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Mendoza, terra de vinhos, encanta também pela arquitetura

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21.08.2019
Vinícolas mostram a excelência da produção argentina de vinhos em locais caprichados.
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Aos pés da Cordilheira dos Andes, na fronteira da Argentina com o Chile, Mendoza chamou a atenção dos colonizadores espanhóis, que encontraram ali clima propício ao cultivo de uvas. Há séculos a região é produtora de vinho. No entanto, foi apenas na década de 1990 que os rótulos dali ganharam prestígio internacional.

Nascido em tradicional família produtora de vinho, o argentino Nicolás Catena sonhava em estudar nos Estados Unidos. No Napa Valley, na Califórnia, descobriu que a tecnologia poderia gerar vinhos de excelência. De volta a Mendoza, contratou engenheiros agrônomos, passou a plantar uvas em altas altitudes e introduziu a espécie Malbec, hoje a grande estrela da região. Quase 30 anos depois, Mendoza tem lugar garantido no mapa-múndi do vinho, com vários rótulos premiados, de vinícolas que honram o legado inovador de Catena.

São cerca de mil vinícolas, das quais 130 são abertas para visitação. Pode-se dizer que Mendoza é uma espécie de eno-Disney (com direito a lojinha ao final de cada brinquedo, ops, vinícola), com ótima estrutura para receber turistas que buscam aprender mais sobre vinho e degustar celebrados rótulos. Em paralelo ao culto ao vinho, se desenvolveram excelentes gastronomia e arquitetura, sempre celebrando a cultural local. Confira algumas vinícolas e restaurantes que se destacam pelo design:

Catena Zapata

Nicolás Catena sonhava em erguer um templo do vinho. Em uma viagem à Guatemala, se encantou com o templo maia de Tikal. Pediu que o arquiteto argentino Pablo Sánchez Elía se inspirasse na estrutura para criar um prédio para receber visitantes e contar a história de seus vinhos. Vem daí o edifício em forma de pirâmide imponente, cercado de vinhedos, inaugurado em 2001.

Apesar de majestoso, o templo é minimalista, com linhas retas e poucos materiais. A pedra é o principal, tanto na fachada, quanto nos interiores, ajudando a manter a temperatura fria, necessária à conservação dos vinhos. No centro, escadas metálicas desalinhadas conectam os quatro andares em um vão livre. É possível subir até a cúpula de vidro, que se abre para o terraço, com linda vista para a Cordilheira dos Andes.

Catena Zapata, o templo maia do arquiteto Pablo Sánhez Elía
Catena Zapata, o templo maia do arquiteto Pablo Sánhez Elía (Foto: divulgação)

Mas é no subsolo que se esconde a magia dos vinhos. Em um grande salão gelado, barris de carvalho envelhecem a bebida. A elegante sala de degustação é envidraçada para este lindo cenário subterrâneo. A visita inclui sessão de cinema sobre a importante história da vinícola, visita guiada aos espaços e degustação de três rótulos com explicações detalhadas de sommelier.

Budeguer

Na vizinhança da Catena Zapata, a vinícola Budeguer tem proposta totalmente diferente. Em contraponto ao templo maia habitado por tradição, a arquitetura contemporânea abriga uma vinícola jovem, onde vinhos envelhecem em tecnológicos barris de inox e as paredes são povoadas por arte contemporânea.

O edifício tem estética fabril. O concreto de suas paredes colabora para manter a temperatura fria nos interiores, fundamental na produção de vinhos. A arquitetura tem traços muito contemporâneos, com integração e pés-direitos altos. A beleza está no reservatório de água elevado, que exibe tons turquesa.

Budeguer utiliza suas paredes de concreto como galeria de arte. Foto divulgação
Budeguer utiliza suas paredes de concreto como galeria de arte (Foto: divulgação)

A vinícola é jovem, de 2005, e surgiu como hobby de uma família argentina ligada ao agronegócio. Os melhores vinhos, inclusive, não são comercializados – vão direto para adega pessoal dos proprietários. Com sorte, podem ser provados apenas nas degustações.

Além de amantes do vinho, os proprietários também são apreciadores de arte, por isso utilizam as paredes da vinícola como galeria para expor a coleção pessoal e obras de artistas de Mendoza, à venda. Os rótulos coloridos também demonstram essa paixão.

Ruca Malen

A construção rústica de tijolos, cercada por vinhedos, aos pés da Cordilheira dos Andes, é uma das mais lindas de Mendoza. Porém o que faz da Ruca Malen tão celebrada é a gastronomia. O chef Lucas Bustos elabora, a cada estação, um menu fechado com sete pratos, harmonizados com seis vinhos. 

