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5 programas para fazer em São Paulo em abril

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29.03.2019
O mês começa com a grande feira SP-Arte, que deve atrair profissionais de arquitetura de todo o Brasil. Aproveite também para conhecer os trabalhos de dois grandes arquitetos modernos, visitar mostra de decoração e curtir um bar inusitado.
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1 SP-Arte

O maior festival de arte da América Latina acontece de 4 a 7 de abril no Pavilhão da Bienal. Esta é a 15ª edição da SP-Arte, que se consolidou como principal vitrine para as galerias de arte brasileiras, além de trazer importantes galerias internacionais, como a americana David Zwirner e a inglesa Lisson Gallery. Mas ainda que a arte seja tema de interesse aos profissionais de arquitetura, a feira também trata diretamente de decoração.

O terceiro andar da Bienal traz o setor de design, com expositores de design colecionável, como Etel, Hugo França, Ana Neute para Itens e Loja Teo. Destaque para os arquitetos que vão mostrar suas criações de mobiliário: Dado Castello Branco, Pascali Semerdjian Arquitetos, Paulo Mendes da Rocha, Lia Siqueira e Triptyque. Ainda, não deixe de conferir os Bancos Indígenas do Xingu, peças tradicionais da cultura brasileira.

Uma das peças expostas no SP-Arte

Também acontece na SP-Arte a exposição Prêmio Casa Vogue Design, que reúne os vencedores de 11 categorias, eleitos por um júri técnico como os melhores da produção nacional do último ano. A série Ícaro, design de Jader Almeida para a Officina Portobello, foi escolhida na categoria louças e metais.

Se a SP-Arte ainda não estiver no seu calendário anual de eventos, não deixe de inserir. A feira é um ótimo termômetro de tendências de arte e design. Além disso, é sempre uma experiência incrível passear pela Bienal, arquitetura de Oscar Niemeyer no Parque Ibirapuera. Vale almoçar no Santinho, restaurante pop up que a chef Morena Leite monta no local.

Serviço

Período: 3 a 7 de abril

Horários: quarta, preview para convidados; quinta a sábado, das 13h às 21h; domingo das 11h às 19h

Localização: Pavilhão da Bienal, Parque Ibirapuera, portão 3, Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n

Entrada: R$ 50 (meia R$ 20 para estudantes, portadores de deficiência e idosos com mais de 60 anos)

Dicas: Estacionamento no parque com Zona Azul. Vale ir de uber, porém na saída pode ser difícil conseguir um carro. Há ponto de táxi no local.

2 Casa Vilanova Artigas

A segunda residência de Vilanova Artigas é a principal casa construída pelo arquiteto João Batista Vilanova Artigas (1915-1985) para a sua família, em 1949, no Campo Belo, em São Paulo. Importante obra do modernismo brasileiro, é relacionada ao racionalismo de Le Corbusier. Foi palco de importantes discussões intelectuais e hoje é patrimônio histórico. Artigas foi um dos fundadores da Escola Paulista de arquitetura, caracterizada pela brutalismo. É autor de projetos como o Estádio do Morumbi e a FAU-USP.

Em março, a casa abriu suas portas como um novo centro cultural. O ICVA – Instituto Casa Vilanova Artigas tem como objetivo a valorização da arquitetura, do patrimônio histórico, do design e da arte. Receberá exposições de temas variados, mas principalmente sobre a vida e obra de Artigas, como a primeira Artigas: A Casa como Cidade.

Independente da exposição, vale visitar a casa para conhecer esse ícone da arquitetura paulista, até então fechado ao público – foi residência de Júlio Artigas, filho do arquiteto, até 2016. A restauração tem projeto de Talita de Nardo, que foi aluna de Júlio, e preserva a arquitetura original da casa, como o telhado em formato de borboleta.

O ICVA ainda terá um café no pátio, projeto original de paisagismo de Burle Marx, reeditado por Luis Carlos Orsini. O cardápio é inspirado em arquitetos modernistas brasileiros e inclui tábuas de frios e embutidos, as preferidas do boêmio Artigas.

Segunda-Residência-de-Vilanova-Artigas (Foto-Giulia-Granchi_creative-commons)

Serviço

Horários: quarta a sábado, das 10h às 18; segunda e terça, grupos previamente agendados e eventos fechados

Localização: Rua Barão de Jaceguai, 1151, Campo Belo

Entrada: gratuita

Dicas: Vá de uber. O Campo Belo é um bairro residencial e afastado do centro, mas a casa de Artigas vale a viagem. Para agendar uma visita guiada, escreva para [email protected].

3 Oscar Niemeyer no Instituto Tomie Ohtake

Após percorrer Rio de Janeiro e Brasília, Oscar Niemeyer (1907-2012) – Territórios de Criação chega a São Paulo. É uma exposição imperdível, por tratar da obra do maior arquiteto da história do Brasil. Ainda, é uma boa chance para visitar o Instituto Tomie Ohtake, projeto de Ruy Ohtake, arquiteto pós-moderno, influenciado pelo modernismo de Niemeyer.

A exposição traz peças raras, como um conjunto inédito de desenhos. Além dos projetos de arquitetura, reúne também pinturas, esculturas e peças de mobiliário.

