O mercado imobiliário é cheio de possibilidades. Dá para apostar em fundos específicos, ser um avaliador de imóveis e comprar propriedades na planta ou prontas. Sem falar no House Flipping, que consiste na aquisição, reforma e revenda.
Além das diferentes alternativas para investir e lucrar, esse também é um setor promissor para o Brasil. Nos últimos anos, ele ajudou bastante a economia do país, que sofreu com a pandemia.
Para 2022, a previsão é positiva. Só a Caixa Econômica Federal espera aumentar sua carteira imobiliária de 10% a 15%. Grande parte do crescimento é puxado pelo financiamento de propriedades.
Entre os investimentos possíveis no setor, o House Flipping ganha popularidade e é interessante para quem quer obter lucros rapidamente.
Entenda melhor sobre essa prática nas linhas a seguir e confira algumas dicas para ter sucesso!
O que é House Flipping?
É, basicamente, quando uma pessoa compra um imóvel barato e investe em reformas, melhorias e decoração para vender mais caro.
Portanto, é uma espécie de investimento, em que o objetivo é lucrar rapidamente.
Do inglês, a expressão quer dizer algo como “sacudir a casa”. Talvez, se tivesse surgido no Brasil, seguiria uma linha como “dar um tapa na casa”.
Mas por aqui, alguns chamam a técnica de flipping de casas, aproximando o termo do português. Afinal, a prática é mais comum nos Estados Unidos e, aos poucos, se populariza em nosso país.
Por lá, quem faz House Flipping tem em média 40% de lucro, o que está bem acima dos principais investimentos brasileiros, como Tesouro Direto e poupança.
Ainda sobre o mercado norte-americano, a prática é favorecida pelo crescimento dos negócios imobiliários e potencializada pelos reality shows de reformas.
Sem falar nos imóveis financiados que vão a leilão por falta de pagamento de seus antigos proprietários.
Geralmente, é possível pagar um valor abaixo do mercado. Com isso, os profissionais aumentam seu lucro com o House Flipping.
O interessante é que a técnica é flexível, permitindo a aplicação em casas, apartamentos, salas comerciais e até terrenos.
Por que investir nessa modalidade?
No Brasil, as buscas por termos como “compra para reforma” e “reforma de imóveis” estão em alta. Isso indica um crescimento no setor, o que é favorável para quem quer começar a praticar House Flipping.
Além de se espelhar no mercado norte-americano, os profissionais ainda surfam a onda do crescimento imobiliário no país, impulsionado pela pandemia de Covid-19.
Com as medidas de distanciamento social impostas a partir de 2020, as pessoas passaram a valorizar mais suas casas.
Sem falar que muitas empresas adotaram o home office de forma definitiva ou decidiram manter um modelo híbrido, com alguns dias no escritório e os demais em casa.
Assim, as pessoas buscam imóveis grandes e confortáveis. Também não há mais a necessidade de que eles sejam na região central.
Isso aumenta as possibilidades para quem quer entrar no mercado de House Flipping, já que agora existe um leque maior de opções para oferecer aos clientes.
Quais são as vantagens para arquitetos, engenheiros e designers de interiores?
Como falamos de uma técnica que visa comprar, reformar e revender imóveis, fica fácil relacionar certas profissões a essa prática.
Arquitetos, engenheiros e designers de interiores estão entre os profissionais aptos a planejar e desenvolver a renovação de espaços.
Aliás, é possível fazer House Flipping sendo pessoa física ou jurídica, já que a compra e a venda de imóveis não dependem da constituição de uma empresa.
No entanto, não basta ser um profissional capacitado e competente. Geralmente, quem pratica House Flipping tem uma equipe por trás.
Isso porque o trabalho pode envolver a necessidade de pedreiros, eletricistas, encanadores, marceneiros, gesseiros e, muito importante, um corretor de imóveis.
Apesar de ser um mercado interessante, é essencial se especializar no assunto. Afinal, há grandes empresas que já praticam House Flipping no Brasil.
Como ter sucesso com o House Flipping?
Quer começar a investir na compra, reforma e revenda de propriedades? Considere as dicas a seguir:
- avalie o tipo de reforma que precisa ser feita: algumas podem ser caras ou demoradas, o que faz com que o House Flipping não compense. É importante que a obra aconteça no menor prazo possível, para que o proprietário não arque com os custos do imóvel por muito tempo;
- verifique se há pessoas morando no local em caso de imóveis leiloados: isso porque a responsabilidade sobre elas passa a ser do comprador. Inclusive, o processo pode envolver batalhas jurídicas para desocupar a propriedade;
- acompanhe as obras de perto: para garantir que os prazos serão cumpridos, tomar ciência de imprevistos o mais rapidamente possível e fiscalizar se tudo sai conforme o planejado;
- analise as ofertas: o segredo do House Flipping está no valor da compra do imóvel. Ele precisa estar abaixo do mercado. Assim, você terá lucro garantido com a venda após a reforma;
- considere os custos de manutenção da propriedade enquanto obra estiver em curso: entre eles estão IPTU, condomínio e contas de consumo, por exemplo;
- faça um orçamento incluindo todos os gastos necessários: antes da compra, calcule o valor da reforma para ter certeza de que o negócio vale a pena;
- fique de olho em leilões ou execuções de hipotecas: imóveis mais baratos podem estar disponíveis nessas oportunidades;
- preste atenção na documentação da propriedade: cheque se não haverá problemas em vendê-la posteriormente;
- tenha um bom controle das obras: para valer a pena, a reforma precisa custar de 10% a 15% do valor da compra;
- conte com o apoio de bons profissionais: eles podem auxiliar em atividades como compras, obras e assessoria;
- visite os imóveis: é fundamental conferir o estado dos locais em vista.
Como você viu, o investimento em House Flipping pode render bons lucros. Caso tenha se empolgado com essa possibilidade, certamente a ideia de comprar um imóvel depreciado para reformar e morar tende a agradar.
Descubra também como conquistar a casa dos sonhos!
Foto de destaque: House Flipping pode ser oportunidade de negócio para profissionais como arquitetos, engenheiros e designers de interiores (Projeto: Leonardo Tulli / Foto: Matheus Kaplun)