A comida utiliza ingredientes da própria horta orgânica e surpreende pela criatividade e excelente execução. É uma gastronomia realmente autoral e inusitada. Ainda, deixa clara a importância da boa harmonização do vinho e da comida – mesmo leigos vão entender.

 Ruca Malen traz uma construção rústica de tijolos aparentes, cercada pelos vinhedos.
Ruca Malen traz uma construção rústica de tijolos aparentes, cercada pelos vinhedos (Foto: divulgação)

O restaurante ocupa duas construções anexas à vinícola. Vale reservar mesa na mais nova, ao fundo, toda envidraçada, com vista para os vinhedos e para a montanha. Assim, além das incríveis sensações gustativas, o almoço é embalado por visual idílico.

Gimenez Rilli

Gimenez Riili, com arquitetura rústica e em menor escala, cria clima intimista
Gimenez Riili, com arquitetura rústica e em menor escala, cria clima intimista (Foto: divulgação)

Essa vinícola fica literalmente aos pés da Cordilheira dos Andes, muito próxima da montanha. O edifício de produção de vinhos é industrial, sem grande interesse arquitetônico, porém o restaurante e a pousada ao lado esbanjam charme. As construções de madeira e pedra são repletas de móveis rústicos, com detalhes caprichados. 

No restaurante ocorrem as degustações, à beira da lareira e da parrilla assando carnes e empanadas para o almoço. Do lado de fora, um lindo lago cercado por poltronas de madeira. O clima é intimista, como um paraíso particular na terra. Consegue entregar luxo com coisas simples e rurais.

Piedra Infinita

Para a construção, foram estimados 300 caminhões para retirar todas as pedras e limpar o terreno. Acabaram sendo mais de mil. Assim surgia o nome para a nova vinícola da família Zuccardi, tradicional na produção de vinhos de excelência em Mendoza.

Piedra Infinita é jovem, inaugurada em 2017, com Sebastián Zuccardi, da quarta geração, à frente. Os arquitetos Tom Hughes, Fernando Raganato e Eugenia Mora utilizaram a pedra, claro, como principal material. Ela aparece na fachada e no paisagismo, fazendo a construção se confundir com a paisagem dura. No interior, a grande adega circular tem no centro uma enorme pedra encontrada no local, posicionada ali quase em posição de adoração religiosa.

Piedra Infinita, projeto dos arquitetos Tom Hughes, Fernando Raganato e Eugenia Mora. Foto García+Betancourt
Piedra Infinita, projeto dos arquitetos Tom Hughes, Fernando Raganato e Eugenia Mora (Foto: García+Betancourt)

Mas outros dois materiais naturais também são amplamente trabalhados. O concreto é importante, pois a maior parte da fermentação do vinho acontece em gigantes tanques de concreto.  Na área de produção, os arquitetos usaram o concreto de forma dramática, brincando com ângulos inusitados.

A madeira clara é a protagonista do restaurante, no teto ripado e no mobiliário minimalista. Em vez de paredes, painéis de vidro deixam entrar a linda paisagem. Da cozinha aberta, com parrilla, claro, sai o almoço de quatro pratos, muito bem executados e harmonizados com os vinhos Zuccardi. Tudo colabora para uma experiência inesquecível: o serviço atencioso, a comida deliciosa, o céu que parece tão próximo, os vinhos complexos explicados pelo sommelier, o ambiente silencioso e tranquilo, a arquitetura contemporânea. Trata-se de almoço, mas pode chamar também de poesia.

Benegas

O bisavô de Federico Benegas foi o fundador da vinícola Trapiche, uma das maiores de Mendoza. Porém, na década de 1970, uma crise econômica fez sua família vender tudo. O sonho do vinho, no entanto, nunca deixou Federico. Em 1999, teve a oportunidade de comprar a Finca Libertad, um antigo vinhedo plantado por seu bisavô. Dois anos depois, comprou uma vinícola e restaurou a arquitetura do século 19.

As coleções de Federico Benegas são uma viagem no tempo
As coleções de Federico Benegas são uma viagem no tempo (Foto: divulgação)

Hoje a Benegas mistura métodos tradicionais e tecnológicos na produção de seus vinhos. Mas o que realmente vale a visita é o cenário antigo que Federico montou. A enorme mesa de jantar, os móveis de madeira de lei e o aquecimento por fogo promovem uma viagem no tempo. Federico exibe suas coleções: ponchos andinos e antigos instrumentos agrícolas.

A degustação acontece no gélido subsolo, onde salas engradadas num longo corredor parecem celas (a sommelier garante que não), como num filme do Conde Drácula.

Tierras Altas

Mais afastada da Cordilheira dos Andes, essa vinícola não se destaca pela paisagem ou pela arquitetura. Ainda assim, vale a visita pela condução do sommelier, jovem, mas grande conhecedor de vinhos, que dá aula incomparável sobre o assunto.

