Conheça o potencial de usabilidade do porcelanato em hospitais e ambientes de saúde
O uso de porcelanato em hospitais e ambientes de saúde, em geral, como clínicas médicas e odontológicas, tem muito potencial. Uma das maiores justificativas para isso é que ele acumula menos sujidades e é de fácil higienização, não possibilitando que vírus e bactérias se proliferem e possam contaminar os pacientes, que já estão com a saúde debilitada.
Para entender mais sobre esse assunto, conversamos com o arquiteto Marcelo Minuscoli, que atua em Porto Alegre (RS) e tem experiência em projetos na área da saúde. Siga a leitura e veja um pouco mais sobre as suas considerações.
Regras da Anvisa para arquitetura e engenharia em ambientes hospitalares
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disponibiliza uma série de manuais que devem ser seguidos por arquitetos e engenheiros em projetos para ambientes hospitalares. Os documentos não são normativos, servindo como fonte de orientação para os usuários, apenas.
Para os arquitetos, um dos mais importantes é o manual “Arquitetura na Prevenção de Infecção Hospitalar”. Ele traz técnicas de controle e higiene que devem ser desenvolvidas nos projetos arquitetônicos, para evitar que agentes infecciosos contaminem pacientes, profissionais da saúde, prestadores de serviços e visitantes.
O manual apresenta uma série de detalhes que podem ser incorporados aos edifícios, para que se possa ter mais assistência no controle de infecção. É muito interessante que arquitetos e engenheiros atentem para todos os detalhes, desenvolvendo assim projetos mais funcionais e seguros.
São diversos os fatores que devem ser analisados na arquitetura hospitalar, como a iluminação, as cores, a decoração, a ventilação, o conforto térmico, a ergonomia, a acessibilidade, a sustentabilidade, entre outros.
Marcelo Minuscoli acredita, inclusive, que após a pandemia passar, novos protocolos de higiene sejam seguidos na arquitetura hospitalar. Estamos passando por uma situação nova e que pegou a todos de surpresa. Muitos estudos estão sendo realizados em diversas áreas e certamente se descobrirá novas maneiras de higienizar os estabelecimentos de saúde com ainda mais eficiência.
O uso de porcelanato em hospitais e ambientes de saúde
Para cumprir as normas da Anvisa e garantir mais segurança e conforto para os pacientes, o uso de porcelanato em hospitais é muito indicado. Marcelo Minuscoli explica que, no que se refere ao piso, “as normas deixam claro que não se pode usar materiais porosos, que não se consiga higienizar com facilidade. Não é possível usar madeira, por exemplo”.
Como o porcelanato é um material bacteriostático (não permite que um micro-organismo se prolifere), de fácil limpeza e desinfecção, o uso em ambientes hospitalares é muito indicado. De tal maneira, as equipes que fazem a higienização poderão limpar tudo muito rapidamente, o que é importante por conta da alta rotatividade de pessoas, com diferentes tipos de doenças, nesses locais.
Imagine, por exemplo, um quarto de hospital, no qual um paciente está internado. Quando ele recebe alta, o ambiente precisa ser totalmente higienizado, para que outra pessoa possa ocupar o espaço, sem riscos.
Veja na imagem o exemplo de uma clínica odontológica projetada por Marcelo. O ambiente foi revestido com o porcelanato Concretissyma Matiz Grigio 90x90 Natural, dando elegância e garantindo conforto para o paciente, ao mesmo tempo que é fácil de limpar e higienizar, garantindo totalmente a desinfecção.
Vale lembrar que, em tempos de pandemia de Covid-19, a limpeza em ambientes como clínicas médicas e odontológicas deve demandar ainda mais cuidados. Somente a higienização muito rígida garante a eliminação do coronavírus dos ambientes.
Um dos pontos mais críticos para a limpeza de porcelanatos em hospitais e demais ambientes de saúde é o rejunte. Marcelo recomenda sempre utilizar o epóxi, que é uma opção que não deixa resíduos porosos.
O arquiteto ainda destaca que a Portobello tem uma grande vantagem, que são as superfícies contínuas. Tratam-se das lastras que, por serem gigantes, demandam uma menor quantidade de rejunte. Essas peças são ideais para os estabelecimentos de saúde.
Além desses pontos, é importante destacar que o porcelanato é um item muito durável, ou seja, não será necessário fazer reparos com muita frequência. Para hospitais isso conta muito, tendo em vista que as obras podem trazer transtornos para os pacientes e os ambientes necessitem ser desocupados por conta disso.
Aqui também se soma a questão do SUS. Os hospitais particulares geralmente têm recursos próprios e boa capacidade financeira para desenvolver obras, porém o mesmo não é visto em estabelecimentos públicos. Nesses casos, é necessário aguardar uma série de burocracias, como liberações de emendas e verbas, que dependem de terceiros, como deputados, por exemplo.
Para prevenir problemas relacionados à demora em reformas futuras, o uso do porcelanato em hospitais também é indicado. Afinal, como são duráveis, os reparos não serão um problema para médio ou longo prazo.
Aplicação do porcelanato Portobello no Hospital Geral de Novo Hamburgo
O uso de porcelanato em hospitais também pode ser visto em uma obra desenvolvida no Hospital Geral de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. O estabelecimento de saúde, que atende o SUS e tem uma UTI exclusiva para o tratamento de pacientes com Covid-19, foi reformado por um grupo de arquitetos voluntários, liderado por Marcelo Minuscoli.
Foram feitas demolições em uma área do hospital, que será revestida com porcelanato Portobello. A empresa fez uma doação de 300 m² para esse trabalho, apoiando o grupo de arquitetos. Infelizmente, por conta do avanço da pandemia na região, as obras foram temporariamente suspensas. A expectativa é para que, em breve, tudo possa ser retomado e finalizado.
Também no Hospital Geral de Novo Hamburgo, foram criadas áreas de descompressão. Esse espaço é utilizado pelos médicos, enfermeiros e outros profissionais que estão trabalhando na ala de pacientes infectados pelo coronavírus.
Por uma questão de prevenção, eles não podem ocupar o mesmo espaço de repouso dos profissionais que estão tratando pacientes com outras patologias, já que a indumentária utilizada pode estar contaminada pelo novo coronavírus.
Esse local é muito importante, para que os colaboradores tenham onde repor as energias, com conforto e segurança. Somente com um bom repouso os médicos e enfermeiros poderão seguir fazendo o belo trabalho que desenvolvem, ajudando a salvar muitas vidas, nesse momento difícil que estamos atravessando.
Outra obra desenvolvida pela equipe de profissionais voluntários foi realizada no Hospital Presidente Vargas, de Porto Alegre. Coordenado pela arquiteta Erika Listo, nesse caso, a obra utilizou porcelanato na reforma de uma UTI e também de banheiros da instituição
O potencial do porcelanato em hospitais e ambientes de saúde, como você pode perceber, é muito grande. Por isso, quando for trabalhar em obras do tipo, não deixe de considerar o uso do material. Ele trará mais segurança e praticidade, ao mesmo passo, em que é adequado para as regras dos órgãos fiscalizadores.
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