A construção do anfiteatro Flaviano começou por volta do ano 71 d.C., durante o reinado do Imperador Vespasiano. O Coliseu romano tornou-se o maior anfiteatro, com uma estrutura elíptica de 188 metros de comprimento, 156 metros de largura e 57 metros de altura.
Construído com tijolos e revestido em mármore travertino, ele foi dividido em cinco níveis e suas áreas eram definidas de acordo com a classe social, elevando o nível dos que permaneciam mais perto da arena de espetáculos.
Após um concurso envolvendo diversos escritórios de arquitetura e empresas de engenharia, foi definido quem serão os responsáveis por essa obra emblemática. O maior e mais famoso símbolo do Império Romano - que foi palco de combates entre gladiadores e diversos outros entretenimentos da época - receberá em 2023 um novo piso removível para a sua parte central.
O projeto ajudará na conservação e proteção das estruturas arqueológicas, recuperando a imagem original do anfiteatro e será assinado pela Milan Ingegneria, Fabio Fumagalli e Labics Srl.
O novo piso será apoiado na estrutura existente do Coliseu e será totalmente retrátil para que todo o complexo possa ser visualizado, inclusive os antigos elevadores que serviam para trazer os animais e gladiadores da parte inferior do palco diretamente para a arena.
O pavimento será um sistema com uma série de ripas em fibra de carbono e acabamento em madeira Accoya. As diversas configurações possíveis criadas pela abertura e movimentação das lâminas possibilitarão a gradual revelação das estruturas subterrâneas aos visitantes, deixando visível a compreensão da complexa natureza funcional do antigo Anfiteatro Flaviano.
Serão também instaladas 24 unidades de ventilação mecânica para controle de temperatura e umidade na parte abaixo do palco.
Para que seja possível a retração do piso, as ripas serão giradas em uma angulação de 90 graus e em seguida retiradas, criando um incrível efeito de luz natural retratando a imponência do monumento Coliseu.
A ideia inicial de reconstruir o pavimento foi lançada há alguns anos atrás pela arqueóloga Daniele Manacorda, que justifica o projeto afirmando que ele trará uma compensação às ruínas fascinantes do monumento e a toda comunidade, que poderá visitá-lo e revivê-lo de maneira real, devolvendo e recriando o verdadeiro sentido e as verdadeiras sensações de poder estar como espectador no anfiteatro romano.
É um projeto ambicioso que ajudará também na conservação e proteção das estruturas arqueólogas, possibilitando eventos culturais abertos ao público.
O Coliseu atrai cerca de 7 milhões de turistas anualmente, sendo assim uma das atrações mais visitadas da Itália. Ele foi o maior anfiteatro da Roma Antiga, com uma capacidade total de comportar entre 50.000 e 80.000 pessoas. Usar a arquitetura, a engenharia e a tecnologia a favor de implementar um projeto que tornará possível reviver um marco da história como o antigo Coliseu é, com certeza, algo surpreendente!
Gostaram do projeto que enaltece essa arquitetura romana? Não vemos a hora de visitá-lo pronto!
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