Os contrastes arquitetônicos são a garantia de composições sofisticadas quando se busca dar destaque a determinados ambientes ou mesmo ao todo. Com infinitas possibilidades, de acordo com os objetivos do ambiente, é possível criar uma harmonia singular, a partir de imensas diferenças.
Quando um profissional sabe aliar diferentes aspectos de universos distintos da arquitetura, cria-se um efeito “de cair o queixo”. Para isso, há uma série de recursos que podem ser implementados, em vários níveis, que atingem resultados excepcionais. Continue conosco para entender melhor,
Confira, neste post, diferentes contrastes em um mesmo ambiente e quais são os resultados que uma mistura de diferenças bem dosada provoca! Não perca!
Descubra vários tipos de contrastes arquitetônicos para aplicar em espaços
O recurso do contraste proporciona efeitos que mexem com todos os sentidos, com cada dualidade ao seu modo, mas sempre com resultados muito expressivos.
Claro x escuro
Beetlejuice! Beetlejuice! Beetlejuice!
Essa repetição de palavras traz ao mundo dos vivos aquele ser das roupas em preto e branco — o contraste mais clássico do mundo.
A união das do claro com o escuro, assim como a roupa do personagem do filme "Os Fantasmas se divertem" de Tim Burton é uma aposta clássica e que sempre é atual em contrastes arquitetônicos. O efeito neutralizador da cor clara é a quebra perfeita para o tom escuro, que em excesso, pode fazer com que o ambiente pareça fechado, compacto ou mesmo sombrio, como o personagem do longa.
Dentre vários meios de se fazer este contraste, estão os revestimentos em preto e branco. Eles garantem ainda aquele visual charmoso e aparente que se parece com um tabuleiro de jogo de damas.
Orgânico x industrial
Da criação da natureza às invenções humanas na arquitetura e design de interiores surge a união da dupla orgânico e industrial. Os objetos e formatos que remetem à natureza ou mesmo ao uso de espaços naturais, sem a mão do homem, dá a leveza aos espaços construídos em perfil industrial.
Essa integração ajuda a tirar o peso do cinza do concreto e do aço, típico de cidades e de espaços urbanizados. A exemplo dos jardins verticais, um recurso que proporciona, além de uma cara mais descontraída ao local, uma melhoria de bem-estar e qualidade de vida a quem utiliza o ambiente.
Suave x bruto
Contrastes arquitetônicos, que trazem o lado brutalista da arquitetura, sempre precisam de um toque suavizante. Ou seja, que amenize a atmosfera agressiva de ambientes crus. Essa escolha pode ser feita por diversos caminhos, sempre almejando uma sincronia entre as duas.
Como o aspecto bruto é que se sobrepõe com intensidade ao suave, o design e a arquitetura de contraste devem primar por “pincelar” itens suavizadores. Tudo para não sobrecarregar um ambiente já robusto. Nessa escolha, vale de tudo, desde plantas, mobiliário até elementos decorativos, como quadros, iluminação e objetos.
Colorido x neutro
O lado vibrante das cores casa muito bem com a neutralidade nos projetos. Para esses contrastes arquitetônicos, vale soltar a imaginação e pensar em como tons neutros. Assim, eles que podem seguir a paleta de cores utilizada em tons vibrantes e vão fazer o fundo perfeito.
Um estilo que traz com excelência o contraste entre o colorido e o neutro é o maximalismo, tendência que usa muitas cores, mega mobiliários e objetos, com fundos neutros.
Ainda, dentro do conceito do contraste entre o colorido e o neutro, é possível de se trabalhar com a cromoterapia. As cores têm efeitos consistentes na psique humana, sendo ferramentas para além de decorativas, funcionais e emocionais.
Pequeno x grande
A utilização de contrastes arquitetônicos, que usam o design grande com o pequeno, proporciona uma variedade efeitos bastante díspares. Nesse quesito, tudo pode ser aplicado seguindo essa regra, então, desde mobiliário, a construções, itens decorativos, quadros, esculturas, entre outros recursos podem ser contrastados.
Liso x texturizado
As texturas também brincam com os contrastes arquitetônicos de maneira muito criativa e que remetem ao lúdico. Assim, despertando sentidos e criando sensações únicas. Esse é um apelo que remete também à linha da arquitetura sensorial por se tratar de peças que podem tanto atiçar a visão, como, principalmente, o tato.
A união, no mesmo espaço, de texturas lisas como mobiliário laqueado e peças envernizadas e as texturas porosas, como revestimentos externos, despertam sensações.
Arredondado x pontiagudo
Formatos arredondados promovem a impressão de suavidade e maior volume frente ao espaço, já os objetos e estruturas pontiagudas garantem um aspecto linear e objetivo.
As linhas orgânicas podem ser utilizadas nesse sentido, encorpando o ambiente, em contraposição à simetria de perfis retos, dupla perfeita para contrastes arquitetônicos.
Clássico x moderno
Épocas também se encontram no âmbito dos contrastes arquitetônicos. Além de entregar um visual disruptivo, esse dueto garante um encontro de eras com profundo apelo histórico e cultural.
Essa combinação também só é possível graças ao passar dos anos e como a arquitetura evolui. Passando por diversos estilos, do barroco ao neoclássico, do contemporâneo ao escandinavo e assim por diante.
Ou seja, optar por esse caminho em um projeto exige além de escolhas de peças e linhas acertadas, uma distância temporal considerável entre cada estilo adotado. Só assim o efeito final será ainda mais contrastante.
Preenchido x vazio
Você vê o copo d’água metade cheio ou metade vazio? Se na psicologia essa pergunta é para saber qual é a sua perspectiva sobre a vida, na arquitetura o 50/50 é uma das escolhas para contrastes arquitetônicos.
Ambientes vazios criam um clima minimalista, enquanto aqueles que são preenchidos promovem a interação do ser humano com os espaços.
Interior x exterior
Nunca julgue um livro pela sua capa. Essa frase célebre para estimular uma pessoa a ler faz jus também aos contrastes arquitetônicos que brincam com a diferença entre ambientes internos e externos.
Já imaginou ir a um espaço em que a área externa é de design futurista, mas em seu interior é todo retrô? Essa variação tão distante entre a “embalagem e o conteúdo” é um recurso que brinca com a expectativa e realidade, de maneira bastante impactante.
Com tantas opções de contrastes arquitetônicos, pode parecer até difícil decidir por qual dos diferentes formatos optar em um mesmo ambiente. Ainda é possível usar mais dessas propostas acima em um mesmo projeto. Para isso, é necessário separar por ambiente cada dualidade. Basta saber dosar que o resultado fica surpreendente!
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