Bancada de porcelanato foi um tema polêmico por um tempo. “Ainda é”, me corrige a arquiteta Patricia Pomerantzeff, à frente do escritório Doma Arquitetura. Com foco no desenvolvimento de projetos de reformas residenciais, e, em muitos casos, no acompanhamento da obra, Pat possui ampla experiência na especificação de bancadas e afirma com segurança que não se passa de um preconceito infundado.
“Já fiz vídeos executando testes em diferentes superfícies e o porcelanato sempre ganha”, afirma. A arquiteta especifica bancadas de porcelanato para as cozinhas que projeta há cerca de 10 anos. “Os clientes sempre pedem bancadas práticas. Não pode manchar, precisa poder apoiar panela quente sem preocupação, ter fácil manutenção. Outros materiais mancham, não aceitam altas temperaturas, precisam de produtos específicos para limpeza. Porcelanato é o mais prático”, elabora. É uma década de testes de funcionalidade não apenas em amostras, mas em projetos reais.
Por que então ainda há controvérsia, tanto entre pessoas leigas, mas até entre profissionais de arquitetura? “Algumas pessoas questionam a resistência. Realmente, precisa ter a estrutura certa. Se instalar errado, uma bancada de granito também vai dar problema. Se a instalação for estudada e seguir as instruções, a bancada de porcelanato também é muito resistente”, explica Pat.
O preconceito também pode vir da mão de obra de marmoraria, ou, nesse caso, porcelanateria, que desencoraja o cliente por não saber exatamente como beneficiar o material. “O porcelanato é mais trabalhoso e mais delicado do que uma pedra para cortar e colar”, confirma Patricia. Para executar e instalar bancadas de porcelanato, é preciso mão de obra especializada. O mercado está crescendo no Brasil.
“É importante evoluir”, acredita a arquiteta. Ela afirma que jamais contraindicou o porcelanato para as bancadas das cozinhas que cria. E as cozinhas costumam ser protagonistas nos projetos da Doma. “No questionário ao início do projeto, perguntamos qual o cantinho da casa preferido do cliente. 90% respondem que é a cozinha. A gente vê muito como o coração da casa”, conta Pat.
Pessoalmente, Pat não é exatamente uma mestre cuca, mas, apesar de não pilotar o fogão, curte a cozinha como local de encontro. “É um prazer como mãe alimentar meus filhos. Eu sinto que é um momento mesmo de conexão”, diz. E, como arquiteta, afirma: “é meu espaço preferido de projetar em uma casa”.
Domateca: uma biblioteca de soluções por Doma
Na Expo Revestir 2023, maior feira de revestimentos da América Latina, que acontece entre 14 e 17 de março, a Doma Arquitetura está apresentando pela primeira vez Domateca, a linha de bancadas de porcelanato para cozinhas cocriada com a Officina Portobello, marca de mobiliário em porcelanato da Portobello Shop. “Eu amo tirar um projeto do papel”, afirmou Patricia, duas semanas antes da Revestir. A nova linha chegará às 150 lojas da rede em todo Brasil após a feira.
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Mais do que um produto pronto, Domateca é um sistema de design para personalização inteligente de cozinhas. Foram traduzidos em design o uso da área molhada, os acessórios, as cubas, as bordas, sistematizando e democratizando a bancada da cozinha de porcelanato. Um diferencial com a identidade da Doma é a área molhada como protagonista, em uma solução robusta e elegante, como as farm sinks tão usadas pelo escritório.
A linha é uma biblioteca de módulos componíveis, que são combinados para criar projetos únicos. “Buscamos oferecer versatilidade. Na Doma, atendemos um público muito vasto, pelo alcance internet”, conta Pat, que produz conteúdo no Instagram e no YouTube para mais de 1 milhão de seguidores em cada canal. “A gente faz desde kitnets de 20 m2 até apartamentos de 2 mil m2. A Domateca é para todo esse público, uma biblioteca de soluções”.
Patricia pretende, de fato, usar muito a Domateca nas suas cozinhas. Antes, o escritório se desdobrava para detalhar as bancadas e desenvolver fornecedores. “Agora, temos redonda uma solução que antes eu não encontrava no mercado. Estou feliz de poder oferecer para os nossos clientes. Espero ver muito por aí!”, afirma com animação.
Aproveite e confira a entrevista dada pela arquiteta Patricia Pomerantzeff Archtrends Podcast: