times e equipes de cobertura.

É nesse cenário que a arquitetura esportiva chega como fator decisivo para que os edifícios e instalações desempenhem as funções básicas e ainda assegurem a melhor performance para os atletas e o melhor espetáculo para quem acompanha.

Neste post, vamos falar um pouco sobre o que é arquitetura esportiva, suas aplicações e, no final, elegemos os projetos que mais se destacam dentro da temática. Não deixe de conferir!

O que é arquitetura esportiva?

É o tipo de arquitetura que empenha-se em propor projetos especializados para espaços de prática esportiva. Apesar de os grandes projetos serem, normalmente, de locais restritos à prática de esporte de alto rendimento, os conceitos desse estilo são aplicados nos locais mais comuns, como áreas de lazer de condomínios e prédios, escolas, academias e clubes.

O que antes era construído com bases simples e racionais, tornou-se uma solução incrível para garantir espaços multiuso, conforto, segurança e até mesmo trazer renda para os clubes e proprietários.

Hoje, esses estádios e centros esportivos são muito visados para a realização de shows, festivais e outros eventos culturais, sem contar com a presença de museus e exposições permanentes ou temporárias, o que garante rendas extras que possibilitam o alto investimento na estrutura.

A ideia principal é aplicar a arquitetura e uni-la às técnicas esportivas, que não deixam a obra passar despercebida. Por isso, nos estádios mais modernos, por exemplo, os valores são voltados para características estéticas fantásticas, dando devido valor às melhores práticas em termos de sustentabilidade e uso de energias limpas.

Novas técnicas de iluminação estão sendo desenvolvidas para aliar a iluminação natural aos potentes recursos utilizados em eventos noturnos. A iluminação tem papel imprescindível para quem acompanha o evento, considerando que baixa iluminação e espaços de sombra interferem na performance dos atletas, na visualização de quem está dentro do centro e de quem acompanha por transmissões televisivas.

Além disso, é impossível esquecer que as construções são desenvolvidas para oferecer tudo que o atleta precisar, desde os momentos de preparação, antes da competição, até a fase de recuperação e deslocamento no próprio local.

Quais são os 4 projetos de destaque nesse tipo de arquitetura?

1. Estádio Matmut-Atlantique

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Estádio Matmut-Atlantique

Projetado pelo escritório suíço Herzog & de Meuron, o primeiro projeto da lista está localizado na cidade francesa de Bordeaux e é, sem dúvida, uma das construções mais impressionantes do mundo esportivo.

A construção foi eleita o segundo melhor estádio em 2015 — ano em que a obra foi finalizada — pelos visitantes e arquitetos especializados da plataforma StadiumDB, maior database de estádios.

A estética leve, aberta e elegante encanta, enquanto as 900 mil colunas de aço branco, que sustentam parte da estrutura, surpreendem quem passa pelo local. Além disso, o edifício tem capacidade para 42 mil pessoas e é multifuncional, capaz de receber eventos esportivos e grandes espetáculos culturais.

A forma geométrica, o design simples e clean, sem contar com a disposição dos espaços, garantem excelente visualização e fluxo dos espectadores, e isso é apenas um dos conceitos-chave para a obra. Além da acessibilidade, o projeto inspira inovação, modernidade, integração com o meio externo, sustentabilidade e vibração.

2. Estádio de Wembley

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Estádio Wembley

O famoso estádio londrino foi reinventado para receber um maior número de pessoas e conseguir sediar outros tipos de eventos.

O estádio original foi inaugurado em 1923 e até 2000 foi palco de eventos de extrema importância para o futebol mundial e para o cenário cultural, recebendo os shows de Michael Jackson, U2, Genesis e The Rolling Stones, por exemplo.

A estrutura antiga foi demolida em 2002 e o novo Wembley foi construído no mesmo local, herdando o nome e todo o prestígio. O escritório Foster + Partners, sediado em Londres, foi responsável pela proposta.

