A Japan House de São Paulo inaugurou em maio desse ano e já é referência como centro cultural dedicado à gastronomia tradicional japonesa, tecnologia e design de excelência. O projeto grandioso do governo japonês também já está previsto para mais duas cidades nos EUA e na Europa.
Localizado na Avenida Paulista, o prédio mostra a cultura contemporânea do Japão mesclando a forte tradição do país com o que existe de mais novo em tecnologia e design. Neste post, você encontra tudo o que precisa saber sobre a Japan House e dicas práticas para aproveitar melhor seu passeio. Ficou interessado? Continue lendo e acompanhe!
O conceito da Japan House
A Japan House é um projeto desenvolvido pelo governo japonês para difundir elementos da cultura contemporânea do país e estimular o público de outras nações a ver o Japão de maneira diferenciada.
Por trás da ideia do espaço, está Kenya Hara, produtor geral da Japan House e designer reconhecido internacionalmente por trabalhar mais com o conceito do design do que com o produto em si.
Ele tem vários livros publicados sobre teoria do design e é diretor criativo da Muji, empresa japonesa fabricante de utensílios para casa em estilo minimalista.
Hara pensou a Japan House como um lugar em que o público pode treinar o olhar e aguçar o gosto a fim de perceber o que é um bom design. Segundo ele, deixar a demanda mais exigente é a única forma de aperfeiçoar a oferta.
Por exemplo: se os consumidores deixarem de comprar produtos com design ruim, as empresas serão forçadas a fabricar itens mais satisfatórios, levando à evolução do mercado.
O espaço não é só dedicado à excelência e inovação em design mas também valoriza os costumes do país, promovendo o encontro e a coexistência — já que, segundo o fundador, a tradição é um recurso essencial para o futuro.
A escolha da cidade
Você deve estar se perguntando por que São Paulo ganhou um museu dedicado à cultura japonesa? Segundo Kenya Hara, o mundo globalizado se estrutura rumo ao homogêneo, e as culturas vão ficando parecidas, "pasteurizadas" e monótonas. Por isso, é fundamental que cada povo mostre a sua individualidade e fuja dos estereótipos e preconceitos.
São Paulo foi escolhida para receber a primeira Japan House do mundo porque é a cidade com a maior concentração de japoneses e descendentes fora do Japão. É interessante que essas pessoas tenham um olhar diferenciado ao seu país de origem e saibam valorizar tanto a cultura atual quanto a tradição.
Além de São Paulo, outras duas cidades têm projetos para receber uma unidade como a que foi construída aqui: Los Angeles, nos Estados Unidos, e Londres, na Inglaterra.
O espaço da Japan House em São Paulo
A experiência com a Japan House começa antes mesmo de entrar no prédio. Só a fachada vista de fora já é suficiente para chamar atenção, destacando-se de todos os outros edifícios da avenida.
O projeto, feito por Kengo Kuma, apresenta um dos traços mais marcantes do arquiteto: estrutura em madeira montada de maneira inovadora. Ele encaixou peças de madeira de hinoki umas nas outras, formando um belíssimo mural, sem utilizar nenhum tipo de cola.
Por dentro, os materiais naturais e as fontes de energia renovável demonstram uma preocupação muito grande com a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente. O prédio conta com salas e espaços abertos, sempre muito minimalistas, que abrigam:
- salões de exposição para todas as obras de arte;
- restaurante com o melhor da gastronomia japonesa;
- biblioteca com títulos em português, inglês e japonês sobre arquitetura e design;
- lojinha de produtos manufaturados.
As exposições
Os curadores da Japan House são Kenya Hara e Marcello Dantas, que também é diretor artístico do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo.
Antes mesmo da abertura do local, foram feitas algumas intervenções na cidade e exposições de artistas japoneses que serviram para divulgar o lugar e instigar o público.
A primeira, intitulada "Bambu – Histórias de um Japão", inaugurou o espaço trazendo elementos atuais e tradicionais da planta que é um dos símbolos do Japão.
Vimos desde esculturas feitas apenas de bambu até a planta sendo usada em artes marciais e na cerimônia do chá. Muitas dessas obras, inclusive, foram feitas por artistas japoneses usando bambu brasileiro, o que reforça ainda mais a ideia de união entre os países.
As duas seguintes foram "Subtle – Sutilezas em papel" e "Kengo Kuma – Eterno Efêmero". A primeira faz jus ao nome mostrando obras de arte que impressionam pela sutileza e minimalismo. Antes de chegar à Japan House em São Paulo, essa exposição passou pela Takeo Paper Show, feira dedicada apenas ao universo do papel, que acontece no Japão.
Já "Kengo Kuma – Eterno Efêmero", é uma homenagem ao arquiteto que projetou a Japan House, mostrando como a obra dele reflete alguns dos conceitos que o espaço quer transmitir: o respeito com a natureza, valorizando o entorno das construções e o uso de técnicas do passado para inovar no presente.
Além das obras com caráter eterno, a exposição também aborda intervenções e arquitetura efêmeras, mostrando toda a versatilidade do arquiteto.
Dicas práticas
Depois de conhecer mais da proposta temática da Japan House, você precisa de dicas práticas. Veja abaixo alguns conselhos para curtir o passeio da melhor forma possível:
- você pode ir de carro e estacionar em algum lugar por perto ou seguir a ideia de consciência ambiental disseminada pela Japan House e ir de metrô, ônibus ou bicicleta;
- a primeira semana depois da inauguração gerou filas enormes para a entrada, porém o volume já diminuiu e hoje em qualquer dia você pode ter a experiência zen de visitar um espacinho do Japão. Porém, o período mais vazio geralmente é domingo;
- visite as lojinhas, elas têm produtos muito interessantes;
- lembre-se de dar uma passadinha no banheiro, porque ele é uma atração à parte.
Se você tem interesse em arquitetura ou design e está de passagem por São Paulo, vale a pena visitar a Japan House!
Informações sobre o funcionamento da Japan House
A casa ainda oferece cursos gratuitos que geralmente têm a ver com a exposição que está acontecendo naquele momento. Já foram oferecidos workshops de encadernação na exposição sobre papel e, durante a exposição do bambu, foram ministrados dois cursos sobre os possíveis usos da planta.
É possível se inscrever pelo e-mail inscricoes@jhsp.com.br informando seu nome e a palestra que pretende assistir ou chegando com 1h de antecedência para retirada do ingresso gratuito. Mais informações sobre as palestras em workshops que acontecem na Japan House você encontra no site oficial.
A entrada é gratuita. O endereço é: Avenida Paulista, nº 52, São Paulo (SP). E o telefone: +55 (11) 3090-8900.
Funcionamento das exposições e do café
- de terça-feira a sábado: 10h às 22h;
- domingos e feriados: 10h às 18h;
- segunda-feira: fechado.
Funcionamento do restaurante
- de terça-feira a sexta-feira: 12h às 15h e 18h às 22h;
- sábados: 12h às 16h e 18h às 22h;
- domingos e feriados: 12h às 18h;
- segunda-feira: fechado.
Funcionamento das lojas
- de terça-feira a sábado: 10h às 22h;
- domingos e feriados: 10h às 18h;
- segunda-feira: fechado.
Agora que você já conhece a Japan House em São Paulo, compartilhe este conteúdo nas suas redes sociais. Quem sabe algum amigo fica animado para visitar o espaço também?