Adega subterrânea da Tierras Altas
Adega subterrânea da Tierras Altas (Foto: divulgação)

O passeio termina na adega subterrânea, um salão hexagonal que oferece a sensação de se estar em um filme de terror, com pouca iluminação, móveis de madeira maciça, barris de carvalho e garrafas sem rótulos. A experiência é completa com a possibilidade de provar vinho direto do barril. A bebida não deixa a desejar em qualidade. 

El Enimigo

Adrianna é a filha caçula de Nicolás Catena. Em vez de ingressar no negócio da família diretamente, ela abriu, em 2009, sua própria vinícola, em parceria com Alejandro Vigil, enólogo chefe da Catena Zapata. Não é preciso dizer que os vinhos El Enemigo carregam a excelência da família Catena, com rótulos de 100 pontos, a pontuação máxima dada pelo crítico Robert Parker. No entanto, a vinícola tem perfil mais jovem e ousado.

El Enemigo, uma linda propriedade rural. Foto divulgação
El Enemigo, uma linda propriedade rural (Foto: divulgação)

A linda propriedade rural conta com pergolados, horta orgânica e fogo de chão. O restaurante funciona espalhado em vários salões de vidro, com vitrais que filtram a luz. No calor, é possível fazer refeições ao ar livre. A gastronomia, no entanto, deixa a desejar. Apesar do cardápio ser criativo, não é harmonizado com os vinhos e pode ser mal executado.

Azafrán

Apesar dos ótimos almoços em vinícolas, é no jantar que a gastronomia de Mendoza mais brilha. O restaurante Azafrán reinterpreta a cozinha tradicional argentina com liberdade, criatividade e, principalmente, muito sabor. Localizado em uma antiga casa de fachada amarela, o restaurante tem decoração afetiva, com móveis desgastados pelo tempo. Nas estantes, se misturam delícias argentinas, como geleias e doces de leite, à venda, com quadros, livros e objetos decorativos repletos de história.

Azafrán tem decoração afetiva
Azafrán tem decoração afetiva (Foto: divulgação)

A adega fica em ambiente mais contemporâneo. Após escolhidos os pratos, a sommelier encontra ali os clientes para escolher o vinho mais adequado. Nessa experiência personalizada, tanto ambiente, quanto comida, proporcionam uma refeição memorável.

Chachingo Craft Beer e Chachingo Gin Bar

Se o vinho se tornar enjoativo, há outras opções para aproveitar a noite de Mendoza. Vizinhos, os bares de cerveja artesanal e de gin são empreendimentos de Alejandro Vigil, enólogo da Catena Zapata e da El Enimigo. Ambos têm decoração jovem e ambiente vibrante. Claro, também servem vinhos – e drinks elaborados com vinho, ótimas escolhas.

Chachingo é bar moderninho, com cerveja artesanal e drinks com vinho. Foto divulgação
Chachingo é bar moderninho, com cerveja artesanal e drinks com vinho (Foto: divulgação)

The Q Grill

Em Mendoza, como em toda a Argentina, se come muita carne. Especializado em parrilla, o método argentino de se assar carnes, é o Q Grill, restaurante dentro do complexo do hotel Hyatt. Além da boa carne, o restaurante encanta pela linda decoração, toda em madeira. O material não tem abordagem rústica, mas sim contemporânea, graças à iluminação e o brilho das superfícies. Fotografias em preto e branco complementam as paredes.

O interior de madeira do The Q Grill. Foto divulgação
O interior de madeira do The Q Grill (Foto: divulgação)

Dicas da viajante

Todas as vinícolas e restaurantes citados acima foram visitados por mim, a jornalista Maria Silvia Ferraz, em julho de 2019, numa viagem de lazer. As descrições correspondem às minhas experiências pessoais. Há várias outras vinícolas de destaque em Mendoza, que podem entrar no seu roteiro de viagem. Esse foi o meu diário de viagem, não uma solução fechada. A seguir, outras dicas para curtir Mendoza.

A jornalista Maria Silvia Ferraz na vinícola Gimenez Rilli. Foto acervo pessoal
A jornalista Maria Silvia Ferraz na vinícola Gimenez Rilli (Foto: acervo pessoal)

Quando ir

O período mais recomendado é a época de colheita, de janeiro a maio, quando os vinhedos estão verdes. É possível experimentar as uvas e até participar da colheita em algumas vinícolas. No entanto, Mendoza está numa região desértica e o calor no verão pode chegar a 40 graus. Pelo que pude reparar, a cidade é mais preparada para o frio do que para o calor – não vi muito ar-condicionado. O inverno, portanto, se torna um período interessante. O frio não tem sido extremo nos últimos três anos. A temperatura é um convite para tomar vinho. E a Cordilheira dos Andes fica coberta de neve, lindíssima. Os vinhedos estão adormecidos, é verdade, mas eu achei que gerou um efeito bonito nas fotos. Meu único arrependimento de ter visitado Mendoza em julho é não ter provado as uvas in natura.

