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6 passos para garantir a acessibilidade na arquitetura

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12.06.2017
Quer deixar o seu projeto mais acessível e inclusivo? Não deixe de ler nosso post sobre acessibilidade na arquitetura. Fique por dentro!
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A acessibilidade é a qualidade do que se faz acessível e alcançável. Na arquitetura, significa a busca pela projeção de espaços capazes de atender a todas as demandas possíveis, sem negligenciar questões estéticas e conceituais.

O desenvolvimento do projeto, a escolha dos revestimentos e o uso de dispositivos e acessórios são aspectos que, hoje, ganham muito mais importância para garantir a acessibilidade, a segurança e a autonomia em residências e em edifícios comerciais.

Calçada de espaços comerciais com revestimento para pessoas com deficiência visual (Linha Mineral Técnica, da Portobello)

Apesar da importância da acessibilidade na arquitetura, muitos projetos ainda aplicam suas medidas de forma pontual, resultando em espaços não inclusivos e sem planejamento amplo. Por isso, separamos as melhores práticas para um projeto acessível. Confira mais no post!

O Desenho Universal

A busca por ambientes responsivos e adaptados não é um tema novo. A demanda por projetos acessíveis começou depois da Segunda Guerra Mundial, quando as edificações começaram a apresentar “barreiras” para a população e, na reconstrução de prédios públicos, foram propostas estruturas mais inclusivas.

Seguindo essa corrente e a Revolução Industrial, foi criado nos Estados Unidos o Desenho Livre de Barreiras, mais tarde conhecido como Desenho Universal. O conceito foi desenvolvido com base nas reivindicações de deficientes, que não se sentiam contemplados pelas estruturas e políticas públicas, e por um grupo de arquitetos, designers e engenheiros, que queriam democratizar o acesso e o uso dos espaços.

Essa corrente chegou no Brasil alguns anos depois, mais precisamente em meados da década de 1980, e resultou em novas medidas e leis para incorporar o tema ao cotidiano e estabelecer normas, além de novas ações da própria população.

O Desenho Universal contempla sete princípios: uso equitativo, flexibilidade no uso, uso simples e intuitivo, informação perceptível, tolerância ao erro, baixo esforço físico e tamanho e espaço para aproximação e uso.

acessibilidade na arquitetura

Legislação e medidas públicas sobre acessibilidade na arquitetura

A NBR 500, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), foi a primeira medida tomada por órgãos oficiais que reitera a garantia da acessibilidade. A Constituição Federal de 1988 também se refere ao direito, mas não chega a cobrar ações para tal.

As primeiras leis foram criadas em 2000 e se tornaram passíveis de cobrança apenas em 2005.

A proposta é difundir o conceito de Desenho Universal e estabelecer uma abordagem mais ampla, não restringindo apenas aos deficientes físicos, mas considerando quem tem dificuldades de locomoção, gestantes, idosos e obesos, garantindo o direito constitucional à acessibilidade.

Como é um projeto acessível?

O conceito de acessibilidade na arquitetura é aplicado diretamente na projeção dos espaços, na escolha inteligente dos revestimentos e na seleção precisa dos melhores dispositivos e ferramentas, como suportes, barras, utensílios domésticos, itens de decoração, artigos de sinalização, entre outros. Tudo isso em espaços públicos e privados.

O espaço deve se adaptar aos usuários, pois o movimento contrário, em que o usuário se ajusta, é incompatível com a proposta de inclusão e democratização.

Além disso, o campo da arquitetura deve lidar com todas as variáveis da população, ou seja, as orientações para os projetos ultrapassam o que é adequado apenas a deficientes e idosos, mas deve suprir as necessidades de todos, considerando fases e possíveis situações (período de crescimento das crianças e circunstâncias provisórias de fraturas, por exemplo).

Selecionamos 6 passos que asseguram a acessibilidade em qualquer projeto. Confira:

1. Traços na medida

O dimensionamento de toda a construção ou ambiente deve ser o primeiro fator considerado pelos arquitetos. De fato, é um dos critérios mais importantes, tendo em vista que facilita (ou dificulta) a adaptação do ambiente e a mobilidade.