A ideia é mostrar como Niemeyer foi influente na cultura brasileira do século 20. Por isso, há obras de grandes nomes que trabalharam com o arquiteto, como Joaquim Tenreiro (1906-1992), Alfredo Volpi (1896-1988), Athos Bulcão (1918-2008), Candido Portinari (1903-1962), Roberto Burle Marx (1909-1994) e a própria Tomie Ohtake (1913-2015), que dá nome ao instituto. Assim ficam visíveis os diálogos artísticos entre Niemeyer e seus contemporâneos.

Oscar Niemeyer, Pampulha, 2004-2007

Serviço

Período: 3 de abril a 19 de maio

Horário: terça a domingo, das 11h às 20h

Localização: Rua Coropés, 88, Pinheiros

Entrada: gratuita

Dicas: Vá de uber ou de metrô (estação Faria Lima da linha amarela). Aproveite e almoce no Santinho, restaurante da chef Morena Leite, de comida brasileira, no próprio instituto.

4 Mostra Artefacto

A Artefacto é uma das principais marcas de mobiliário do Brasil. Há mais de 20 anos, organiza uma importante mostra de decoração, em que renomados arquitetos compõem os ambientes do showroom com os lançamentos. A nova edição da mostra abriu em março e reflete tendências de decoração – costuma ser um bom termômetro do que vem em breve na Casa Cor São Paulo.

Dez profissionais de arquitetura participam: Carlos Rossi, Chris Hamoui, Debora Aguiar, Erika Queiroz, Fabio Morozini, Maurício Karam, Patrícia Penna, Roberta Zimmermann, Rogério Perez e Patricia Anastassiadis. Essa última é também a diretora criativa da Artefacto e apresenta 22 novas criações de design.

O tema dessa edição da mostra é 5 Senses – Todos os sentidos interpretados por grandes profissionais do Brasil. Fabio Morozini, por exemplo, se inspirou na Amber Room, construção de 1700 na Prússia, que já foi considerada a oitava maravilha do mundo. Entalhes, folhas de ouro, pedras preciosas, espelhos e painéis de âmbar decoravam o ambiente. Já Morozini elegeu mobiliário de personalidade forte, obras de arte, paleta neutra e aroma de âmbar para seus 115 m² na mostra.

Sempre contemporânea, mas com toques de estilo clássico que garantem a sofisticação, mais do que apresentar produtos, a Mostra Artefacto traz ambientes reais, entre salas de estar, salas de jantar, varandas e quartos.

Ambiente de Fabio Morozini na Mostra Artefacto (Foto: divulgação)

Serviço

Horários: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 10h às 18h

Localização: Rua Haddock Lobo, 1405, Jardins

Entrada: gratuita

Dicas: Vá de uber ou de metrô (estação Oscar Freire da linha amarela). Aproveite para passear na Oscar Freire, uma rua com lojas de luxo – mais agradável do que shoppings fechados.

5 Bar do Cofre SubAstor

Um antigo cofre de São Paulo foi transformado em bar. O ambiente inusitado tem garantia de bons drinques, já que é administrado pelo SubAstor, que está na lista das 100 melhores coquetelarias do mundo. Mas diversão à parte, o bar proporciona uma verdadeira viagem no tempo, adentrando em um dos cofres mais seguros da década de 1940, onde o antigo Banco do Estado de São Paulo guardava seus tesouros.

O cofre fica no subsolo do prédio hoje chamado de Farol Santander, também conhecido como o Empire State Building de São Paulo, pela arquitetura similar ao ícone de Nova York. Ao descer as escadas, a sensação é de que se está entrando num lugar escondido. Uma porta gradeada antecede o salão, que conta ainda com duas portas redondas e bem pesadas que dividem os ambientes. Cada uma delas traz 16 toneladas de aço reforçado e concreto. Uma sala tem as paredes cobertas por gavetas, onde eram guardados valores dos clientes do banco.

A nova decoração é do escritório LAB Arquitetos. Alguns móveis eram do acervo do banco e foram restaurados. O projeto tem inspiração em bares como The Ned, em Londres, e Butcher and Banker, em Nova York, que também se apropriam de espaços antigos e “secretos”. A iluminação é de LED coloridos.

O bar foi inaugurado em fevereiro e, como toda boa novidade, é um dos points do momento. Um lugar bacana para curtir a noite de São Paulo e ainda ter uma aula de arquitetura histórica do centro. Quem quiser chegar mais cedo, pode subir no Farol Santander por R$ 10. No 26º andar há um mirante, com lindas vistas para a cidade. Exposições também acontecem no prédio, consulte em https://www.farolsantander.com.br/#/sp.

Bar do Cofre no Farol Santander (Foto divulgação)

Serviço

Horário: quinta a sábado, das 17h à 1h

Localização: Rua João Brícola, 24, Centro

Entrada: gratuita. Drinques por R$ 34

Dicas: O Centro de São Paulo tem alta concentração de moradores de rua, então evite circular a pé à noite. Vá de uber, cuidado ao entrar e sair do prédio, não fique com o celular nas mãos. Para descer ao Bar do Cofre, entre no lobby do prédio, vire à direita e desça as escadas ou elevador.

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Maria Silvia Ferraz
Colunista
Editora

Editora do Archtrends, colabora com a Portobello desde 2014. É jornalista pela Faculdade Cásper...

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