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O que esperar da vida em casa em 2023

(Crédito: Financial Times)

A chegada do final do ano é aquele momento de retrospectivas dos acontecimentos dos últimos 12 meses, mas também de olhar para a frente e imaginar o que será do(s) próximo(s) ano(s). Mas pensar em tendências é muito mais do que imaginar o futuro, é principalmente analisar o passado e o presente para entender quais oportunidades eles nos demonstram, para quais direções nos apontam.  

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Se olharmos para os últimos anos, sem dúvidas o acontecimento que mais norteou mudanças de perspectivas e olhares foi a pandemia da Covid-19. Os anos pandêmicos trouxeram para as pessoas um maior senso de propósito e maior desejo de controle em meio à incerteza, além de uma reconfiguração das reais prioridades. 

O foco em olhar para dentro de si traz junto um olhar para dentro da própria casa. Não é à toa que o ambiente da casa passou por uma grande ressignificação. Todas as atividades da vida rotineira migraram automaticamente para esse espaço: trabalho, lazer, prazer, exercício e descanso. Nos próximos anos, com a recessão econômica e o custo de vida aumentando, a casa seguirá sendo multifuncional. 

(Crédito: Financial Times)

Essa multifuncionalidade se transparece na arquitetura de novos ambientes, na decoração escolhida, na escolha de alimentos que se coloca na geladeira, nos gadgets tecnológicos incorporados ao espaço. Para a Vitra, detalhes que antes passavam despercebidos, como ter mais controle da vista e das janelas, por exemplo, agora ganharam muita importância para as pessoas. E segundo a WGSN, é possível apontar algumas tendências nesse caminho: 

Esse é um tema que não se pode perder de vista (até falei aqui sobre energias renováveis na arquitetura). A intensificação da crise climática tende a levar as pessoas a priorizar cada vez mais opções mais eficientes de energia. Junto a isso, surge a ideia de “resiliência energética”, ou seja, opções de fornecimento de energia capazes de se adaptar a possíveis interrupções. Para quem projeta casas, está aí uma oportunidade de ajudar as pessoas a tornarem suas casas autossuficientes. E por que não expandir esse conceito além da energia e pensar também no cultivo de alimentos dentro de casa? Eu ouvi hortas urbanas?!

(Crédito: Rioonwatch)

Os assistentes virtuais que deixam as casas mais conectadas já se tornaram realidade para muita gente. Mas a WGSN aponta alguns avanços nesse sentido para os próximos anos. A tecnologia inteligente tem o potencial de transformar diversos outros elementos da casa, seja por meio de sistemas de alarme que podem distinguir os proprietários dos intrusos; sistemas de jardinagem que podem monitorar o clima para alocar a água com mais eficiência; ou até mesmo colchões que podem rastrear nosso sono para oferecer um suporte melhor e mais responsivo. 

(Crédito: Ave)

A onda de organização que bombou com as técnicas da Marie Kondo parece que não vai passar agora, e tende a se reinventar. A ideia de ter uma casa equilibrada vai além da limpeza e da organização, mas tem tudo a ver também com fazer da casa um espaço de autocuidado e bem estar. As pessoas têm se interessado mais por mobiliários e até produtos do dia a dia que transparecem essa necessidade.

A procura por tintas de parede menos abrasivas, produtos de limpeza menos tóxicos e purificadores e umidificadores de ar apontam um pouco para onde vai essa tendência. 

mesa lateral da cama de palha
(Crédito: Pexels)

Segundo uma pesquisa da Ikea, três a cada cinco pessoas pretendem mudar a forma como a casa é organizada para adaptá-la ao trabalho. Com a previsão de que muitas empresas estarão formalizando acordos de trabalho híbrido, as pessoas substituirão escritórios domésticos improvisados por instalações mais confortáveis e de longo prazo. Os estilos de vida híbridos vieram para ficar e estão criando novas oportunidades para quem projeta e decora ambientes.

home office integrado à área externa com móveis de madeira clara
(Crédito: Dwell)

A Vitra, empresa de design de interiores, aponta a necessidade de projetar espaços domésticos que acomodem os diversos aspectos da vida, explorando formas de ressignificar espaços limitados. Segundo a empresa, esse é o problema que os designers devem resolver pensando no futuro agora. 

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