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Design democrático: o que é e por que precisamos tanto dele?

Design democrático é um conceito em construção. A característica mais popular que faz um produto ser considerado design democrático é o preço, mas existem outras características que precisamos considerar é a mais importante delas é o canal de comunicação entre marcas e consumidores.

Design democrático
Cadeira Master, design de Philippe Starck para a Kartell inspirado em três modelos clássicos: Series 7, de Arne Jacobsen, Tulipa, de Eero Saarinen, e Eiffel, de Charles e Ray Eames. Com um preço bem mais em conta.

O termo design democrático foi amplamente divulgado por Philippe Starck, na década de 1990, referindo-se a produtos com qualidade a preços acessíveis. Uma matemática, em geral, possível em produtos produzidos em larga escala para o consumo em massa, como os que ele desenhou para grandes marcas como a italiana Kartell. 

Nem sempre estamos procurando apenas produtos baratos. A maioria dos consumidores, eu diria todos, procuram produtos para resolver problemas específicos com o melhor preço possível. Barato é um conceito relativo à melhor solução que o produto dá para os nossos problemas, com o menor custo possível.  

Design democrático
Sofá Klippan, desenvolvido em 1980 pela IKEA como uma alternativa para sofás caros que não eram seguros ou duráveis para crianças brincarem

Desde 2014, a sueca IKEA, outra gigante da decoração que há tempos levanta a bandeira do design acessível, ampliou o conceito para outras dimensões além do preço e qualidade. Para eles, o produto também precisa ser bonito, funcional e sustentável. Uma receita complexa para a indústria, considerando que funcionalidade é um conceito subjetivo por si só e sustentabilidade outro extremamente dinâmico, que não diz respeito apenas à fabricação, mas também ao uso e descarte.

A resposta para tantos desafios é sem dúvida incluir mais o consumidor no processo de desenvolvimento dos produtos. Quem poderia, por exemplo, contribuir melhor para a definição de funcionalidade do que aquele que vive os problemas do dia a dia na prática? Clientes não costumam ter as respostas para a definição de um produto ideal, mas têm as perguntas para isso. Incluir a dimensão humana para a definição daquilo que queremos chamar de democrático é essencial, quase óbvio.

Design democrático
A cadeia de valores da IKEA, que começa e termina com ouvir e aprender com os consumidores

Redes sociais de influenciadores e marcas devem ser o resultado da interação com seu público. Só existe crescimento ou engajamento quando existe troca. Produto na prateleira ou post no feed devem ser a resposta para aquilo que todos desejam ter em casa ou na tela do celular. Todo consumidor deseja um produto com design democrático, mas nem sempre o define dessa maneira.

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