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TU Delft: universidade holandesa ganha edifício sustentável

Fachada posterior do edifício sustentável Echo

Fachada posterior do edifício Echo, em fase final de construção (Foto: Ana Luiza Camargo)

A Universidade TU Delft precisou de um projeto de expansão de seus locais de ensino após um grande aumento do número de alunos, combinado com a necessidade de mais espaços multifuncionais na região do campus.

Conhecida como uma das melhores universidades do mundo, a instituição investe generosamente em tecnologia e possui grandes ambições nas áreas da sustentabilidade e inovação.

O escritório holandês UNStudio acabou desenvolvendo o Echo, um projeto de edifício sustentável, multifuncional, e à prova de futuro.

edifício sustentável
Anúncio do novo edifício com imagem renderizada da futura fachada (Foto: Ana Luiza Camargo)

Echo será um edifício multifuncional no qual várias faculdades poderão acessá-lo, oferecendo uma ampla variedade de salas de ensino.

O objetivo é refletir a diversidade de métodos de ensino e estilos de estudo, abrindo possibilidades para um futuro educacional mais dinâmico e menos estático.

Haverá um total de sete salas de ensino, a maioria com um layout flexível, constituindo assim um espaço à prova de futuro.

Por exemplo, a maior sala de palestras, que pode acomodar 700 pessoas, pode ser dividida em três salas separadas. Os mais de 300 espaços de estudo podem ser usados para trabalho em grupo ou para auto-estudo.

Aliás, essa ideia de transformação de um espaço em várias possibilidades de layout também pode ser considerada por si só como sustentável.

Isso porque multiplicam-se as possibilidades de layout em um mesmo espaço ao invés de adicionarem mais metros quadrados ao edifício. Edifícios compactos e inteligentes são, consequentemente, mais sustentáveis!

Fachada posterior do edifício sustentável Echo
Fachada posterior do edifício Echo, em fase final de construção (Foto: Ana Luiza Camargo)

Soluções sustentáveis para TU Delft

O edifício Echo contribuirá para as ambições de sustentabilidade da TU Delft. O edifício produzirá a própria energia, e esse cálculo inclui a energia relacionada ao usuário, como consumo de eletricidade para laptops, iluminação, instalações de calefação etc.

O edifício foi projetado com um isolamento térmico eficaz, receberá painéis solares na cobertura e possuirá um armazenamento térmico.

O design e seu volume como um todo tem uma aparência sólida e compacta, porém permitindo que o ensino e a aprendizagem que ocorrem no interior sejam visíveis do exterior.

tirantes de aço na fachada
Detalhe da fachada em construção e os tirantes de aço que servirão de guias para a vegetação que crescerá e ocupará a fachada futuramente (Foto: Ana Luiza Camargo)

As fachadas contínuas de vidro são interrompidas por esses elementos horizontais que funcionam como um brise soleil de alumínio, impedindo o excesso de radiação solar.

A ideia é que, futuramente, plantas trepadeiras crescerão ao longo dos cabos de aço que conectam essas coberturas, formando uma fachada verde sutil que filtrará a luz do dia.

sustentável
Vista do interior desde o exterior, espaços de ensino fluídos (Foto: Ana Luiza Camargo)

As salas de ensino foram projetadas com base nas necessidades atuais e futuras dos professores e alunos da TU Delft. O foco principal nesse edifício será em salas de ensino de médio e grande porte, acomodando entre 150 e 700 pessoas.

Além das salas maiores, haverá também uma sala chamada de estudo de caso que será especialmente adequada para o ensino e interação motivacional entre professores e alunos.

Já quatro salas multiuso serão para ensino baseado em projetos, cada uma acomodando aproximadamente 70 pessoas. Também haverá espaço que poderá ser utilizado para palestras e tutoriais, trabalho em grupo, debates etc.

No total, serão cerca de 1.700 espaços de ensino.

Fachada frontal e verticalidade dos cabos de aço por onde as plantas trepadeiras
Fachada frontal e verticalidade dos cabos de aço por onde as plantas trepadeiras crescerão (Foto: Ana Luiza Camargo)

A instituição TU Delft valoriza muito a qualidade e experiência de seus alunos, inclusive a questão social.

Portanto, além de oferecer instalações adicionais para o ensino, é importante para eles que o novo edifício seja também um local atraente para as pessoas se encontrarem.

O Echo terá horário de funcionamento estendido e proporcionará uma zona de alimentação com boas opções para os estudantes.

Quem aqui já foi estudante e teve que ficar até de madrugada estudando ou finalizando algum trabalho? Seria ótimo ter um espaço assim proporcionado pela faculdade, não é mesmo? E além de tudo, sustentável!

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