Considerada a maior arena coberta do mundo, o projeto foi feito para garantir a melhor experiência para o espectador. Além do número impressionante de banheiros — são 2618 ao todo —, os espaços foram projetados com o princípio básico de conforto, as dimensões entre as cadeiras asseguram melhor visualização do campo e comodidade para as pernas. Já a acústica impecável e a proximidade com o campo possibilitam uma sensação intimista com o evento.

O alto padrão fez com que o estádio conseguisse 4 estrelas da UEFA (Union of European Football Associations) — regulamentação da organização europeia que classifica a infraestrutura dos estádios.

Baseado nas antigas linhas, o perfil sustentável, moderno e funcional também é percebido no enorme arco de aço suspenso que ampara boa parte da cobertura retrátil e que virou o novo símbolo do espaço.

3. Estádio Sonora

Arquitetura esportiva
Estádio Sonora

Localizado em Hermosillo, o estádio foi projetado com parâmetros internacionais de alto nível para construções de arenas de beisebol, desde os materiais de construção básicos, como cascalho, areia, grama e sistemas de esgoto e irrigação, até assentos e aparelhos tecnológicos.

A arena mexicana, elaborada pela empresa mexicana 3Arquitectura, ainda se destaca pelo belíssimo projeto paisagístico e arquitetônico, reconhecidos pelo Prêmio ArchDaily Building of the Year 2017, que conferiu à obra o primeiro lugar na categoria Arquitetura Desportiva.

O desenho envolvente e as cores vibrantes da cobertura, dos assentos e até mesmo das plantas na parte externa distinguem a construção em meio à paisagem e até mesmo entre outros estádios voltadas para o mesmo esporte.

Por estar dentro de uma reserva ambiental, o projeto foi pensado para que todos os aspectos fossem condizentes com a natureza e com as práticas sustentáveis mais inovadores.

4. Estádio Al-Wakrah

Reconhecida como uma das arquitetas mais famosas do mundo, Zaha Hadid e seu escritório estiveram à frente do projeto.

O estádio está entre um dos empreendimentos pensados especialmente para a Copa do Mundo do Qatar, que acontecerá em 2022. A promessa dos organizadores é que o evento será um dos mais modernos e luxuosos dos últimos tempos e que o calor da região não será um problema.

Apesar de inúmeras controvérsias e polêmicas, os traços exploram aspectos culturais do país e da cidade Al Wakrah, especialmente acerca do hábito de pesca, do barco tradicional, dhow,e do comércio de pérolas.

Combinado com a tecnologia, o estádio, ainda em fase de obras, conseguirá abrigar mais de 40 mil pessoas durante o evento (depois parte da arquibancada poderá ser removida e o espaço abrigará 20 mil espectadores) e funcionará 365 dias por ano, dando espaço para SPAs, shoppings, centro aquático e outras instalações.

O design fluido da área externa estampa parte da modernidade e do contexto atual de crescimento pelo qual a cidade está passando.

Em relação à temperatura, as soluções encontradas para garantir o conforto dos atletas e dos visitantes foi adaptar a vedação da lateral do estádio, fazendo com que houvesse ventilação natural por meio dos tradicionais muxarabis (que são pequenos recortes em paredes e divisórias para garantir a passagem do ar) e o design da estrutura permite áreas de sombra na área externa da construção.

Outros recursos tecnológicos para climatizar o ambiente interno são prometidos pelo comitê organizador, mas ainda não foram apresentados de fato. A ideia é desenvolver sistemas de ar-condicionado para mudar a temperatura, que pode chegar aos 50 ºC, para 23 ºC.

Existem outros bons exemplos de estádios e centros esportivos no mundo, inclusive no Brasil. O Mineirão, o Maracanã, a Arena Pernambuco e o Mané Garrincha são ótimos exemplos de estádios modernos feitos, ou renovados, especialmente para a Copa do Mundo de 2014. Todos garantem uma pegada ecológica e sustentável, além de infraestrutura melhor desenvolvida para receber eventos esportivos e culturais.

O que achou da temática? No Brasil, a área tem grande potencial de crescimento e merece atenção dos arquitetos! Compartilhe o post em suas redes sociais!

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