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Arquitetura Efêmera: já ouviu falar?

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03.11.2017
Manifestada de diversas maneiras, essa arquitetura tem tempo determinado para existir no espaço em que está inserida. Conheça abaixo alguns exemplos!
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Projetar uma arquitetura efêmera não é apenas desenhar algo temporário. Significa contar uma história, levar adiante um conceito abstrato, criar experiências por meio de aspectos construtivos e comunicação. E os projetos devem ser muito bem-pensados para gerar impacto no pouco de tempo que permanecerão disponíveis.

Alguns exemplos de arquitetura efêmera são: design de stands, vitrines, animações promocionais, pop-up stores, design de exposições ou até mesmo um cenário montado para um desfile de moda. Ou seja, todo e qualquer ambiente projetado para permanecer por um curto período de tempo, independentemente do objetivo: expor obras de um artista, vender um produto de edição limitada ou promover uma marca.

Ainda não está muito claro? Veja nossos exemplos abaixo!

Dior – Spring Summer 2018

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Espaço interno do desfile, por onde passavam as modelos. (Foto: reprodução do site da Dior)

Para acompanhar o desfile de primavera/verão 2018, a Dior criou um cenário espetacular. O desfile teve como inspiração os contos de fada, ambientes onde se encontram tesouros, dragões, magos e princesas.

Assim, no meio do jardim do Museu Rodin, em Paris, foi arquitetada uma gruta com o interior coberto por pedaços de espelhos, formando um mosaico de reflexos. Pessoalmente, achei um pouco inspirado em Gaudí (para saber mais sobre ele e suas obras, acesse a matéria Os mistérios da arquitetura de Gaudí em Barcelona).

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Os assentos para os convidados sentarem eram contínuos e integrados ao espaço. (Foto: reprodução do site da Dior)

 

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Detalhe do mosaico de vidro nas parede e coluna. (Foto: reprodução do site da Dior)

Leonardiana

Um projeto que combina história, arte e arquitetura antiga com tecnologias multimídia e estruturas simples. Esta é uma exposição localizada no Castelo de Vigevano, na Itália, com parte de seu interior dedicado a Leonardo da Vinci.

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Painéis interativos possibilitam que os visitantes vejam a obra em zoom. (Foto: Andrea Martiradonna / BAMSphoto-Rodella / reprodução do site do estúdio Migliore e Servetto)

A exposição principal, chamada "Leonardiana", foi projetada pelo estúdio italiano Migliore+Servetto Architects, que usou sistemas multimídia e iluminação avançada, criando storytelling por meio de música, reprodução de sketches, pesquisas científicas e sistemas interativos.

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Estruturas metálicas criam ambientes para expor as obras. (Foto: Andrea Martiradonna / BAMSphoto-Rodella / reprodução do site do estúdio Migliore e Servetto)

 

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Paredes soltas e expositores negros fazem contraste com a arquitetura de interiores antiga. (Foto: Andrea Martiradonna / BAMSphoto-Rodella / reprodução do site do estúdio Migliore e Servetto)

 

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Diferentes formatos de elementos multimídia. (Foto: Andrea Martiradonna / BAMSphoto-Rodella / reprodução do site do estúdio Migliore e Servetto)

Um cenário expõe a mescla entre a arte original e a réplica narrativa em multimídia.

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Detalhe de mais uma parte multimídia da exposição. (Foto: Andrea Martiradonna / BAMSphoto-Rodella / reprodução do site do estúdio Migliore e Servetto)

Microsoft Home

Especialista em design de stands, o estúdio Mauk Design projetou para a empresa Microsoft um espaço a fim de demonstrar a variedade de tecnologias que contribuem para a integração eletrônica de uma casa.

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Espaço principal do stand. (Foto: reprodução do site do estúdio Mauk Design)

O conceito simples, porém muito bem-elaborado, foi literalmente mostrar todo esse sistema dentro de uma casa. E, para o projeto se tornar mais interessante e menos clichê, o designer escolheu códigos de uma casa (como cercado, telhado, porta), expondo-os de uma forma desconstruída e com um toque de humor.

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Detalhe da varanda do stand. (Foto: reprodução do site do estúdio Mauk Design)

 

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Espaço da releitura de um deck e jardim. (Foto: reprodução do site do estúdio Mauk Design)

 

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Segunda fachada do stand. (Foto: reprodução do site do estúdio Mauk Design)

Hermès Souffle

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Vitrine da loja Hermés diretamente para a rua. (Foto: reprodução do site do escritório de arquitetura Tokujin).

Uma simples vitrine com apenas dois elementos: o produto e um vídeo. Porém, muito mais que uma simples disposição, essa instalação de Tokujin Yoshioka, especialmente criada para esse lançamento da Hermès, foi além do esperado. O vídeo cria uma falsa interação com o lenço, causando movimento dentro da vitrine.

COS pop-up store

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Estrutura principal para expor as roupas. (Foto: Owen Richards / reprodução do site do estúdio Bonsoir Paris)

Apenas durante o Design Week de Milão, a marca de roupas Sueca COS abriu uma pop-up store projetada pelo estúdio francês Bonsoir Paris. Com o mesmo conceito da marca, o espaço foi desenhado com um “look&feel” simples, funcional e minimalista.

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Detalhe da exposição de uma roupa. (Foto: Owen Richards / reprodução do site do estúdio Bonsoir Paris)

Módulos de encaixes e tubos formavam os expositores no meio de um espaço vazio e sóbrio, dando ênfase apenas às peças de roupas.

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Conexão entre as estruturas. (Foto: Owen Richards / reprodução do site do estúdio Bonsoir Paris)

Conceitos abstratos, elementos gráficos, instalações multimídia, cenários e decorações geram conteúdo para que a arquitetura efêmera se torne algo que as pessoas possam contemplar e experimentar. São projetos de um nível criativo alto que, por um curto espaço de tempo, têm que causar impacto para que você os guarde sempre em sua memória

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Bárbara Cassou
Colunista
Correspondente internacional

Bárbara Cassou, correspondente internacional Portobello em Barcelona Arquiteta e designer, mestre em Retail Design...

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