Harpa Concert Hall apresenta fachada em vidro inspirada na paisagem da Islândia
Localizada em Reykjavik, na Islândia, a Harpa Concert Hall ou Sala de Concerto apresenta em sua arquitetura uma estrutura de aço revestida com painéis de vidros em diferentes cores e formas geométricas. O edifício surgiu da ideia de remodelar a área de Austurhöfn, após um período de crise. A proposta inicial era a construção de um grande hotel, restaurantes, bancos, além de um parque de estacionamento. No entanto, somente a sala de concertos foi concluída pelo governo em 2008 e recebeu esse nome no dia da música islandesa, em 11 de dezembro de 2009. As imponentes fachadas foram projetadas por Henning Larsen Architects, o artista dinamarquês-islandês Olafur Eliasson e a empresa de engenharia Rambølly Art Engineering GmbH, da Alemanha.
As fachadas foram inspiradas na natureza local, nas auroras boreais e na paisagem sensacional da Islândia. Com um sistema geométrico modular em duas e três dimensões, parecido a um caleidoscópio, onde o colorido se reflete aos módulos da fachada sul. A transparência e a luz são peças-chave na construção, o que deixa o espaço ainda mais bonito com o passar das horas. Olafur Eliasson pensou a fachada como uma pele ou uma borda entre o interior do prédio e a cidade, de modo que as pessoas que entram e saem do edifício tenham experiências únicas, com o movimento do sol ao longo do dia.
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As montanhas e o mar circundam a Sala de Concerto e o Centro de Conferências que possuem 28 mil metros quadrados. Criadas pelas figuras geométricas, essas estruturas cristalinas captam e refletem a luz e acabam promovendo um diálogo entre a paisagem e o edifício. Um edifício impressionante, dono de uma fachada icônica que "brinca" com vidros côncavos e convexos. Pamela Golin, Coordenadora de Produto da Officina Portobello, explica que a “caixa de vidro” que cobre toda a estrutura de concreto tingido de preto – que remete à lava vulcânica propositalmente-, foi elaborada com aproximadamente 9.200 placas de vidro.
Todas as salas têm nomes da natureza islandesa e a própria forma hexagonal, presente em todo prédio, foi inspirada nas formas das colunas de basalto presentes no país. “Um projeto incrível. Utilizado para shows, concertos, óperas, balé, recital de poesia. Era uma demanda do povo desde 1881”, pontua.
Espaços internos
Além da Sala de Concerto e do Centro de Conferências, o espaço abriga um vestíbulo na parte da frente, quatro salas no centro e uma zona de backstage - com escritórios, administração, sala de ensaios e vestiários – na parte posterior do edifício. Os três grandes salões estão próximos entre si e, no quarto e último andar, está uma sala multiuso direcionada a espetáculos mais íntimos e banquetes.
Você já foi à Islândia? O país serve de inspiração para quem é apaixonado por design e arquitetura, como os profissionais que fazem parte do Coletivo Criativo, mas também pode surpreender aqueles que buscam belas paisagens e ótimas opções de lazer!