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projeto Dropcity
Projeto prevê espaços expostivos voltados para o público jovem

Com olhos no futuro

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08.08.2022
Com abertura prevista para 2024, Dropcity, um centro de discussão e pesquisa nas áreas de Arquitetura e Design voltado para o público jovem, pretende ir além da escala do edifício para abordar o espaço urbano
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Mais de 12 mil arquitetos exercem sua profissão em Milão, a grande metrópole do norte da Itália, centro econômico e financeiro do país. Uma comunidade internacional que, em relação ao número local de habitantes, constitui uma densidade territorial única e, para a qual, a cidade se configura como ponto de referência global. E não apenas em função da reconhecida excelência de seus profissionais.

Além da cultura do made in Italy, pesam na balança a difusão promovida por revistas como Domus e Abitare e, sobretudo, a feira de design de maior prestígio do mundo, o Salone del Mobile, anualmente turbinado por inúmeros eventos correlatos. Agora, nascido do desejo de sistematizar este terreno fértil, um novo modelo de bairro, inteiramente dedicado à cultura do projeto, começa a tomar forma.

Idealizado pela arquiteta Andrea Caputo, e lançado oficialmente em junho deste ano, com a presença do prefeito de Milão, Beppe Sala, e com abertura para o público prevista para 2024, Dropcity é uma iniciativa que visa dotar a cidade de um centro avançado de discussão e pesquisa nas áreas de Arquitetura e Design. Só que, de forma inédita, abordando a dimensão do urbano, e não apenas a do edifício. 

A maquete de Dropcity, durante lançamento em Milão, em junho  

Do projeto. Ocupando espaço referencial na geografia da cidade, Dropcity será implantada sob os feixes de trilhos da Estação Central, ocupando os galpões, abandonados há decadas, do Magazzini Raccordati. Com acesso pelas vias Sammartini e Ferrante Aporti, o projeto prevê a ocupação de 119 armazéns, espalhados por 28 túneis, e vai se prolongar por quase dois quilômetros, totalizando 10 mil m². 

Outro diferencial é que, apesar de contar com instalações expositivas, o projeto não terá um foco eminentemente comercial. Segundo seus promotores, a ideia é oferecer às novas gerações espaços adequados à  experimentação e à pesquisa. Um lugar onde os profissionais poderão tomar contato com novas tecnologias, aprofundar seus conhecimentos e, ainda, participar de discussões sobre questões contemporâneas.

Dropcity é um projeto que nasce de baixo para cima, para atender às necessidades de jovens profissionais ainda em fase de investimento, quando eles precisam de apoio e suporte, além de um espaço físico adequado para se desenvolver. Para eles, pretendemos oferecer um programa vertical de serviços, difundir a cultura projetual e criar as condições ideais para o debate", resume Andrea.

Vista áerea, assinalando a área de implantação do projeto

Do artesanato à prototipagem avançada. Nesse sentido, o local sediará workshops de prototipagem avançada por meio de máquinas inovadoras, materiais de composição orgânica e impressão tridimensional. Recursos que estarão acessíveis a qualquer pessoa interessada em desenvolver protótipos, nas mais variadas escalas: de elementos construtivos a peças de mobiliário.

Áreas para a apresentação de pesquisas e trabalhos inéditos, tanto as individuais, quanto aquelas associadas à rede universitária nacional e internacional, também devem integrar a programação - segundo os promotores, como resposta à necessidade urgente de oferecer espaços gratuitos em uma cidade como Milão, caracterizada por circunstâncias econômicas restritivas. 

Expandindo o conceito de espaço de trabalho compartilhado, Dropcity abrigará, também, mais de 400 estações de trabalho, equipadas com assentos ergonômicos, mesas e monitores. Uma iniciativa inédita, que pretende evoluir o conceito de estação de trabalho a favor de uma categoria especial de profissionais, a dos designers, que dificilmente se encaixa nos modelos de coworking atualmente disponíveis na cidade. 

Por fim, nos domínios da sustentabilidade, os objetivos são ainda mais ambiciosos. Dropcity pretende contribuir, de fato, para o equilíbrio da cidade, indo além de simplesmente adotar uma gestão consciente de suas instalações. Paralelamente à compra de máquinas para a reciclagem de qualquer categoria de materiais, o local pretende se apresentar como ponto de coleta de resíduos, visando sua posterior reutilização e reprocessamento. Agora é esperar para ver.

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Marcelo Lima
Colunista
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Formado em Arquitetura pela FAU-USP, é jornalista e crítico de design. Foi colunista da...

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