MUCEM: um ícone arquitetônico francês, às margens do mar Mediterrâneo
MUCEM é o Museu das Civilizações Europeias e Mediterrâneas, possui exposições que contam a história das civilizações desde a antiguidade até os dias atuais.
Ele está localizado na cidade de Marseille, na França. Foi projetado pelo arquiteto franco-argeliano Rudy Ricciotti e construído em 2013, ano em que a cidade de Marseille foi denominada como a capital cultural da Europa.
O edifício se tornou um ícone arquitetônico da cidade, localizado às margens do mar Mediterrâneo.
As exposições fixas apresentam inúmeras histórias, desde Istambul a Gibraltar, e da Pedra da Roseta à máfia de Palermo. Não só é possível aprender sobre a colonização da Argélia, mas também, por exemplo, sobre a cultura de praia da Riviera Francesa.
O museu tem o formato de um grande cubo, aproximadamente 72 metros de cada lado e possui três andares com suas fachadas compostas por elementos vazados de concreto, que refletem como prata nos dias de sol e possibilitam uma bela vista ao mar por todos os ângulos. O MUCEM abriga o primeiro museu nacional francês fora de Paris.
Localizado no final do cais histórico, onde desembarcaram imigrantes de todos os países do Mediterrâneo, a estrutura se mistura com a paisagem mineral e rochosa típica da região, apresentando uma aparência cúbica conectando-se à cidade e ao forte medieval de Saint-Jean através de uma ponte.
Com o tempo, o forte abrigará mais 15.000 metros quadrados de espaço de exposição do museu. Além disso, os espaços públicos abertos ao redor do forte foram redesenhados para mostrar uma coleção botânica única de plantas mediterrâneas ao longo de um passeio paisagístico.
Outra passarela leva os visitantes a Le Panier, o bairro mais antigo, tradicional e boêmio de Marseille, com suas ruas estreitas e degraus íngremes.
Ao chegar ao edifício através da passarela que conecta ao forte, o acesso é dado através do rooftop panorâmico que possui um restaurante/bar muito agradável.
Os elementos vazados em concreto criam também um pergolado, gerando sombras que são muito bem-vindas nos dias ensolarados, além de criarem um jogo de desenhos e movimentos incríveis das sombras por todos os lados!
As paisagens rochosas dos arredores de Marseille são realmente impressionantes. Ao observarmos os famosos calanques, entendemos a conexão da linguagem arquitetônica do museu com o seu entorno.
Essa malha vazada de concreto que constitui a fachada também traz uma experiência muito interessante para um edifício de museu localizado à beira-mar, desconstruindo a ideia de que um espaço destinado a um museu deva ser inteiro fechado.
Do ponto de vista estético e proporcional, podemos observar a relação entre as vigas enormes de concreto e os elementos vazados da fachada que, apesar de também serem em concreto, trazem uma percepção de leveza e delicadeza como se fosse um tecido rendado.
O fato desse projeto possibilitar a conexão visual do mar mediterrâneo e seu entorno (que são os protagonistas desse museu), com as exibições que contam sobre os acontecimentos históricos que se passaram por lá, contribui para que o visitante tenha uma experiência ainda mais incrível.
Gostaram? Existem outros museus pelo mundo que também fazem uma conexão com a natureza ou com o mar, como por exemplo o MAAT em Lisboa ou o Kröller-Müller, na Holanda. Curiosos para saber mais a respeito?
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Foto de destaque: (Foto: SweetMellowChill)