Onde ficar

Eu me hospedei no NH Mendoza Cordillera, pela recomendação de ser o hotel mais novo de Mendoza (sou muito alérgica). Porém, chegando lá, me arrependi de não ter ficado no Park Hyatt Mendoza. Sua fachada imponente fica em frente à Plaza da Independência, a principal praça da cidade. A construção data do século 19, com arquitetura no estilo colonial espanhol. Ali funcionava antes o Palace Hotel, símbolo da prosperidade de Mendoza nos séculos 19 e 20. Os interiores das áreas comuns são bem preservados e mobiliados com sofisticação. É possível curtir a varanda em frente ao hotel ou um de seus dois restaurantes. Os quartos ficam aos fundos, em uma construção nova, que abriga também cassino e spa.

O Park Hyatt preserva a fachada do século 19, no estilo colonial espanhol. Foto divulgação
O Park Hyatt preserva a fachada do século 19, no estilo colonial espanhol (Foto: divulgação)

Com quem ir

Mendoza é uma viagem romântica, ideal para casais. Cruzei com famílias com crianças e grupos de amigos, porém não achei que eles estavam se divertindo tanto. Não há atividades para as crianças, que logo ficam entediadas. Durante uma degustação, presenciei um genro irritado com a sogra. Ou seja, vá com seu amor. No máximo, grupos de casais.

Mendoza é um destino romântico, para curtir em casal. Foto acervo pessoal
Mendoza é um destino romântico, para curtir em casal (Foto: acervo pessoal)

Como se locomover

As vinícolas ficam em áreas rurais, afastadas da cidade. Alugar um carro não é uma boa opção, já que os passeios envolvem álcool. É mais cômodo contratar um remis, mistura de motorista com guia, que passa o dia te levando às vinícolas. Eu fiz tudo com a agência Sineus, uma pequena agência comandada pelo simpático Fernando, que fala português e funciona por Whats App. Eu disse para o Fernando quais vinícolas eu queria visitar e pedi para ele sugerir outras para completar o roteiro. Ele se encarregou das reservas. O valor é pelo carro, não por pessoa, então fica mais barato ir em dois casais. Estar com os remis nos deu segurança de que tudo daria certo, inclusive quando imprevistos ocorreram. Nossa visita à Catena Zapata demorou mais do que o previsto e perdemos o horário da reserva na Pulenta Estate. O remis rapidamente sugeriu uma outra vinícola menor, que talvez nos aceitasse sem reserva. Deu certo e assim conhecemos a ótima Budeguer. Em outro dia, Mendoza foi atingida pelo zonda, uma tempestade de vento que derrubou postes e árvores, fechando estradas e deixando sem energia duas das vinícolas que iríamos visitar. Com medo, pensamos em desistir, mas rapidamente o remis nos levou a uma região que ainda não havia sido atingida pelo zonda. No improviso, fizemos a degustação na Gimenez Rilli.

Whats App Sineus: +54 9 261545 1540

Quanto tempo

Quatro dias inteiros é o período ideal para Mendoza. Em três dias, se visita as tries principais regiões produtoras de vinhos. São três vinícolas por dia, normalmente às 10h, 11h30 e 13h, com almoço na última. No quarto dia, vale muito o passeio de Alta Montanha, em que se sobe a Cordilheira dos Andes até a fronteira com o Chile. As paisagens são deslumbrantes. Esse passeio é possível fazer em excursão. Eu contratei pelo Decolar, junto com a compra das passagens.

Como ir

A Latam tem três voos semanais São Paulo-Mendoza e a Gol tem dois. Eu fui no voo direto da Latam. Porém a volta peguei com escala em Buenos Aires. Não vale a pena. É preciso trocar de aeroporto e retirar as malas, então fica impossível aproveitar o tempo da escala para passear por Buenos Aires, especialmente com as malas pesadas de vinho.

Cuidados

Mendoza fica numa região desértica, extremamente seca. Então não faça como eu e não esqueça de levar hidratantes. Para o corpo, para o rosto, para as mãos, para os pés. Colírio e umidificante nasal também são boas ideias. Utilize preventivamente. Nós ficamos com o corpo queimado pelo frio e sofremos demais com a secura.

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Maria Silvia Ferraz
Colunista
Editora

Editora do Archtrends, colabora com a Portobello desde 2014. É jornalista pela Faculdade Cásper...

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