Roterdã: a cidade playground dos arquitetos holandeses
Para quem ainda não conhece ou nunca ouviu falar, Roterdã é uma das cidades mais icônicas da Holanda. Pois é, existem muitas outras cidades além da famosa Amsterdã para se conhecer por aqui.
Roterdã é bastante conhecida por possuir o maior porto marítimo da Europa. O porto de Roterdã se estende por aproximadamente 40 quilômetros e possui um grande impacto na cidade e na vida de seus moradores. Uma cidade portuária como Roterdã está sempre em contato com as novidades do mundo afora, e não é à toa!
Por receber muitas empresas estrangeiras, a cidade se tornou, de certa forma, bastante internacional. Muitos a comparam com Nova Iorque por esse e outros motivos. Do ponto de vista arquitetônico, realmente, a cidade possui uma pequena coleção de arranha-céus, diferenciando-se das típicas cidades holandesas.
Dizem que pelo fato de ter sido completamente destruída por um bombardeamento durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade se tornou uma grande tela em branco para novas possibilidades de construções. Praticamente 90% dos edifícios hoje existentes na cidade foram construídos após a guerra.
Alguns dos escritórios de arquitetura mais famosos daqui da Holanda possuem suas sedes aqui, como o escritório OMA e o MVRDV.
No intuito de levar os leitores do Archtrends para um passeio virtual pela cidade de Roterdã, iniciaremos o percurso pelo sul, do outro lado do rio Nieuwe Maas que cruza a cidade. Observamos na imagem a seguir, a ponte Erasmus, projetada pelo escritório UNStudio e, de fundo, o skyline da área centro-oeste da cidade.
Logo ao cruzarmos a ponte Erasmus, nos deparamos com um dos edifícios mais conhecidos na cidade. O De Rotterdam, projetado pelo escritório OMA. Esse é um edifício de uso misto (hotel, escritórios e apartamentos) e um dos mais densos da Holanda: mais de cinco mil pessoas circulam pelo edifício diariamente.
Em seguida, continuamos o percurso pelo lado sul, até chegarmos no Hotel New York. Esse edifício antigamente era conhecido como 'Holland America Line" que, de 1896 até a virada do século 1900, serviu como o ponto de partida para holandeses migrarem aos Estados Unidos. Mais de meio milhão de pessoas partiram desse local e foram buscar novas oportunidades de vida em outro continente.
Posteriormente, esse edifício foi considerado patrimônio nacional e transformado em um hotel. O Hotel possui uma bela vista para o rio Nieuwe Maas e também oferece um delicioso restaurante e bar com acesso a um gramado onde as pessoas se reúnem nos dias de sol.
Uma das experiências mais divertidas em Roterdã é pegar um táxi aquático para atravessar o rio. Existem alguns pontos de táxis pelo rio Nieuwe Maas, um deles fica ao lado do Hotel New York. Ao atravessarmos o rio, podemos observar a cidade através de um outro ponto de vista e também perceber a influência portuária na cidade.
Atravessando para o lado centro-oeste da cidade, chegamos na região de Oude Haven. Dizem que o primeiro cais do porto de Roterdã foi construído nessa região por volta de 1350. Hoje em dia, esse lugar se tornou uma área boêmia cheia de bares e cafés. Abaixo, à direita, observamos o edifício Witte Huis, que é considerado o primeiro arranha-céu da Europa! Possui 42 metros de altura e foi um dos únicos edifícios que resistiu ao bombardeio na segunda guerra.
E encerrando a parte 1 do nosso passeio, chegamos nas famosas Kubuswoningen, as casas cubos, que estão localizadas no centro da cidade. Essas casas são superpolêmicas, há quem as ame e quem as odeie (do ponto de vista estético, principalmente). No entanto, este é um dos lugares mais tranquilos e agradáveis do centro da cidade.
São 38 palafitas em forma de cubo e 13 cubos comerciais construídos sob um viaduto. O arquiteto Piet Blom foi o responsável pelo projeto que foi desenvolvido por volta de 1974 e construído em 1984.
Continuem acompanhando o Archtrends! Em breve vamos contar mais particularidades dessa cidade incrível que é Roterdã. Vale a pena conhecer!
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