Resumidamente, a arquitetura inclusiva deve oferecer circulação de largura mínima de 90 cm e altura de 2,10 m, além de vãos de porta de no mínimo 80 cm e diâmetro de 1,50 m para manobras de cadeiras de rodas em 360º em qualquer ambiente. Para conversões de 90º, os corredores devem ter 1,20 m de largura.

acessibilidade na arquitetura

2. Acessos funcionais e inclusivos

Para adaptar a construção às pessoas com mobilidade reduzida, o primeiro passo é garantir que o piso não terá irregularidades ou degraus que impeçam o acesso a qualquer lugar.

Rampas, plataformas e elevadores facilitam a locomoção dentro e fora das estruturas, mas devem estar disponíveis todo o tempo e não podem exigir um deslocamento ou afastamento dos outros acessos. A passagem deve ser, também, uma rota de fuga próxima a todas as áreas, sem dificultar a saída.

acessibilidade na arquitetura

No caso de rampas, a inclinação deve ser pequena, com largura mínima de 1,20 m, piso resistente ao escorregamento, patamares no início e no final, além de corrimão duplo para apoio e suporte.

3. Escolha correta dos revestimentos

O arquiteto e o decorador têm papel fundamental na escolha dos acabamentos finais. Um bom projeto garante que os pisos tenham uma textura minimamente abrasiva e resistente ao escorregamento, por isso, evite pisos polidos e de pedras.

Aposte em pisos naturais ou rústicos, mais resistentes, com rejunte menor e mais práticos de limpar. Não se esqueça da instalação de sinalizações táteis nos pisos, principalmente nas calçadas e no interior de edifícios comerciais.

4. Atenção às instalações elétricas e hidráulicas

Fios desencapados e soltos, falta de iluminação, tomadas e pontos de eletricidade muito baixos (ou muito altos), torneiras difíceis de manusear e pias e vasos em alturas inadequadas são alguns dos problemas mais comuns.

As principais orientações para engenheiros e arquitetos são: as tomadas devem ficar a 45 cm do chão e os interruptores a, no mínimo, 90 cm do chão. Já as bancadas com torneiras devem estar a 85 cm do piso, em média. A instalação de pias e vasos no banheiro deve ser acompanhada de suportes e barras de apoio em qualquer construção.

Valorize a iluminação natural, evite o escurecimento total do lugar e selecione lâmpadas e luminárias difusas e não ofuscantes. Não se esqueça de garantir também iluminação em caso de emergências.

5. Escolha dos móveis, artigos de sinalização e de decoração

O ambiente acessível pode contar com vários detalhes e adornos para deixá-lo charmoso e único.

Entretanto, cada escolha deve ser muito bem avaliada. Tapetes, por exemplo, são itens incríveis, que fazem diferença na decoração. Mas são pouco práticos e dificultam a mobilidade por serem soltos, apresentarem uma diferença em relação ao piso e, muitas vezes, impedirem a movimentação de rodinhas.

Os objetos mais leves e soltos são perigosos por serem facilmente manuseados e pouco estáveis. Os artigos mais indicados são aqueles que possuem cores e texturas diferenciadas, que contrastem com o piso e mobiliário. O estilo industrial e o minimalista se encaixam muito bem aqui!

6. Invista na tecnologia e na automação

A tecnologia é um fator que veio para auxiliar a vida cotidiana, e o ramo de automação, além de cada vez mais comum, oferece instrumentos que deixam os ambientes mais acessíveis e confortáveis.

Esses aparelhos promovem a segurança e a autonomia dos usuários, por meio do uso da voz, da biometria, de telas e de painéis que facilitam o controle de iluminação, de climatização, o movimento de portas e janelas, entre outros.

Percebeu como a acessibilidade na arquitetura depende de poucos ajustes? A proposta é facilitar e possibilitar o uso dos espaços por todos!

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  1. Oi, bom dia!! Gosto muito do porcelanato Carrara. Gosto tanto que não consigo me decidir qual área usar... Gostaria de receber orientações sobre uso nas áreas relacionadas.
    Sala, cozinha, quartos e banheiros!
    Sei que para ampliar ambiente é ideal usar mesmo piso para continuidade... Mas usar mesmo piso em todos os ambientes?? Rsrs
    Então, se usar mesmo em todos os ambientes ficará bonito e estará dentro das atualidades das tendências? Não tenho como pagar para um designer ou arquiteto fazer projeto. Desde já agradeço atenção.

  2. Olá Josi, tudo bem?

    Convidamos você a clicar aqui e conferir várias dicas que vão lhe auxilar nesta escolha!

    Agradecemos a sua visita!

    - Equipe Portobello SA



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